sexta-feira, junho 29, 2012

A censura no Brasil através dos tempos!!





As armas contra os livros

Carlos Pompe*
A perseguição ao pensamento – em especial ao pensamento discordante – é uma característica ditatorial. No Brasil republicano, em especial (mas não somente) durante a ditadura militar de 1964-85, a censura imperou em todos os meios de comunicação. Antes, na maior parte do período colonial, o Brasil sequer podia ter uma gráfica. Mas, contra esses fatos, sempre houve o contraponto – revolucionários e intelectuais que chegaram a dar a própria vida na luta pela liberdade.
No Brasil, a Comissão da Verdade está começando a fazer seu trabalho na investigação à tortura e violação dos direitos humanos. Já de algum tempo, alguns estudiosos fizeram levantamentos sobre a censura no cinema, na música, no teatro, no rádio e na televisão. Em dezembro do ano passado, a Edusp/Fapesp lançou Repressão e Resistência: Censura de Livros na Ditadura Militar, de Sandra Reimão, analisando este setor específico de comunicação.

A autora constatou, na documentação que encontrou de uma lista de quase 500 livros, de ficção ou não, submetidos ao Departamento de Censura e Diversões Pública da ditadura, que cerca de 140 eram de autores nacionais, dos quais 70 foram proibidos. Ela considerou mais emblemáticas a censura aos romances e contos Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca; Zero, de Inácio de Loyola Brandão; Dez Estórias Imorais, de Aguinaldo Silva; Em Câmara Lenta, de Renato Tapajós; Mister Curitiba, de Dalton Trevisan; e O Cobrador, de Rubem Fonseca. Dos estudos e análises proibidos pelos ditadores, ela destacou O Mundo do Socialismo, de Caio Prado Jr.; A Universidade Necessária, de Darcy Ribeiro; A Mulher na Construção do Mundo Futuro, de Rose Marie Muraro; O Despertar da Revolução Brasileira, de Márcio Moreira Alves; História Militar do Brasil, de Nelson Werneck Sodré; e O Poder Jovem, de Arthur José Poerner.

Não apenas obras, mas também editoras foram fechadas ou perseguidas pelos militares. Logo no dia 3 de abril de 1964, os golpistas fecharam a Editorial Vitória, do Partido Comunista Brasileiro, PCB. Em entrevista ao Jornal da ABI, edição de maio de 2012, Sandra disse que, do golpe até o Ato Institucional número 5, de dezembro de 1968, “a censura a livros no Brasil foi marcada por uma atuação confusa e multifacetada e pela ausência de critérios, mesclando batidas policiais, apreensões, confiscos e coerção física”.

Em 26 de janeiro de 1970, os ditadores baixaram o Decreto-Lei 1.077, assinado pelo general Emílio G. MédIci e pelo ministro Alfredo Buzaid, considerando que a Constituição não tolerava “publicações e exteriorizações contrárias à moral e aos costumes” e que era necessário “proteger a instituição da família, preserva-lhe os valores éticos e assegurar a formação sadia e digna da mocidade”. Os donos do poder vituperavam “algumas revistas” que faziam “publicações obscenas” e programas de televisão “contrários à moral e aos bons costumes”. Atacavam também livros que ofendiam “frontalmente à moral comum”, insinuavam “o amor livre”, assim ameaçando “destruir os valores morais da sociedade brasileira”. Por trás de tais obras estava “um plano subversivo, que põe em risco a segurança nacional”. Era ordenado, então, que o Departamento de Polícia Federal não tolerasse “as publicações e exteriorizações contrárias à moral e aos bons costumes quaisquer que sejam os meios de comunicação”. Para isso, a polícia ficava incumbida de “verificar, quando julgar necessário, antes da divulgação de livros e periódicos, a existência de matéria” que fosse “ofensiva à moral e aos bons costumes”. Publicações vindas do estrangeiro também ficavam sujeitas à verificação. Os infratores, além da responsabilidade criminal, ainda seriam multados e obrigados a queimar os exemplares da publicação.

