segunda-feira, fevereiro 17, 2014

Todos convocados ao julgamento do "caso" de João Batista Franco DDrumont

Mensagem convocatória de Egmar José de Oliveira – advogado, que trabalha no caso do camarada João Batista Franco Drumont, assassinado sob torturas pela Ditadura Militar/Civil,  nas dependências do DOI-CODI de São Paulo em 1976. Fruto da ação da  repressão conhecida como “Chacina  da Lapa”, onde vários dirigentes do PCdoB foram friamente assassinados e outros presos. 


Camaradas

Na condição de advogado e militante do Partido, ingressei com ação de retificação de óbito de João Batista Franco Drumond, dirigente do PC do B, assassinado em 1976 no DOI CODI SP, em nome da familia dele - Maria Ester Cristelli, esposa,  Rosa e Silvia, filhas, na Comarca de São Paulo em 15/12/2011.

No dia 18/04/2012, foi proferida a sentença em 1o grau determinando a retificação do óbito para constar local da morte DOI CODI DO II EXERCITO; causa da morte TORTURA (a certidão fornecida pela ditadura militar constava como local da morte a avenida 9 de julho esq. com rua Paim, centro, SP, e a causa: traumatismo provocado por atropelamento)

Pois bem. Irresignado com a decisão, pasmem você, o Promotor de Justiça interpos recurso de Apelação sob o argumento de que a tortura é causa remota da morte, não podendo assim constar na certidão de óbito.

Nas minhas contra razões argumentei, por obvio, o contrário.

Ontem fui intimado pelo diário oficial do TJSP que a apelação será julgada no próximo dia 18, às 13h30. na sala 511, 5o andar, Palácio da Justiça, Praça da Sé em SP. O relator da apelação é o desembargador Alvaro Passos. Estarei lá e farei a sustentação oral do bom direito.
Portanto, solicito a todos que mobilizem os nossos companheiros de São Paulo, capital, para se fazerem presentes na sessão, pois a pressão popular sempre ajuda e muitas vezes é determinante, ainda que o Poder Judiciário seja refratário a ela.

Por último: Destaco que no caso da João Batista Drumond, a Comissão Nacional da Verdade não fez nada, não se mobilizou e nem empenhou - diferente dos dois casos posteriores: Wladmir Herzog e Alexandre Vannuci, em que houve o empenho pessoal de alguns Comissionários, inclusive com visitas aos desembargadores do  TJSP e o enderençamento de documentos pedindo a retificação das certidões de óbitos deles. Reafirmo que tudo foi muito legitimo. No entanto, entendo que o militante do PC do B, João Batista Drumond, e sobretudo a sua familia, merece o mesmo tratamento.
Fica asim o meu pedido e os que puderem nos ajudem.

Saudações. Egmar José de Oliveira - advogado  e Presidente da Comissão da Verdade OAB/GO e Conselheiro (2004-13) e ex vice presidente (2008-2013) da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça


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