segunda-feira, janeiro 30, 2012

Dynéas Aguiar, faz hoje 80 anos de vida e 60 anos de militancia comunista e revolucionaria!!!!


Dynéas Aguiar é paulista, entrou no Partido Comunista do Brasil em 1950. Ele atuou no movimento estudantil secundarista chegando a presidir a União Nacional de Estudantes Secundários (UNES). Combateu as idéias reformistas após o 20º Congresso do PCUS e participou da reorganização do PC do Brasil, participando de seu Comitê Central em 1962. Fez o curso na China em 1966. Foi receptor de apoios internacionais aos comunistas brasileiros em Buenos Aires, nos anos 70. Foi Secretário de Organização do PCdoB (1978-1992) e Vice-Prefeito de Campos do Jordão - SP (2001-2009). Hoje, 60 anos depois, sua principal tarefa é contribuir com o resgate da história dos comunistas no Brasil. O CDM preparou este Especial para homenageá-lo.
Artigo: Para quem quiser conhecer mais a história de Dyneas disponibilizamos o artigo dos historiadores Fernando Garcia e Renato Bastos, publicado no último número da Mouro – revista marxista do núcleo do Estudo d’O Capital: Dynéas Fernandes Aguiar: exemplo militante

O seu mais recente trabalho é o roteiro de estudos temáticos sobre a história do PC do Brasil"O que se deve ler para conhecer o PC do Brasil", públicado aqui na página do CDM.

Entrevistas

Dynéas Aguiar fala da luta da juventude comunista contra a guerra na Coréia, por Fernando Garcia

Dyneas Aguiar fala do processo de cisão dos comunistas brasileiros entre 1956 e 1962, por Augusto Buonicore


Vídeos

Dynéas fala sobre as relações internacionais do PCdoB após a reorganização 

Dynéas fala do início de sua militânicia

Dynéas fala sobre o trabalho no CDM e a cisão pós 5º Congresso do PC do Brasil 

Dynéas fala sobre a produção do documento "Guerra Popular - caminho da luta armada no Brasil" 

Dynéas fala sobre Maurício Grabois 

Dynéas fala sobre a militância dentro do Quartel 

Dynéas canta samba contra a guerra da Coréia

Dynéas fala de alguns companheiros mortos e desaparecidos


Textos

Sucessão é o centro da atividade do PCdoB In: jornal A Classe Operária nº 20 de 1 a 14 de junho de 1989

O Partido nas Universidades, In: jornal A Classe Operária nº 44 de 8 a 21 de junho de 1990

sábado, janeiro 28, 2012

As crianças chegam das férias!! Ah, quanta saudades!!!



Mara toda faceira no Aeroporto!


Paulo Roberto desembarcando!
Após mais de um mês curtindo as praias e  a casa da avó Creusa, no Espirito Santo, chegaram hoje(sábado) de volta a Brasilia, meus filhos Elza Maria e Paulo Roberto. Vamos matar a saudades e depois eles enfrentam novo  ano escolar.  A mãe, Polyana, tá que não  se segura  de tanta alegra pela volta deles. E eu também!!!

Tolentino e jornalista frances desmascaram "blogueira" cubana!!!

È imperdivel. O Blog do Tolentino em www.blogdetolentino.blogspot.com postou hoje uma sensacional entrevista feita pelo jornalista frances Salim Lamranium, com a embusteira "blogueira" cubana Yoani Sánchez, que podera a qualquer momento aportar no Brasil. Ela já conseguiu visto de entrada e espera a liberação das autoridades cubanas para viajar para cá. Aqui não fara outra coisa que atacar o governo e a Revolução cubana e será tratada como superstar pela midia reacionaria do País. Importante divulgar o Blog do Tolentino para desmascarar de vez esta embusteira!!

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Exames marcados!! Vamos a luta!!