A pesquisadora diz que os censores faziam “uma correlação clara entre a destruição dos valores morais e a segurança nacional”. Devido ao protesto de escritores como Jorge Amado e Érico Veríssimo, os governantes liberaram de avaliação prévia as obras “de caráter estritamente filosófico, científico, técnico e didático, bem como as que não versarem sobre temas referentes a sexo, moralidade pública e bons costumes”. No entanto, continuaram perseguindo autores e editores, prendendo-os ou impossibilitando a continuidade das empresas editoriais, valendo-se da pressão econômica, como fizeram com Ênio Silveira e sua Editora Civilização Brasileira, que será assunto do próximo artigo.

*Carlos Pompe é jornalista,  comunista, curioso  do Mundo e das coisas, editor do Vermelho/DF

terça-feira, junho 26, 2012

Depois do Paraguai, imperialismo articula outro golpe na Bolivia!!


Altmiro Borges alerta sobre golpe tambem na Bolivia!

Assim como no Equador, há um ano, movimento desvia armas dos quartéis, dispara durante manifestações e pode estar interessado em criar incidente contra governo de Evo Morales
Por Altamiro Borges, em seu blog

A ministra das Comunicações da Bolívia, Amanda Dávila, alertou hoje (24) que está em curso uma nova tentativa de golpe no país. Setores da direita estariam tentando se aproveitar de uma paralisação na polícia para criar um clima de pânico na sociedade e para exigir a deposição do presidente Evo Morales. Armas foram retiradas de unidades policiais e usadas em manifestações de rua numa nítida provocação.
Estímulo à radicalização
“Sabemos com absoluta certeza que uma atitude deste tipo pode provocar enfrentamentos”, denuncia a ministra. Lideranças de direita e setores da mídia têm estimulado a radicalização da greve para desestabilizar o país. O governo tem evitado confrontos, para não dar pretexto para a direita, e procurado negociar. Ele já anunciou um reajuste salarial e a modificação de uma lei disciplinar considerada excessivamente repressiva.

O sindicato da categoria aceitou o acordo, mas foi atropelado pela assembleia deste domingo. Logo após, cerca de 300 pessoas se dirigiram ao palácio presidencial aos gritos de “motim policial, motim policial”, mas não houve confrontos. A mídia golpista, que sempre se opôs às lutas dos trabalhadores, tem dado apoio aos grevistas contra o “presidente esquerdista” Evo Morales – como ele é tratado pelos principais veículos.

Movimento conspirativo e desestabilizado

Ainda hoje, o ministro Carlos Romero divulgou o conteúdo de gravações entre policiais amotinados que pregam “limpiar” (matar) autoridades governamentais. Numa das gravações, uma liderança do motim ordena “preparar bombas molotovs para atacar” integrantes das Forças Armadas alojados no palácio presidencial. Para ele, a greve dos policiais é legítima, mas está sendo usada por setores de direita “para intentar se converter num movimento político, conspirativo, desestabilizador”.

Diante do risco de um golpe, a exemplo do que ocorreu na sexta-feira passada no Paraguai, o movimento camponês convocou uma vigília em defesa da democracia. Roberto Coraite, dirigente da Confederação Sindical Única dos Trabalhadores Camponeses da Bolívia (Csutcb), garantiu que a sociedade não vai se deixar enganar pelas manobras da direita oligárquica.
“Não vamos baixar a guarda. Estamos em vigília porque sabemos da ação golpista de alguns grupos políticos, inclusive da Polícia Nacional. Não vamos permitir golpes de Estado. Se eles continuam com esta conspiração, instigados por partidos infiltrados na greve, como o Movimento Sem Medo e Unidade Nacional, nós vamos nos mobilizar para garantir a democracia”, garantiu Roberto Coraite.

sábado, junho 23, 2012

Todos condenam Golpe no Paraguai! È preciso resisitir!!


Fernando Lugo vacilou e não convocou o povo paraguaio para defender seu mandato legitimo!

