sexta-feira, outubro 30, 2009

Violência do dia a dia!!!

Violência- Doença social

Luiz Aparecido*

Basta ver os noticiários na TV, ouvir nas emissoras de rádio ou ler nos jornais ou sites da Internet, para sentir como a violência na sociedade brasileira e capixaba aumenta e está impregnada em todas as camadas da população. Já não é mais sequer uma doença, mas uma septicemia aguda. E parece não haver política publica de segurança ou mobilização social que de jeito.

Os últimos acontecimentos do Rio de Janeiro, mostram a chaga de forma assustadora. Em guerra aberta de traficantes e policiais, a população civil das áreas conflagradas é quem mais sofre. Mais de 40 mortes numa semana de conflitos, muitos deles vitimas de balas perdidas. O povo trabalhador que é maioria da população destas áreas, sofre em meio aos tiroteios e anda é tratada como suspeita pelas forças de segurança. A guerra atinge a todos nos morros e favelas e afeta também a classe média e até mesmo, os antes intocáveis ricaços que habitam não só o Rio de Janeiro, mas São Paulo, Belo Horizonte e outros grandes e médios centros urbanos.

Nesta guerra fratricida, é a droga o principal combustível dos conflitos. Mas a miséria e o abandono social das populações pobres é outro detonador possante. A historia do Brasil mostra desde o fim da escravidão, como os negros e pobres foram sendo afastados dos centros urbanos e abandonados sem nenhuma política publica de inclusão social. Por décadas a situação só vem piorando, com o aumento da população e a concentração de renda e poder nas mãos de uns poucos, que nunca se preocupam com a distribuição de renda e Justiça social.

Num ambiente destes, a violência e o desprezo pela vida humana se dissemina e atinge setores médios e altos da população. Os parâmetros se diluem e o discernimento entre o certo e o errado, mais a disseminação do uso das drogas e do álcool, se tornam o combustível que incendeia a onda de violência. Crimes hediondos dentro de famílias aparentemente estabilizadas assusta ainda mais o vetor social. Filhos atacam pais em busca de meios para adquirir drogas, famílias se dilaceram em busca de heranças e vinganças pessoais, enfim, um pandemônio infernal assusta todo tecido social da Nação.

Isto, sem contar o mau exemplo dos políticos e classes dominantes, que como aves de rapina dilapidam o patrimônio publico e desmoraliza os símbolos do Estado e do que seria Publico. A própria Justiça parece contaminada por este mal, além de secularmente estar sempre ao lado dos ricos e poderosos. Estes exemplos vão solapando as bases de uma sociedade que deveria ser justa e solidária. Não basta mais a ação governamental, mas o despertar de toda população para a luta contra a pobreza, as drogas, o trafico de armas, a corrupção, a violência policial contra pobres e negros trabalhadores, o desperdício acintoso dos ricaços, que aviltam e despertam a ira da sociedade e cria o caldo de cultura da violência generalizada.

È hora de tomar consciência da gravidade da situação, os cidadãos de bem mobilizar a sociedade civil e exigir do poder publico ações concretas, contra a violência, a corrupção, e a inação dos poderosos e seus acólitos.

*Jornalista e cientista social

domingo, outubro 25, 2009

Manfredini mostra que a REVOLUÇÃO não morreu!!!!

24 de Outubro de 2009 - 0h03
Revolução, por que não?
Luiz Manfredini *

Pertenço a uma geração – a dos anos 60 – que conviveu com a idéia de revolução. É verdade que, de acordo com a pessoa ou o grupo, alterava-se o entendimento sobre a natureza e o alcance dessa revolução. Política para alguns, cultural ou meramente comportamental para outros.
Mas em todos – até mesmo naqueles que não se dedicavam à militância política – mantinha-se um pressuposto de ação coletiva, sob o influxo de uma idéia totalizante voltada para a transformação do mundo que, por iníquo, apresentava-se intolerável àquela juventude carregada de sonhos.