Tunel no fim da luz!!!
Graças aos esforços do amigo e camarada Sérgio Miranda, de Rita Poli e o ministro Aldo Rebelo, o Hospital SARAH de Brasilia, marcou os exames de “Ressonancia Magnetica” e “Eletroneuromiografia” , o famoso  e temido exame das agulhinhas, para os próximos dia 14 de fevereiro para a “ressonância” e das “agulhinhas” para dia 27. Depois do resultado, verão o melhor tratamento para deter a escalada de perda de força que venho  sentindo na mão e braço direito, caminhando vagarosamente para perna direita. Torço para que até lá as coisas continuem como estão e os médicos consigam, com cirurgia ou não, resolver o problema. Agradeço aos amigos pelo apoio e força. E vamos lá. “O Mundo gira e a Lusitana  roda”. Enquanto isto continuo aqui nas trincheiras de luta!!!
Luiz Aparecido

segunda-feira, janeiro 23, 2012

As esquerdas, direita emperdenida e quetais. O Dogmatismo tem cura!!!


Este é o Laboratório fabricante!

Dogmatismo tem tratamento e cura!!

Esta doença que atinge principalmente setores da esquerda no Mundo todo, especialmente no Brasil, agora tem tratamento. O Laboratório “Sanofi Aventis”, acaba de lançar o medicamento “DOGMATIL”, já a venda em farmacias e drogarias do Brasil. Recomende a seus amigos e desafetos políticos.
 Não é brincadeira não, segue abaixo a “bula” e as recomendações para seu uso, que dependendo do paciente, pode e deve ser permanente. A dica foi dada  pelo Antonio Carlos Queiróz, o inefável “ACQ”!
Dogmatil
O que é e para o que serve ?
O dogmatil é a sulpirida, um neuroléptico do grupo das benzamidas. A utilização recomendada pode ser tanto para controlar sintomas psicóticos como para elevar os estado de humor do paciente deprimido.
Como é usado ?
A dose recomendada pelo fabricante varia entre 200 e 800mg por dia. Os primeiros estudos, contudo, feitos com essa medicação, avaliaram seu desempenho com doses entre 800 e 2.300mg por dia. Com essas doses detectou-se uma capacidade de suprimir os sintomas psicóticos com a mesma eficácia dos neurolépticos tradicionais. Mesmo em doses mais altas não foram tão intensos os efeitos colaterais, ao contrário dos neurolépticos tradicionais. Tais estudos detectaram inclusive efeitos antidepressivos. Sua baixa incidência de efeitos colaterais permite seu uso com segurança em crianças, para isso é oferecido em gotas com a dose de 5mg por Kg de peso.
Principais efeitos colaterais
Esta medicação não apresenta os efeitos colaterais típicos dos neurolépticos como as alterações motoras. Também não costuma apresentar ressecamento da boca, visão borrada nem prisão de ventre. As mulheres são mais sensíveis aos efeitos colaterais, sobre elas os efeitos costumam ser: alterações do ritmo menstrual, escorrimento tipo "colostro", diminuição do desejo sexual e aumento da mama (mesmo para homens), tonteiras, dores de cabeça e sonolência
Considerações importantes
Não deve ser usado durante o primeiro trimestre da gestação nem nos casos de feocromocitoma

sexta-feira, janeiro 20, 2012

De volta a luta e talvez ao SARAH!!!

Meus amigos e amigas!! Fui nesta sexta-feira, dia 20, ao meu neurologista em função de uma perda de força na mão direita, que vinha sentindo já há uns 20 dias e fui surpreendido com um diagnóstico nada animador, mas não tão desesperador. Meu problema esta na coluna  cervical/vertical, que pode estar com alguma vértebra em processo degenerativo e que talvez precise de outra intervenção cirúrgica.

 Mas para confirmar, ele pediu uma ressonância magnética de toda coluna e o famoso e temido exame das “agulhinhas”, o “Eletroneuromiografia” que medira exatamente como estão as forças de meus músculos. E também,  uma URGENTE consulta no hospital SARAH  de Brasilia, onde fiz a primeira cirurgia minha para estancar a ”meliopatia cervical compressiva”,  que estava me paralisando todo, há mais de três anos.

Agora, a tarefa é apressar a realização dos exames e principalmente fazer um cerco ao SARAH para liberar logo e marcar minha consulta. E confiar na força da natureza e no tratamento a ser proposto, para recuperar todo meu potencial operativo e mais qualidade de vida.

È isto. Vamos nesta que atrás vem gente- empurrando!!!!!!!!

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Novo e instigante livro de Luiz Manfredini! Um revolucionario escrevendo sobre a memória dos "Anos de Chumbo"!!!