Golpe "branco" no Paraguai é um alerta a todos nós. Temos que manter o povo mobilizado sempre contra a direita e seus acólitos. Não descuidar nunca dos movimentos sociais. Afinal estamos no governo, mas não no poder, que continua na mão dos capitalistas. PCdoB, PT, PSol, partidos democraticos e progressistas e o governo Dilma, têm que se ligar no povo e nas organizações populares. Congresso aqui, como lá, é um ninho de cobras peçonhentas!

O presidente Fernando Lugo, destituído no Paraguai, deveria convocar o povo pra ir pras ruas, tomar quartéis, aparelhos do Estado. Se revoltar mesmo. Este é o caminho antes que nova Ditadura se estabeleça e começe a derramar o sangue do povo!! Revolta já!!!!

Se o Lugo não convocar uma resistência imediata também... Caramba!!! Conciliação ao extremo é covardia e traição!Chega dessa história de "poupar derramamento de sangue" por causa dos conflitos e depois ver cascatas de sangue jorrando de apenas um lado (o dos oprimidos).

sexta-feira, junho 22, 2012

Na "Rio+20", o Vaticano mostra sua cara reacionaria e anti-feminista!!




Vaticano contra a mulher na Rio+20

Carlos Pompe*

A reação clerical teve uma atuação coordenada e abrangente contra os direitos femininos durante a Conferência Rio+20, na semana passada. O embaixador da Santa Sé na Organização das Nações Unidas (ONU), Francis Chullikatt, e o representante oficial do Vaticano na Conferência, o cardeal brasileiro dom Odilo Scherer, foram os intrépidos defensores do ideário medieval a respeito do sexo feminino no encontro internacional.
Durante os trabalhos de elaboração do documento final da Rio+20, coube a Chullikatt o triste papel de articular a retirada dos direitos de sexualidade e reprodução das mulheres, que eram consagrados desde a quarta Conferência Mundial para as Mulheres, realizada em Pequim em 1995. As modificações foram feitas no parágrafo 16, e se referem à Declaração de Pequim e à Plataforma de Ação, aprovada posteriormente no Cairo. Ambas estabelecem o direito das mulheres sobre sua vida reprodutiva e lhes garantem acesso a métodos de planejamento familiar.

Graça à ação nefasta do Vaticano e de alguns chefes de estado que são religiosos, substituiu-se a promoção de "direitos de sexualidade e reprodução" por "serviços de saúde" da mulher. A redação final menciona apenas "saúde reprodutiva", referindo-se ao direito de acesso a métodos de planejamento familiar. O representante da Igreja Católica tentou retirar outras referências à Declaração de Pequim, de 1995, sobre os direitos sexuais femininos, mas não teve êxito.

Átila Roque, diretor-executivo da Anistia Internacional do Brasil, considerou a atitude um ataque aos direitos igualitários da mulher. "É uma questão que abrange a participação das mulheres sobre todas as políticas que têm impacto sobre a vida delas, como garantir sua autonomia sobre decisões que afetam o próprio corpo".

O chanceler Antônio Patriota se declarou "particularmente frustrado pela exclusão do termo, mas o papel do Brasil como anfitrião é buscar o consenso". A presidenta Dilma Rousseff, por sua vez, disse que "é preciso recuar de argumentos para permitir outros".

No dia 22, o representante da oligarquia clerical brasileira, dom Odilo, usou a Conferência como palanque para despejar seus preconceitos contra o direito ao aborto. A Igreja proíbe seus seguidores, a quem chama de ovelhas, de usar qualquer tipo de anticoncepcional. O Vaticano aceita apenas que o casal deixe de fazer sexo durante o período fértil da mulher – se o marido permitir, é claro, pois a mulher, na ótica da Igreja Católica, deve subserviência ao homem – é o que reza a carta de Pauto de Tarso aos Coríntios 1, 11:4-16: “O homem não deve cobrir a cabeça, visto que ele é imagem e glória de Deus; mas a mulher é glória do homem. Pois o homem não se originou da mulher, mas a mulher do homem; além disso, o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. Por essa razão e por causa dos anjos, a mulher deve ter sobre a cabeça um sinal de autoridade.” É esse o ideário defendido pelo papa Bento XVI e seus representantes.