No deserto neoliberal que se instaurou no Brasil a partir fim dos anos 80, o impulsos de ação coletiva cederam espaço à perversa competição individual por ganhos pessoais dentro de um sistema inquestionável, e o termo revolução, quando usado, passou a designar circunstâncias e intenções particularizadas, desconectados de um projeto conjunto de superação civilizacional e, portanto, sem qualquer risco para o novo status quo do capital. Ouvia-se falar de revolução disso, revolução daquilo, as mudanças importantes dentro do sistema eram sempre revoluções. Digamos, o termo revolução tornou-se algo ordinário (no sentido de medíocre, vulgar), desidratado da substância política capaz de lhe conferir força e consequência.

O neoliberalismo esboroou-se, mas muitos dos seus pressupostos fincaram raízes e resistem à crise. Mantém-se, portanto, o desafio de resgatar uma cultura de transformação social capaz de robustecer o caminho ao avanço civilizacional representado pela construção do socialismo no Brasil. E tal resgate significa repor não apenas certos conceitos, como também suas designações. Então é preciso vincar que os que defendem a alternativa socialista defendem uma revolução. Revolução é fenômeno histórico, seus matizes (e quando se dará e como se dará) são determinados pelas circunstâncias concretas em que é gestada. Mas a transformação que se pretende será sempre revolução. E isso não pode ser escamoteado, deve ser dito.

Não defendo nenhum pregacionismo em relação à idéia e ao termo revolução. Nada de principismo, doutrinarismo., Defendo, isto sim, que não o abandonemos para a designação de banalidades, que restauremos seu sentido mais original e historicamente sustentado, o sentido da transformação política de fundo que altere a natureza e os objetivos sociais, econômicos, culturais de uma sociedade (ainda que coexistam, em forças da esquerda nacional, diferentes concepções dessa revolução).

Abrir mão dessa terminologia pode significar algo mais extenso e profundo que a mera escolha de palavras e conceitos segundo as necessidades de amplitude política. Pode significar renúncia – ainda que tácita, ou parcial – dos objetivos maiores do projeto socialista. Assim como os comunistas, a despeito da debacle no Leste europeu no início dos anos 80, não abriram mãos de cores e símbolos, de referências teóricas e objetivos estratégicos, não se deve relegar o termo e a idéia da revolução ao baú do esquecimento, sob qualquer tipo de pretexto.

5 comentários

* Jornalista e escritor paranaense, autor de "As moças de Minas" e "Memória de Neblina".

sábado, outubro 24, 2009

Como Corisco de Lampião!!

Minha gente!!!

Otto Lara Rezende dizia que “mineiro só é solidário no câncer”. Não somos mineiros nem cínicos. Estou aguardando há meses chamado do SARAH para novos exames e buscar outros, ou um novo tratamento que me ajude a melhorar. Não tem sido mole não. Tenho piorado vagarosamente, Antes melhorava lentamente. Isto me preocupa, porque meus movimentos se tornam mais difíceis e, por exemplo, no final da tarde estou com a impressão de pesar 400 quilos e mal me locomovo amparado nas paredes e objetos.
Mas isto não é um lamento não. È apenas informando aos amigos mais chegados como estou.
Continuo na luta com o INSS para receber meu auxilio doença e depois tentar uma aposentadoria e aguardando que se transforme em realidade, a Anistia que conquistei no STJ e na Comissão de Anistia. Justiça no Brasil é fogo, só é boa para o Daniel Dantas e seus acólitos da vida. A família, Polyana e as crianças vão bem. Polyana cansada e estressada, mas lutando bravamente para que ganhemos nossas batalhas e nossa vida melhore.

Como dizia Corisco, o Diabo Louro de Lampião. "Só me entrego na morte, de Parabelun na mão".

Luiz Aparecido*

*Leia meus blogs- www.luizap.blogspot.com e www.luiz-aparecido.zip.net

Brasil sem força militar para enfrentar qualquer conflito111

Hipotético uso da força!!

Luiz Aparecido*

O presidente deposto de Honduras continua com seus 60 seguidores arranchado na Embaixada brasileira em Honduras. As negociações não andam, a Organização dos Estados Americanos-OEA e a ONU não tomam nenhuma atitude, não forçam via bloqueio e sanções, afastar os usurpadores do poder naquele pequeno pais caribenho e o impasse se arrasta por semanas e meses. O próprio Brasil, que deu guarida a Zelaya se sente impotente e aguarda um milagre que desça dos céus para resolver a questão. Afinal tudo acabou num imbróglio difícil de resolver.