Memória de Neblina: sonhos e pesadelos nos anos de chumbo

Três amigos quase cinqüentões se reúnem para ruminar sobre a trajetória que iniciaram ainda na adolescência. Nasce daí um painel do duplo desafio da juventude dos anos 60: os conflitos decorrentes da idade intermediária – nem são mais crianças, tampouco adultos – numa época de intensa efervescência cultural e comportamental, e os criados pela ditadura imposta ao País a partir de 1964. Assim se desenvolve o romance “Memória de Neblina”, do jornalista e escritor Luiz Manfredini.

“Memória de Neblina” é um romance sobre meninos e meninas que, sob a ditadura militar, conviveram com sonhos e pesadelos justamente quando estavam se formando para a vida. Hilários, dramáticos, amorosos, radicais, lutam e brincam a um só tempo. Vivem um tempo de trevas. Ainda assim, acendem risos. O lúdico não abandona o revolucionário. Nas frias madrugadas curitibanas, cobrem as imaculadas paredes de um colégio – todas elas – com poemas pichados com bastões de cera. Em seguida, mergulham em estrepulias até o amanhecer. Dias depois, lá estão eles distribuindo panfletos em um bairro operário e discursando sobre bancos de praças. Mais tarde, entre operários e camponeses, semeiam sua revolução. “Memória de Neblina” é, sobretudo, um elogio ao pensamento humanista e transformador.

Luiz Manfredini é veterano jornalista em Curitiba. Trabalhou em O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e revista ISTOÉ, entre outros órgãos de imprensa. É colunista do portal Vermelho e membro do Conselho Editorial da revista Princípios, editada em São Paulo.

Junto com o anterior, “As moças de Minas” (lançado em 1989 e relançado em 2008), “Memória de Neblina “compõe uma viagem aos sonhos e aos pesadelos de uma juventude que viu erguer-se diante de si a muralha da ditadura. Muitos desses jovens, inconformados, partiram para a luta, escrevendo assim um dos capítulos mais significativos da história política do Brasil.  O livro está à venda no sítio www.livrariascuritiba.com.br


segunda-feira, janeiro 16, 2012

"Osvaldão"-Esportista,engenheiro, lider da Guerrilha do Araguaya! Uma lenda ainda a resgatar!!


Clique o link para ver o documentário. Lá clique nas duas janelas para ver o filme inteiro!
Vídeo vencedor do prêmio Vladimir Herzog: "Guerrilha do Araguaia, a história do lutador Osvaldão" (duas partes):http://www.dirigida.com.br/news/pt_br/video_vencedor_do_premio_vladimir_herzog_guerrilha_do_araguaia_espn_estadao/redirect_7213352.html

O História do Esporte mostrou a inédita história do lutador que armou o seu ringue no Araguaia, em plena ditadura. Osvaldo Orlando da Costa era fã de Chico Buarque e se tornou um dos exemplos para todos os cidadãos brasileiros após instalar seus princípios no Araguaia e morrer na guerrilha.

"Guerrilha do Araguaia", produzido pela equipe do programa Histórias do Esporte, Roberto Salim, Marcelo Gomes e Cristina Pustiglione ganhou o respeitado prêmio de jornalismo, Vladimir He rzog. Os canais ESPN também venceram na categoria documentário de televisão com “Haiti – O país dos Rest Avec, produzido pelo jornalista Lúcio de Castro.

De volta Brasilia!!





Depois de mais de 20 dias entre Sampa e interior de São Paulo, estou de volta a esta linda Brasilia chuvosa. Pena que não tive condições de ir a minha Penápolis, visitar o Dynéas Aguiar em franca recuperação, em Valinhos, ou retornar a Sampa para ver Zé Reinaldo Carvalho, nosso dirigente e lider do PCdoB, nosso presidente Renato Rabelo, não ver o Aramis Moraes e visitar meu ilustre causidico Flávio Bortot e sua querida Denise e muitos outros amigos!! Fim e começo de ano é fogo!!! Todo mundo procura uma Praia ou um canto fora da megalópolis para descansar. Mas volto logo lá para ve-los!!!