O milenar desprezo do alto comando católico pelas mulheres chega às raias provocação. Em 2009, o jornal semioficial do Vaticano, o L'Osservatore Romano, editado pela cúpula clerical, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, publicou um artigo, assinado por uma mulher, com o título "A máquina de lavar e a liberação das mulheres – ponha detergente, feche a tampa e relaxe".  No texto, afrontava: “O que no século XX fez mais para liberar as mulheres ocidentais? O debate é acalorado. Alguns dizem que a pílula, alguns dizem que o direito ao aborto, e alguns o direito a trabalhar fora de casa. Alguns, porém, ousam ir além: a máquina de lavar." 


Carlos Pompe, é jornalista, comunista, curioso do Mundo e das coisas e revolucionario editor do "Vermelho/DF"

Minérios da "Vale" enriquece donos e empobrece o Brasil


Lucio Flávio denuncia e prova!!

O jornalista Lúcio Flávio Pinto sugere: a Vale aumentou a produção com base nos interesses dos acionistas — que são opostos aos do povo brasileiro

Por Luiz Carlos Azenha, no Viomundo

Recentemente passei quase três semanas no Pará, viajando pelo estado. Notei, nas bancas de Belém, a presença sempre destacada do Jornal Pessoal, do repórter Lúcio Flávio Pinto, que também tem versão digital.
Comprei o dossiê que ele preparou sobre a Companhia Vale do Rio Doce, sobre o qual o Viomundo tinha publicado um texto, reproduzido da Adital.
Dias depois, tive um breve encontro com o repórter na praça da República, onde fica o lindíssimo Teatro da Paz, herança dos tempos do ciclo da borracha.
Há, é importante frisar, um paralelo entre o ciclo da borracha e o ciclo do minério de ferro, que sai de Carajás, no sul do Pará, ao ritmo de 100 milhões de toneladas por ano: nenhum deles enriqueceu o estado.
Em nossa conversa, Lúcio Flávio confessou que sentiu um nó no peito toda vez que viu o trem carregado de minério partindo de Carajás em direção ao porto da Ponta da Madeira, no Maranhão, onde é embarcado para exportação.
Indignado
Ele se sente tão indignado com o assunto que, além do dossiê, lançou um blog, no qual pergunta: a Vale é mesmo nossa?
O que mais deixa o repórter preocupado não é o fato de que a Vale engorda, enquanto o Pará emagrece. Nem o fato de que as ações preferenciais da empresa, aquelas que têm prioridade para receber dividendos, são controladas majoritariamente por norte-americanos. Ou seja, um novaiorquino dono de ações da Vale ganha muito mais com o minério de Carajás que o paraense que vive em Marabá ou Parauapebas.
O que deixa o jornalista indignado é o ritmo das exportações de minério de ferro de Carajás, nas palavras de Lúcio Flávio “o melhor do mundo, com o dobro de teor de hematita que o minério da Austrália”, outro importante fornecedor da China e do Japão — que compram 80% das exportações brasileiras.
Quando a exploração de Carajás começou, em 1984, a previsão é de que a mina duraria 400 anos. Ao ritmo de 100 milhões de toneladas por ano, que devem crescer para 230 milhões em 2016, a previsão agora é de que Carajás dure mais 80 anos, diz Lúcio Flávio. “Um crime de lesa Pátria”, “um crime que viola a soberania do país”, afirma.
O jornalista traça um paralelo com a exportação de manganês da Serra do Navio, no Amapá. Durante 50 anos, os Estados Unidos importaram 1 milhão de toneladas anuais do Brasil. E até hoje guardam estoques estratégicos do minério brasileiro, de altíssima qualidade, que misturam ao minério de baixa qualidade para garantir a siderurgia local, dependente em 90% das importações.
Exploração  desenfreada