Mas, e se os golpistas decidirem invadir a embaixada e evacuar Zelaya e seus seguidores e os prenderem. O que o Brasil irá fazer concretamente? Hipoteticamente só restaria ao Brasil declarar guerra e invadir Honduras e restabelecer o Estado de Direito com Zelaya na presidência. Se fosse com os americanos, certamente seria isto que iria acontecer, com o beneplácito da OEA e da ONU. Mas o Brasil faria o que?

Brasil sem força militar

Sequer um porta-aviões e navios de transporte de tropas para chegar rapidamente até lá, nós temos funcionando. Nossos comandantes militares vivem dizendo que nossas naves de guerra e até aviões de ataque, não funcionam direito e os poucos que ainda navegam e voam, o fazem por autofagia, ou seja, um quebra e vão pegando peças de outro para consertar. È feia a nossa situação de força militar. Isto para um país como o Brasil, continental e importante no panorama mundial. Econômica e socialmente um sucesso e militarmente um fiasco.

E não é por culpa do governo Lula não. Esta situação sempre foi precária e ultimamente só piorou. Depois da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, herdamos um parque bélico sucateado e sobras do conflito e um acordo militar com os Estados Unidos, que só nos transformou em força auxiliar dos americanos em sua política belecista e hegemonista.Durante os mais de 20 anos de Ditadura Militar, as Forças Armadas foram voltadas para combater os inimigos internos do regime. Mas ainda assim os militares investiram num parque bélico brasileiro.

Criaram a Embraer e a Imbel, fabricaram pequenos aviões de treinamento e ataque, na Imbel, em consórcio com outras empresas produziram muitas armas, inclusive o lança mísseis Astra, que foi vendido para vários países e atuou com sucesso em guerras no Oriente Médio e na África. Nossa Marinha, através de seu Arsenal da Marinha produziu pequenos braços de guerra, reformou e modernizou vários navios e começou a trabalhar na construção de um submarino nuclear, projeto que continua em ação.

Enfim, os militares romperam o acordo militar que tinham com os americanos e diversificaram seu arsenal e fornecedores. A doutrina de Segurança Nacional que era inspirada pelos americanos em cima da Guerra Fria, foi ultrapassada, assim como a política de combate aos inimigos internos e o fim da Ditadura mudou tudo. A partir do governo Collor, houve uma deliberada política de desmonte das nossas Forças Armadas, também inspirada pela política norte-americana e neoliberal, de que com o fim da Guerra Fria e o “fim do socialismo real”, os paises não precisavam mais de forças armadas para combater o “perigo comunista”.

Hoje, o Brasil continua sem uma política de fortalecimento de suas forças armadas e luta para, pelo menos manter o mínimo de estrutura militar. Mas países como Argentina, Peru, Chile, Venezuela e Colômbia, apadrinhada pelos Estados Unidos na sua guerra interna contra a guerrilha das FARC e dos narcotraficantes, possuem forças armadas bem mais poderosas que o Brasil e podem nos vencer em qualquer conflito armado. Com crise Hondurenha ou não, o Brasil precisa ter uma Força Militar a altura de sua importância no Mundo e para defender suas fronteiras terrestres e marítimas, que são as maiores do Mundo. È uma questão de soberania nacional que deve interessar a todos os brasileiros de qualquer tendência política,

*Jornalista e Cientista Social

sexta-feira, outubro 23, 2009

Homenagem a Marighella!!!!

Companheiros e amigos

No dia 4 de novembro se completam 40 anos do assassinato de Carlos Marighella.
Frente a essa efeméride um grupo de companheiros relembra seu significado e o legado da luta histórica de Carlos Marighella.

Se você quiser aderir a essa manifestação, assine,através da Internet neste site :



http://www.PetitionOnline.com/19692009/petition.html



Programe atividades em sua comunidade e local de atuação para debater essas ideias
Saudações
Comissão Organizadora 1969 2009 - 40 anos - Marighella Vive

Aos brasileiros

EM MEMÓRIA DE CARLOS MARIGHELLA
Carlos Marighella tombou na noite de 4 de novembro de 1969, em São Paulo, numa emboscada chefiada pelo mais notório torturador do regime militar. Revolucionário destemido, morreu lutando pela democracia, pela soberania nacional e pela justiça social.