Ficou faltando ainda ter ido a Poá, perto de Sampa visitar minha filha Andréia e meus netos e dar um Pulo em Vitória, no Espirito Santo, ver o Marcio Tadeu Paiva, o Carlos Fernando Lima, o Gildo Ribeiro e muita gente amiga que tenho naquelas plagas. Fica para breve a visita!!

sexta-feira, janeiro 13, 2012

Veríssimo disseca a imbecibilidade do "programa" da GLOBO!



Artigo sobre o BBB* – Luís Fernando Veríssimo
Publicado a 24 Janeiro 2011 por Vitalves
Descrição: Artigo sobre o BBB* – Luís Fernando Veríssimo
Descrição: Artigo sobre o BBB* – Luís Fernando Veríssimo
 Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. [...] Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
[...] Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores). Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

Obs.: BBB* - Big Brother Brasil

( Luís Fernando Veríssimo )
www.vitalves.com | Textos e Contextos, Frases e Fases...
Descrição: Artigo sobre o BBB* – Luís Fernando VeríssimoDescrição: Artigo sobre o BBB* – Luís Fernando Veríssimo

quarta-feira, janeiro 11, 2012

Denuncias e discussão sobre a questão energética nacional!!!

TA NA REVISTA “ADUSP” DE OUTUBRO DE 2011

“ Abordagem das questões técnicas e politicas das áreas  energéticas e a desorientação do governo da presidente Dilma sobre o tema, são atuais e preocupantes  e merecem ser discutidas nacionalmente com a maior seriedade. Por isto publicamos esta introdução de entrevista do Ildo Sauer para a “”Revista ADUSP”, realizada pela jovem jornalista Thais Carrança e Pedro Estevan Pomar, com fotos de Daniel Garcia.
Pela entrevista e pelas posições do professor Ildo, se entende agora como a passagem dele pela diretoria da Petrobras foi tão conturbada. E ele não tem papas na língua, entrega as negociações espúrias que favoreceram o “mega” empresário Eike Batista, que “misteriosamente” acumulou em pouco tempo , uma das maiores fortunas do Mundo!!
Vejam a introdução da entrevista e procurem  a “Revista da ADUSP”  de outubro de 2011, para se inteirarem da real situação do setor energético brasileiro. È Imperdível!!!

“O ato  mais  en treguista
da história foi o  leilão
de Petróleo  para  Eike”
“O professor Ildo Luís Sauer, diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEEUSP), se diz um “fruto do programa nuclear brasileiro”, pois, quando estudante, o
regime militar — interessado em formar quadros para tocar as dezenas de usinas
que pretendia construir no país após o acordo com a Alemanha — lhe concedeu
bolsa de iniciação científica, “bolsa para fazer o mestrado e o doutorado em
engenharia nuclear e outras coisas mais”. Ao longo de sua trajetória acadêmica,
porém, Sauer convenceu-se de que a energia nuclear não convém ao Brasil, e
passou a dedicar-se mais à energia elétrica e ao petróleo.
Foi diretor de Gás e Energia da Petrobras entre 2003 e 2007, período que cobriu
o primeiro mandato do presidente Lula e o início do segundo, e no qual tinha a
expectativa de amplas mudanças na área de energia e petróleo. Orgulha-se de haver
participado das decisões que levaram à descoberta das jazidas do Pré-Sal. Mas
frustrou-se ao constatar que, ao invés da reforma que ele e o físico Pinguelli Rosa
propuseram a pedido do próprio Lula, o governo tomou medidas que fortaleciam
os agentes privados, em detrimento das empresas públicas e da sociedade em geral.
Nas páginas a seguir Sauer desfecha contundentes ataques às políticas de energia do
governo, com destaque para a continuidade do modelo do setor elétrico herdado de
Fernando Henrique Cardoso e — em especial — para a realização do leilão de “áreas
de risco” da franja do Pré-Sal que acabaram por ser arrematadas por Eike Batista e
sua OGX, fazendo desse empresário um dos homens mais ricos do mundo. O diretor
do IEE não mede palavras ao opinar sobre o que ocorreu: “O ato mais entreguista
da história brasileira, em termos econômicos. Pior, foi dos processos de acumulação
primitiva mais extraordinários da história do capitalismo mundial. Alguém sai do nada
e em três anos tem uma fortuna de bilhões de dólares”.
Quanto à contestada Belo Monte, Sauer, diferentemente de uma parte dos críticos,
considera que a usina preenche todos os requisitos técnicos de operação. O problema,
afirma incisivamente, “não é técnico, não é econômico, o problema lá é simplesmente
político”, porque, em função dos erros do governo e da falta de planejamento,
“ressuscitou-se um projeto longamente gestado pelo governo militar”, e assim “de certa
forma um governo democrático e popular se serve da espada criada pelos militares para
cravá-la no peito dos índios e camponeses, com métodos que não deixam nada a dever
à ditadura de então, em relação à forma como a usina foi feita, de repente”.
Procuradas pela reportagem, as assessorias de comunicação
da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula informaram
que eles não comentariam as declarações do professor”.
A entrevista foi concedida a Pedro Estevam da Rocha Pomar
e Thaís Carrança e ao repórter-fotográfico Daniel Garcia