A mina do Amapá se esgotou em 2002. Qual foi o legado principal para o estado? Quando se descobriu que o manganês fino tinha uso industrial, foi implantada no Amapá uma usina de pelotização, que usou grandes quantidades de arsênio no processo. O arsênio hoje contamina o porto de Santana em doses muito superiores às recomendadas pela saúde pública.
Para Lúcio Flávio, os chineses estocam o minério de ferro brasileiro de forma estratégica, além de transformá-lo em bens de imenso valor agregado.
No dossiê, pergunta: “Temos algum controle sobre o processo de formação de preços? Quem estabelece a escala da produção, que está duplicando, para incríveis 230 milhões de toneladas, em 2015, a atual produção de Carajás? Atraídos pelo canto da sereia dos preços altos, estamos renunciando a uma ferramenta poderosa de futuro e, com ela, à possibilidade de agregar mais valor ao processo produtivo?”.
“A Vale é boa para si e os seus grandes clientes. Mas não — ao menos na mesma medida — para o Brasil”, conclui.

sábado, junho 16, 2012

"Carlão", um cineasta do povo!!


Senti profundo pesar pela morte esta semana do cineasta paulista(apesar de ser de origem gaúcha) Carlos Reichenbach!! Meu amigo e camarada das lutas do cinema paulista nas décadas de 70 e 80,  quando com outros resistentes como Jairo Ferreira, Ozualdo Candeias,Roberto Santos(também falecidos), Odi Fraga, Andréa Tonnaci e outros mantiveram vivo o cinema de autor no Brasil. Era preciso ter coragem para fazer o que eles faziam na época, em pleno apogeu da censura e da Ditadura Militar! Ficara para sempre no “Panteão dos artistas brasileiros!!


sexta-feira, junho 15, 2012

Para os comunistas, eleição é parte da resistência e da luta - Portal Vermelho

Para os comunistas, eleição é parte da resistência e da luta - Portal Vermelho

PCdoB sai da sombra do PT e lança Netinho candidato a prefeito de São Paulo!



O PCdoB decidiu lançar o vereador Netinho de Paula para concorrer à prefeitura de São Paulo nas eleições de outubro. A liderança do partido se reuniu na manhã desta sexta-feira para deliberar sobre sua posição nas capitais brasileiras e bateu o martelo: levará o nome de Netinho para a convenção municipal, no dia 30.

"O Netinho, desde o começo, tem feito um discurso da importância da terceira via em São Paulo", disse o PCdoB por meio de sua assessoria, afirmando que a especulação sobre uma aliança com o PT de Fernando Haddad atrapalhou as conversas com outras legendas para um acordo, mas que as negociações continuam para a montagem de chapa.

"O PT foi construindo uma coisa como se já estivesse acertada a nossa parte, mas estávamos conversando com o PT como estávamos conversando com o Chalita e o Russomanno."

Na reunião, foram confirmadas candidaturas próprias do PCdoB em outras seis capitais: Porto Alegre, com Manuela D´Ávila; Florianópolis, com Angela Albino; Fortaleza, com Inácio Arruda; Salvador, com Alice Portugal; Goiânia, com Isaura Lemos, e Macapá, com Gumercindo Milhomen.

terça-feira, junho 12, 2012

Neste "Dia dos Namorados", a história de amor de Karl Marx e Jenny!!!



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Marx enamorado

Por Carlos Pompe*

Karl Marx, o pensador alemão que, juntamente com Friedrich Engels, lançou as bases da teoria científica do socialismo, casou-se, aos 25 anos, com Jenny, uma conhecida desde os tempos de adolescente, com quem viveu até a morte da esposa, em 1881. Além de sua produção teórica, ele registrou também na escrita os seus sentimentos pela mulher com quem escolheu viver.