Da juventude rebelde, como estudante de Engenharia, em Salvador, às brutais torturas sofridas nos cárceres do Estado Novo; da militância partidária disciplinada, às poesias exaltando a liberdade; da firme intervenção parlamentar como deputado comunista na Constituinte de 1946, à convocação para a resistência armada, toda a sua vida esteve pautada por um compromisso inabalável com as lutas do nosso povo.

Decorridos quarenta anos, deixamos para trás o período do medo e do terror. A Constituição Cidadã de 1988 garantiu a plenitude do sistema representativo, concluindo uma longa luta de resistência ao regime ditatorial. Nesta caminhada histórica, os mais diferentes credos, partidos, movimentos e instituições somaram forças.

O Brasil rompeu o século 21 assumindo novos desafios. Prepara-se para realizar sua vocação histórica para a soberania, para a liberdade e para a superação das inúmeras iniqüidades ainda existentes. Por outros caminhos e novos calendários, abre-se a possibilidade real do nosso País realizar o sonho que custou a vida de Marighella e de inúmeros outros heróis da resistência. Garantida a nossa liberdade institucional, agora precisamos conquistar a igualdade econômica e social, verdadeiros pilares da democracia.

A América Latina está superando um longo e penoso ciclo histórico onde ocupou o lugar de quintal da superpotência imperial. Mais uma vez, estratégias distintas se combinam e se complementam para conquistar um mesmo anseio histórico: independência, soberania, distribuição das riquezas, crescimento econômico, respeito aos direitos indígenas, reforma agrária, ampla participação política da cidadania. Os velhos coronéis do mandonismo, responsáveis pelas chacinas e pelos massacres impunes em cada canto do nosso continente, estão sendo varridos pela história e seu lugar está sendo ocupado por representantes da liberdade, como Bolívar, Martí, Sandino, Guevara e Salvador Allende.

E o nome de Carlos Marighella está inscrito nessa honrosa galeria de libertadores. A passagem dos quarenta anos do seu assassinato coincide com um momento inteiramente novo da vida nacional. A secular submissão está sendo substituída pelos sentimentos revolucionários de esperança, confiança no futuro, determinação para enfrentar todos os privilégios e erradicar todas as formas de dominação.

O novo está emergindo, mas ainda enfrenta tenaz resistência das forças reacionárias e conservadoras que não se deixam alijar do poder. Presentes em todos os níveis dos três poderes da República, estas forças conspiram contra os avanços democráticos. Votam contra os direitos sociais. Criminalizam movimentos populares e garantem impunidade aos criminosos de colarinho branco. Continuam chacinando lideranças indígenas e militantes da luta pela terra. Desqualificam qualquer agenda ambiental. Atacam com virulência os programas de combate à fome. Proferem sentenças eivadas de preconceito contra segmentos sociais vulneráveis. Ressuscitam teses racistas para combater as ações afirmativas. Usam os seus jornais, televisões e rádios para pregar o enfraquecimento do Estado. Querem o retorno dos tempos em que o deus mercado era adorado como o organizador supremo da Nação.

Não admitimos retrocessos. Nem ao passado recente do neoliberalismo e do alinhamento com a política externa norte-americana, nem aos sombrios tempos da ditadura, que a duras penas conseguimos superar.

A homenagem que prestamos a Carlos Marighella soma-se à nossa reivindicação de que sejam apuradas, com rigor, todas as violações dos Direitos Humanos ocorridas nos vinte e um anos de ditadura. Já não é mais possível interditar o debate retardando o necessário ajuste dos brasileiros com a sua história. Exigimos a abertura de todos os arquivos e a divulgação pública de todas as informações sobre os crimes, bem como sobre a identidade dos torturadores e assassinos, seus mandantes e seus financiadores.

Precisamos enfrentar as forças reacionárias e conservadoras que defendem como legítima uma lei de auto-anistia que a ditadura impôs, em 1979, sob chantagens e ameaças. Sustentando a legalidade de leis que foram impostas pela força das baionetas, ignoram que um regime nascido da violação frontal da Constituição padece, desde o nascimento, de qualquer legitimidade. E procuram encobrir que eram ilegais todas as leis de um regime ilegal.