Para ler a entrevista completa, clique em , http://www.adusp.org.br/files/revistas/51/r51a01.pdf

sexta-feira, janeiro 06, 2012

Reflexão sobre as revoltas que permeiam o Mundo atual!!!!






por Léo Lince, publicado originalmente pela Fundação Lauro Campos 

Um espectro ronda a Europa (e também a Ásia, a África e as Américas): o espectro da rebeldia juvenil contra os podres poderes que dominam o mundo. Da Primavera Árabe aos Indignados da Espanha, da Grécia ao Chile, de Londres a Jerusalém, de Nova York ao Rio de Janeiro, um pouco por toda parte, sopram os ventos de um movimento político cujo alcance e sentido ainda carecem de decifração.

Acampamentos tomam conta das praças. Marchas agitam o espaço livre das ruas. Mensagens atravessam com a rapidez do relâmpago o universo sem fronteira das redes virtuais. São "ocupações" - se denominam como tal – que funcionam como uma espécie de mostruário dos conflitos que dilaceram a sociedade contemporânea. Os patentes, os latentes, e os que ainda sequer foram nomeados.

O desejo de mudar monta barricadas que, embora pacíficas, incomodam pelo simples fato de existir. Nelas, como nas crateras dos vulcões quase ativos, borbulham as lavas do mal-estar geral. Vindo de toda a parte e não tendo centro em lugar algum, um tipo pouco comum de eletrização política espalha pontos luminosos pelos quatro cantos do mundo.

Em 1848, quando Marx e Engels escreveram o Manifesto Comunista, cujas primeiras palavras são as que iniciam este artigo, o mundo da época, em quase tudo dessemelhante do atual, vivia também uma eletrização política pouco comum. Não existia, claro, internet, nem televisão, nem rádio. Apenas o impresso tosco e o contato direto veiculavam as ondas do descontentamento. Ainda assim, o turbilhão vertiginoso da contestação atravessou um sem número de países, principalmente na Europa: França, Prússia, Império Austro-Húngaro, Itália, Polônia, Romênia, Bélgica, Dinamarca, entre outros. Registram-se até ressonâncias longínquas na América, na Colômbia e no Brasil, com a Revolução Praieira.

O sobressalto foi geral, deixando marcas por toda a parte. O Papa, o Tzar e os imperadores de então ficaram assustadíssimos. Contra o mundo odioso das desigualdades e da opressão, a "Liga dos Justos" anunciava a "eclosão irrefreável do novo": uma revolução grandiosa que iria mudar os destinos da humanidade. Propagada como a "Primavera dos Povos", tal revolução não houve. O proletariado, para quem fora dirigido o manifesto de Marx, não se emancipou. Ainda assim, apesar da ausência de qualquer ruptura radical, o ano de 1848 passará para a história como sendo o período marcado pela concentração de acontecimentos que produziu mudanças definitivas nas feições da política subseqüente. Depois dele, nada voltou a ser como antes.

O século 20, nos anos 60, também vivenciou os abalos de um pandemônio semelhante. Mais uma vez, outra onda contestatória varreu a geografia do mundo. A Europa inteira, inclusive no Leste do chamado socialismo real, sofreu o seu impacto: França, Itália, Alemanha, Portugal, Espanha, Polônia, Tchecoslováquia. Nas três Américas, com destaque para o México, Estados Unidos, Argentina e Brasil, a juventude ocupou o espaço livre das ruas, carregando Guevara redivivo em canções e camisetas. Na África do Sul, excluída por racismo das olimpíadas do México, Mandela tocava da prisão o primeiro violino da política. Na Ásia de Ho Chi Minh, a guerra do Vietnã polarizava as atenções do mundo, onde o princípio esperança executava prodígios de resistência.