Em 1836, com 18 anos, Karl encheu três cadernos com poemas, que enviou, no Natal, para Jenny – o Livro dos cantos e o Livro do amor, este último dedicado à “minha querida, eternamente amada Jenny von Westphalen” – cujo nome inteiro era Johanna Bertha Julie Jenny von Westphalen. Os cadernos foram considerados por Franz Mehring, amigo e um dos primeiros biógrafos de Marx, "totalmente amorfos em todo o sentido do termo.

A técnica do verso é totalmente primitiva ... São nada além que sons românticos da harpa: o canto dos elfos, o canto dos gnomos, o canto das sereias, as canções às estrelas, o canto do tocador de sinos, o último canto do poeta, a donzela pálida, o ciclo das baladas de Albuino e Rosamunda". O britânico Isaiah Berlin, numa biografia de Marx escrita no início do século passado, considerou “maus versos” os dos cadernos. Já o venezuelano Ludovico Silva, autor de “O estilo literário de Marx”, considera esses poemas juvenis “comovedoramente ruins”.

O próprio autor considerou o conteúdo dos cadernos, posteriormente, “de acordo com minha atitude e todo o meu desenvolvimento anterior, puramente idealista. Meu céu e minha artese tornaram um Além tão distante como meu amor” (à época, Karl estudava em Bonn e Jenny vivia em Trier). “Todo o real começava a se dissolver e a perder seus contornos. Eu atacavao presente, o sentimento era expresso sem moderação ou forma, nada era natural, tudo era feito de lutar; eu acreditava numa oposição completa entre o que é e o que deveria ser, e reflexões retóricas ocupavam o lugar dos pensamentos poéticos, embora talvez houvesse também um certo ardor de emoção e desejo de exuberância. Estas são as características de todos os poemas dos três primeiros volumes que Jenny recebeu de mim”. Num desses poemas, registra que, impulsionado pelo seu sentimento por Jenny

“com desdém jogarei minha luva
bem na cara do mundo, e verei o colapso deste gigante pigmeu
cuja queda não sufocará meu ardor.
Então errarei divino e vitorioso
pelas ruínas do mundo
e, dando uma força ativa às minhas palavras,
me sentirei igual ao criador.”

Depois de casados, Marx enviou várias cartas a Jenny, quando estavam separados por ocasião de alguma viagem de um dos dois, reafirmando seus sentimentos pela esposa. Numa carta de 21 de junho de 1856, chama-a de “Amadinha do meu coração” e escreve: “Beijo-te dos pés à cabeça, caio de joelhos diante de ti” e ainda arremata dizendo que a ama “mais do que o mouro de Veneza” (Otelo, de Shakespeare) “jamais amou”.

Como alertou Marx nO 18 Brumário de Luís Bonaparte, é necessário diferenciar “o que um homem pensa e diz de si mesmo do que ele realmente é e faz”. Não por acaso, a um questionário das filhas, ele respondeu que seu lema favorito era De omnibus dubitandum (Dúvida de tudo). Derramamentos sentimentais de poemas e cartas à parte, em 1851 Karl engravidou a criada da família, Helene Demuth. Engels, em socorro ao amigo, assumiu a paternidade da criança, Frederic Demuth.

O filósofo e economista também faz referências ao amor em textos teóricos, às vezes de forma jocosa. Em A ideologia alemã, por exemplo, critica o filósofo Max Stirner, afirmando que a relação entre a filosofia que este produz e o estudo do mundo real é a mesma que existe entre a masturbação e o amor sexual. Em A sagrada família, escreve sobre Bruno Bauer e seus consortes: "Como podia a absoluta subjetividade, o actus purus, a critica 'pura' não ver no amor sua bête noire, o Satanás personificado; no amor, que é, verdadeiramente, o primeiro que ensina ao homem a crer no mundo objetivo fora dele, que não só objetiva ao homem, mas que também humaniza ao objeto? [...] O amor não pode construir-se a priori, porque o seu é um desenvolvimento real, que ocorre no mundo dos sentidos e entre indivíduos reais".