Sentindo-se ameaçadas, estas forças renegam as serenas formulações e sentenças da ONU e da OEA indicando que as torturas constituem crime contra a própria humanidade, não sendo passíveis de anistia, indulto ou prescrição. E se esforçam para encobrir que, no preâmbulo da Declaração Universal que a ONU formulou, em 10 de dezembro de 1948, está reafirmado com todas as letras o direito dos povos recorrerem à rebelião contra a tirania e a opressão.

Por tudo isso, celebrar a memória de Carlos Marighella, nestes quarenta anos que nos separam da sua covarde execução, é reafirmar o compromisso com a marcha do Brasil e da Nuestra America rumo à realização da nossa vocação histórica para a liberdade, para a igualdade social e para a solidariedade entre os povos.

Celebrando a memória de Carlos Marighella, abrimos o diálogo com as novas gerações garantindo-lhes o resgate da verdade histórica. Reverenciando seu nome e sua luta, afirmamos nosso desejo de que nunca mais a violência dos opressores possa se realimentar da impunidade. Carlos Marighella está vivo na nossa memória e nas nossas lutas.

Brasil, 4 de novembro de 2009.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Houve erro, mas o alerta valeu!!!

Houve um engano, companheiros.

A notícia é velha mesmo, de 2007, e não vale mais. O assunto já foi recolocado e respondido pela Comissão de Anistia. Ou seja, Lamarca continua anistiado com promoção militar e sua viúva, Maria, recebe a pensão mensal.

Se for possível explicar, a notícia veio pelo grupo Os Amigos de 68, formado basicamente por cariocas ex-exilados e ex-presos, além de nordestinos simpáticos. Eles já pediram desculpas pelo engano.

Acontece que nem eles, nem quem leu e repassou, protestou e discutiu, inclusive eu, lemos a notícia na íntegra, onde constava a data. Peço desculpas em nome deles e no meu - embora tenha repassado inicialmente este e-mail que vocês todos receberam. Quem repassou deve fazer o mesmo.

Erramos todos. Mas desde ontem isso já havia sido corrigido.

Beijo.
Rose.

sábado, outubro 10, 2009

Barak Obama não merece este Nobel da Paz!

NOBEL PRECIPITADO

*Por Luiz Aparecido

O Comitê do Premio Nobel decidiu este ano, intempestivamente, conceder o Premio Nobel da Paz ao presidente norte-americano Barak Obama. Será merecido??
A mídia americana e mundial, controlada pelos mesmos homens e corporações que dominam o Mundo, celebram alegremente o premio. Mas não acredito que o presidente americano, o primeiro negro a chegar ao governo( não ao poder)seja merecedor desta honraria.

Ele até agora mantêm, com vagas promessas de acabar, a agressão americana no Iraque, no Afeganistão, interferindo em assuntos internos de vários paises do mundo, ameaçando nações soberanas, como Coréia do Norte e Irã e por ai vai. Os suspeitos de terrorismo (sem culpa formada ou julgamento justo) contra alvos americanos, continuam detidos e sendo torturados na Base usurpada de Guantanamo, em Cuba. O bloqueio econômico e humanitário que sufoca o povo cubano continua e a belicosidade americana permanece inalterada, apesar dos vários discursos de Barak Obama de que um dia mudara tudo isto.

Mas até agora nada mudou na beligerante política externa norte-americana e não creio que mudara tão cedo, se mudar!

O mundo espera

A eleição de Barak Obama presidente norte-americano, enfrentando o “status quo” mantido pelas corporações que formam o poder do imperialismo norte americano, foi um feito extraordinário para a sociedade americana. Afinal. Há poucas décadas os negros sequer podiam andar na mesma calçada que os brancos, freqüentar os mesmos ambientes e escolas e em certos Estados do Sul, sofriam as mais bárbaras perseguições e segregações. Portanto, eleger um negro presidente da República, já é um feito que mostra a sociedade americana e o cidadão médio daquela potencia mudando suas concepções de mundo.

Mas não podemos esquecer, que o tripé do poder americano, sediado nas corporações do setor industrial/militar, no sistema financeiro hegemonista e no poder do setor de comunicação/entretenimento e mídia, se mantém inalterado. E a crise econômica que foi gerada nos Estados Unidos e difundida por todo mundo capitalista, não foi combatida a partir de sua germinação. Pelo contrario, para manter o poderio das corporações, Barak Obama usou o potencial do Estado americano para socorrer os setores mais atingidos pela crise, que foram os crediticios/financeiros e as indústrias automobilística e bélica.