O epicentro do abalo geral foi na França. Sociedade sacudida de alto a baixo, economia paralisada por duas semanas. Os grevistas, mais de 10 milhões, aspiravam não apenas melhorias, mas questionavam o despotismo patronal e a autoridade do Estado. As "barricadas do desejo" ocuparam o centro histórico de Paris. Apesar da envergadura gigantesca, o movimento não conseguiu se traduzir em alterações imediatas na política. Além do pânico gerado entre as classes dominantes, o colapso geral das estruturas sociais sequer se constituiu como momentânea "dualidade" de poder. Como no enigma de 1848, a explosão de rebeldia, um imenso poder à margem do Poder, não resultou em ruptura revolucionária. Tudo aconteceu como se os contestadores, ao se dirigirem ao mundo da política, repetissem o crucificado do Gólgota: "nosso reino não é deste mundo".

Henri Lefebvre, um marxista arguto, analisou a rebelião de maio ainda no calor da refrega e sacou conclusões de grande valia para a decifração do enigma. Segundo ele, estavam presentes na França da época todos os ingredientes de uma típica "situação revolucionária", mas não haveria uma revolução. Por conta de características elencadas no tempo real, o quadro deveria evoluir como uma "situação revolucionária sem revolução". Os desdobramentos subseqüentes, posteriores ao texto de Lefebvre, indicam que tampouco houve uma contra-revolução, o que valoriza ainda mais o conceito elaborado então pelo autor em pauta. A gigantesca onda contestatória que não desemboca em revolução, tampouco em contra-revolução, foi chamada de "irrupção".

A irrupção espontâneo-contestatória é o movimento que revela o surgimento de novas contradições no solo cristalizado da política. Contradições nascidas por acréscimo, superpostas às antigas que foram atenuadas, dissimuladas, "reduzidas" no interior dos aparatos do poder, mas nunca resolvidas. Quando a oposição política, integrada no "aparato total", deixa de expressar a dinâmica das demandas sociais; quando os chamados "corpos intermediários" se mostram momentaneamente absorvidos pela rotina que reproduz o "mesmo", entre a política institucional e a sociedade civil se abre um imenso vazio.

A onda contestatória brota em tais ocasiões para, exatamente, preencher tal vazio. Aspira (suprema pretensão) substituir, recompor, refazer a partir do zero as mediações sociais e políticas através das quais as demandas deveriam se elevar ao nível global. Ao constatar a ineficácia dos partidos e dos "corpos intermediários", a contestação se volta contra o institucional em geral. Ela vem do global e se dirige ao global. Não é despolitizada, mas expressa e aspira, quase sempre, outro tipo de política. Os agentes políticos tradicionais, inclusive os que operam por dentro das instituições o projeto revolucionário, trabalham na perspectiva da "acumulação de forças", sempre de olho na "correlação" que possa interferir nos pontos fortes da política.

O sentido mais profundo da onda contestatória é inteiramente outro. É, antes de tudo, o da recusa à integração. Daí provém o tipo "nosso reino não é deste mundo" de seu original radicalismo. Tais movimentos ou são radicais ou não são nada. Nascem das profundezas, sob as raízes da vida social organizada, de costas para o Estado e longe de suas instituições. Para usar uma expressão feliz de Lefebvre, são movimentos localizados "abaixo da base".

A juventude, entendida menos como faixa etária e mais como um tipo determinado de relação com o mundo, é por excelência o agente social da irrupção contestatória. Hoje, além do jovem, que ainda não foi "reduzido" a um papel social no interior do sistema, há uma multidão de "recusados" pelo sistema. Os excluídos, os fulminados, os desempregados, os discriminados, os criminalizados, a multidão dos "sem-alguma coisa essencial", por conta do modelo excludente, operam na mesma clava. Sem espaço ou canais de expressão, seu descontentamento explode no espontâneo, inimigo mortal de todos os poderes e instituições, pois remete ao imponderável.

A irrupção contestatória é um fenômeno urbano, habitado por aspirações grandiosas de reconstruir a sociedade de alto a baixo, através de um exercício democrático radical, constituinte e instituinte, onde todos os conflitos e interesses estariam, mais do que representados, presentes nas ruas e praças, lugares ainda não totalmente controlados.