No escrito Sobre o suicídio, Marx aborda o ciúme da pessoa amada: “O ciumento necessita de um escravo; o ciumento pode amar, mas o amor é para ele apenas um sentimento extravagante; o ciumento é antes de tudo um proprietário privado”.

Quatro meses após a morte de Jenny, Marx escreveu a Engels: “Você sabe que há poucas pessoas mais avessas ao patético-demonstrativo do que eu; contudo, seria uma mentira não confessar que grande parte do meu pensamento está absorvida pela recordação de minha mulher, boa parte da melhor parte da minha vida”.

Karl morreu 16 meses após a esposa. Há biógrafos que dizem que a tristeza causada pela perda da companheira de quase 40 anos de vida conjugal e também da filha mais velha (igualmente chamada Jenny), o levou a ficar desgostoso com a vida, debilitando sua saúde e abreviando sua existência.

Helene cuidou de Karl até seus últimos dias, inventando novos pratos para abrir-lhe o apetite.Ele, porém, preferia alimentar-se com leite, rum e conhaque. Após a morte de Marx, em 14 de março de 1883, ela se mudou para a casa de Engels. Morreu em 1890, e no seu funeral Engels declarou que Marx se aconselhava com ela, “não apenas em questões partidárias difíceis e complexas, mas mesmo em relação aos seus escritos econômicos. Quanto a mim, o trabalho que tenho sido capaz de fazer desde a morte de Marx tem sido em grande parte devido à luz do sol e do apoio de sua presença na minha casa”. Helena foi enterrada no cemitério Highgate, Londres, no mesmo túmulo que Marx e sua esposa.

* Pompe é comunista revolucionario, jornalista e curioso do Mundo e da Vida, editor do "Vermelho/DF"

segunda-feira, junho 11, 2012

Polenta com Partido!!!



Aqui no Espirito Santo onde passo alguns dias( de sábado até quarta), tá uma chuva danada, ainda bem que a temperatura tá amena, sem frio. Agora(segunda-feira, dia 11 estou em Fundão”dos Indios”, para visitar Dona Creuza, Welisson, Raniere e Paula e por tabela comer uma polenta com galinha caipira fora de série de dona Creuza. Daqui, volto mais tarde para Vitória e se a chuva der trégua, vou a Vila Velha visitar os amigos,  Sandrinha, Nilo Walter e outros mais.

Acompanho cabreiro a movimentação do meu partido, o PCdoB, para as eleições municipais. Vamos mesmo fechar em Vitória com a candidatura da deputada petista das boas, Iriny Lopes a prefeita de Vitória e tentar reeleger o vereador Namy Chequer e se possível fazer mais um ou dois. Temos que amentar a bancada de vereadores pelo interior e se possível elegermos algum prefeito. Gildo Ribeiro, Suzano, Iran, Fernando Claro(grande aquisição do  partido) e outros, estão na luta para o partido crescer com qualidade e espirito Revolucionario.

E aproveitar a campanha para filiar mais lutadores do povo ao Partido. Partido grande é nossa meta. Afinal, como dizia Lenin, a Revolução é obra de milhões com um partido atuante e combativo dirigindo o processo. Reformismo e acomodação não. Inserção social, participação ativa nas lutas populares é nossa tarefa!!

sexta-feira, junho 08, 2012

Espirito Santo, me aguarde!!!!




A partir de amanhã, sábado, dia 9, estarei até quarta feira de manhã em Vitória, Espirito Santo. Vou tratar de renovar meu cadastro do auxilio doença do INSS. Pura burocracia. Aproveitarei a estadia para ver meus amigos e camaradas queridos. Graças ao empenho de meu amigo Walter Araujo, ficarei hospedado no Hotel Cannes, no centro. Espero ter tempo de ver todos que me são saudosos!!! E curtir Vitória e Vila Velha, minhas cidades queridas. E até em Fundão irei, para ver dona Creuza e outros a quem gosto muito!!!