E a crise por lá continua, tendo sido seus efeitos mais graves apenas empurrados para debaixo do tapete. E quem mandava nos setores chaves do poderio americano continuam mandando, ou seja, o Pentágono, Wall Street e a CIA.

O golpe recente em Honduras, onde o presidente eleito e legitimamente no poder, foi deposto num golpe militar típico daqueles articulados pela CIA e seus amigos internos, ou seja, a classe dominante hondurenha e seus sócios americanos. Então onde estão as mudanças prometidas por Barark Obama e seu espírito e ações pela paz mundial. Continua inclusive sustentando política,financeira e militarmente Israel, que mantém sua agressão contra o povo e a nação palestina e fustigando os paises árabes independentes.

Se realmente Barak Obama decidir cumprir parte de suas promessas de campanha e terminar com as agressões americanas em várias partes do Mundo, aplicar até mesmo sua interna reforma do sistema de saúde, que beneficiara o povo pobre dos Estados Unidos( é isto mesmo, há milhões de pobres naquele país e miséria terceiro-mundista em vários locais) democratizar a mídia e o capital, acabar com o poder soberano do setor industrial/bélico e outras, pode mesmo é acabar com um tiro na cabeça. Que é como os americanos que realmente estão no poder, costumam resolver suas diferenças políticas.

*Jornalista/Cientista Social

segunda-feira, outubro 05, 2009

Congresso do PCdoB pode dar samba!!!!

O glorioso Partido Comunista do Brasil, o PCdoB esta em todo país discutindo suas teses e debatendo suas idiossincrasias em preparação de seu novo Congresso. Este processo sempre foi muito rico e o momento em que vivemos nós, os comunistas, entre a malfadada crise do socialismo real desde a queda do Muro de Berlin e o fim da União Soviética o transforma em mais rico ainda. A recente e ainda presente crise do capitalismo, gerada a partir do próprio pólo do capitalismo, transforma as discussões em mais ricas e mais esclarecedoras ainda.

Por isto. e talvez por isto, não entendo porque crises internas, motivadas pela má compreensão da luta de classes, idiossincrasias pessoais e motivos menores estão enpanando as discussões sobre as teses do Congresso e o esforço de fazermos um partido grande, massivo e a altura de seu objetivo que é fazer a revolução( qual método e caminho, ainda vamos descobrir) e engrandecer o Brasil. Ninguém é dono da verdade num momento destes e só a discussão séria e leal aos princípios pode nos levar a algum lugar. Bem distante de ser uma sublegenda do PT ou um partidinho de pseudo quadros iluminados, cujas lamparinas não clareiam sequer os próximos passos. Tenho dito, Benedito. Que o Cintra o tenha, com toda sua sabedoria de sambista da vida.Sem nenhuma ironia.

Congresso do PCdoB pode dar samba!!!!

O glorioso Partido Comunista do Brasil, o PCdoB esta em todo país discutindo suas teses e debatendo suas idiossincrasias em preparação de seu novo Congresso. Este processo sempre foi muito rico e o momento em que vivemos nós, os comunistas, entre a malfadada crise do socialismo real desde a queda do Muro de Berlin e o fim da União Soviética o transforma em mais rico ainda. A recente e ainda presente crise do capitalismo, gerada a partir do próprio pólo do capitalismo, transforma as discussões em mais ricas e mais esclarecedoras ainda.

Por isto. e talvez por isto, não entendo porque crises internas, motivadas pela má compreensão da luta de classes, idiossincrasias pessoais e motivos menores estão enpanando as discussões sobre as teses do Congresso e o esforço de fazermos um partido grande, massivo e a altura de seu objetivo que é fazer a revolução( qual método e caminho, ainda vamos descobrir) e engrandecer o Brasil. Ninguém é dono da verdade num momento destes e só a discussão séria e leal aos princípios pode nos levar a algum lugar. Bem distante de ser uma sublegenda do PT ou um partidinho de pseudo quadros iluminados, cujas lamparinas não clareiam sequer os próximos passos. Tenho dito, Benedito. Que o Cintra o tenha, com toda sua sabedoria de sambista da vida.Sem nenhuma ironia.