Guerrilha colombiana reivindica seu movimento armado
Escrito por Camila Carduz
domingo, 24 de mayo de 2009
24 de mayo de 2009, 11:56Imagen activaBogotá, 24 mai (Prensa Latina) Ao comemorar 45 anos de fundada, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) reiteram que a paz é sua estratégia e o agir do movimento armado a táctica para chegar a ela.
Em um comunicado datado em maio desde as Montanhas da Colômbia, as FARC assinalam que a dignidade da Colômbia e o resgate do sentimento de pátria reclamam uma nova liderança que privilegie a unidade e o socialismo ao avançar para o horizonte futuro.
"Um novo grito de independência convoca-nos mostrando-nos o campo de batalha de Ayacucho do século XXI onde flama a certeza do triunfo da revolução continental, a de Bolívar e nossos próceres", agrega.
O grupo insurgente também expressa que é hora de superar a "vergonha nacional que significa um governo ilegítimo e ilegal, gerador de morte e de pobreza. Um governo que apoiado pelo de Washington, só atua para perpetuar a guerra e a discórdia enquanto garante a sangue e fogo a segurança de investimentos às transnacionais que saqueiam nossos recursos".
"Um regime apátrida, que apesar do alto número de tropas norte-americanas que intervêm no conflito interno da Colômbia, permite que nosso solo sagrado seja pisado por mais tropas estrangeiras, as expulsadas de Manta (Equador), permitindo aos Estados Unidos operar nesta terra uma base de agressão para o assalto aos povos irmãos do continente", expressa.
As FARC qualificam no comunicado ao atual governo de narco-paramilitar, que -segundo indicam- já não se altera diante das confissões de capas paramilitares que asseguram ter financiado as campanhas presidenciais de Álvaro Uribe.
Por sua vez, a guerrilha também revela que a guerra que o governo nega para não reconhecer o caráter político da insurgência em sua luta pelo poder, só no mês de março passado deixou 297 militares mortos e 340 feridos. Igualmente, fazem um chamado aos soldados a "não se deixar utilizar mais como bucha de canhão defendendo interesses que não são os seus senão os de uma oligarquia podre e criminosa, não solidária, que muito pouco faz por eles se caem prisioneiros ou ficam mutilados".
A Colômbia de hoje, enuncia o documento, não quer o guerrerismo ultramontano do governo. Quer soluções ao crescente desemprego e a pobreza. Reclama o investimento social sacrificada em aras da guerra.
"Pede - agrega educação, moradia, saúde, água potável, direitos trabalhistas, terra, estradas, eletricidade, telefonia e comunicações, mercado de produtos, renacionalização das empresas que foram privatizadas, castigo à corrupção, soberania do povo, proteção do meio ambiente, democracia verdadeira, liberdade de opinião, libertação de presos políticos".
As FARC recordam que há 45 anos surgiu nas alturas de Marquetalia (Caldas), "buscando paz para Colômbia, justiça e dignidade. Desde então, diz, somos a resposta armada dos que nada têm e os justos às múltiplas violências do Estado".
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