quarta-feira, junho 06, 2012

Em defesa da "Comissão da Verdade"


A Pura Verdade

JAIME SAUTCHUK*

A instalação da Comissão da Verdade, pela presidente Dilma Rousseff, significou um importante passo para passar o Brasil a limpo e consolidar de vez a democracia. Para isso, entretanto, é preciso que todos os setores da vida nacional estejam com o mesmo desejo de se chegar à verdade nua e crua, longe das meias-verdades, dos mistérios.
O Brasil demorou para encarar de frente os crimes cometidos pela ditadura militar que vigorou de 1964 a 1985. E ainda assim, tendo que engolir um período mais dilatado a ser investigado, que ficou de 1946 a 1988, como forma de fingir que o período da ditadura militar instalada com o golpe de 64 não tenha sido de flagrante exceção.
Em outros países da América Latina e de outros continentes que viveram experiências idênticas de usurpação do poder por minorias, no mesmo período histórico, a revisão de ações criminosas já vem ocorrendo há mais tempo ou até já foram concluídas. Mas, antes tarde do que nunca.
Todavia, para chegarmos a resultados que possam entrar para a história, com altivez e dignidade, é preciso que estejam abertos os corações e, é claro, os arquivos. Ninguém, num processo como esse, pode ser arvorar a ter mais direito que os demais cidadãos.
Digo isto por causa de reações à criação da Comissão, que o País inteiro viu e ouviu, de setores da sociedade, especialmente de membros das forças armadas. Fica parecendo que a farda privilegia uma parte da nação, quando o correto é a Marinha, Exército e Aeronáutica terem seus deveres a mais, previstos na Constituição Federal, mas não direitos ou poderes a mais.
Uma das reações foi a de que a Comissão deveria investigar "os dois lados", como se a violação dos direitos humanos tivesse sido perpetrada também pela sociedade civil. Esta apenas reagiu da forma que pôde a um regime instituído de forma brutal e, o que é ainda pior, sob a orientação imperialista dos Estados Unidos. Ou seja, o estado agiu de forma unilateral e repressiva. Este é o lado.
Da parte da resistência também houve uso de armas e mortes até de civis, isso ninguém ignora. Mas os autores dessas ações já foram mais do que punidos, pois passaram anos em prisões ou foram sumariamente assassinados, sem julgamento, nem dó, nem piedade.
Outra reação equivocada é a de que "esta é uma página virada" em nossa História. Mas, como virar uma página que contém lacunas a serem preenchidas? A reconciliação nacional para valer só estará completa quando essas pendências forem esclarecidas. Há pais cujos filhos sumiram. Há filhos cujos pais supostamente foram mortos, mas seus túmulos continuam destampados.
E aí entra outra questão que foi levantada já na primeira reunião da Comissão: o sumiço de documentos. É claro que ninguém acredita que documentos sobre ações da repressão tenham desaparecido dos arquivos das organizações responsáveis. Além do mais, a própria destruição de documento oficial é crime. Reconhecer queima de arquivos seria, por si só, reconhecer a existência de algo errado, algo a esconder da sociedade.
Isso tudo significa dizer que a Comissão de sete membros criada pela presidente Dilma terá dois anos de muito trabalho. Sua função é apenas investigar, as eventuais punições ficarão a cargo da Justiça. Mas o importante agora é que a sociedade brasileira conheça a mais pura verdade.

*-Jaime Sautchuck é escritor, jornalista e presidente da CEBRAPAZ/DF

sexta-feira, junho 01, 2012

Vida Nova!!


Amigos
Após quase 10 anos de convivência, meu casamento com Polyana Demoner chegou ao fim. Sem mágoas e traumas, civilizadamente. A partir deste fim de semana, estarei morando no hotel San Marco, no Plano Piloto. Meu celular continua o mesmo 61-9828.5152. Espero que meus amigos e os que conheceram Polyana em minha companhia continuem a quere-la bem e a trata-la com o respeito e admiração que ela merece.
Luiz Aparecido