O movimento dos indignados, que espalha ocupações nos quatro cantos do mundo, nasce do vazio criado pela crise institucional latente. Seu possível crescimento pode levar, em alguns casos, ao agravamento de tal crise, pondo em questão a hierarquia, os valores, os poderes carcomidos que sustentam a reprodução ampliada do modelo excludente. Estamos diante, tudo indica, de uma nova manifestação daquilo que foi nomeado por Henri Lefebvre como irrupção contestatória. Como no caso das manifestações anteriores, são movimentos políticos de larga envergadura, mas que se destinam a produzir um tipo original de interferência no processo da luta política.

Ao expressar de maneira fragmentária o mal-estar geral, tais movimentos tratam dos conflitos estruturais como manifestações pré-políticas, no estado bruto da fratura exposta. Um grande mostruário da crise, que não hierarquiza nem estabelece variáveis ordenadoras ou vetores de lutas. Por conta de sua própria natureza, são movimentos destituídos de positividade programática. Querem tudo para todos, já. Em tal característica reside, ao mesmo tempo, a grandeza e a pouca eficácia política imediata das chamadas irrupções. São movimentos políticos importantes, buscam interpelar o mundo da política, em alguns casos conseguem revolver camadas profundas da sociedade. Embora expressem uma recusa total aos poderes dominantes, não resultam de imediato em rupturas ou revoluções.

Foi assim em 1848. O turbilhão contestatório não resultou em revolução. Mas o empenho da "Liga dos Justos" não foi em vão. Foi assim em 1968. O abalo que assustou o mundo também não resultou em rupturas imediatas. Mas as "barricadas do desejo" deixaram marcas que persistem até hoje. Nos dois casos, o impulso produzido pela onda contestatória desencadeou processos constitutivos de novos "sujeitos" políticos e sociais. Depois de 48, partidos e sindicatos passaram a ocupar um lugar central no ordenamento de todas das lutas e movimentos sociais. Depois de 68, uma miríade de novas organizações, associativas, culturais e da luta por direitos, passou a operar como determinantes do fato político. Nada mudou de imediato, mas tudo mudou no processo subseqüente.

O movimento dos indignados, contestação serena que transborda dos aparelhos especializados no exercício do poder, emite sinais ainda não decifrados. Para o bem ou para o mal, a morfologia da cena política haverá de sofrer o seu impacto. Os decanos da luta por mudança, os que falam em repolitizar a política, mais do que os que se ocupam da conservação do modelo dominante, devem olhar com atenção para estes sinais. Eles, por certo, não apontam saídas imediatas, mas ostentam elementos reveladores do estágio atual da crise. O slogan posto em curso pelo movimento, "99% contra 1%", enfatiza a clivagem entre a minoria ensandecida que detém o poder e a maioria esmagadora que o sofre. Escancara, ao mesmo tempo, a necessidade da construção de nexos entre as diferentes culturas críticas do totalitarismo financeiro que coloca em risco o processo civilizatório. Logo, vale atualizar para os dias de hoje a consigna final do famoso manifesto de 1848: "Indignados do mundo, uni-vos!

Rio, dezembro de 2011

Léo Lince é sociólogo e mestre em ciência política

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Wikileaks flagra generalização da vigilância


BY Outras midias 
Em nova série de revelações, site expõe negócios milionários entre grandes empresas e governos para tentar manter cidadãos sob controle.
Por Resistir:
A mais recente revelação da organização dirigida por Julian Assange põe a nu o negócio milionário das empresas de segurança que converteram o seu negócio na nova indústria de espionagem maciça que alimenta sistemas de espionagem governamentais e privados. A última entrega de Wikileaks fornece os nomes das empresas que, em diferentes países, interceptam telefones, rastreiam mensagens de texto, reconstroem a navegação na Internet e identificam, inclusive, as vozes de indivíduos sob vigilância. Tudo isso é feito de forma maciça com softwares que são vendidos a governos democráticos e a ditaduras.
Poderia dizer-se que se trata de um mau filme, mas os sistemas de intercepção maciça fabricados por empresas ocidentais e usados, entre outros objetivos, contra adversários políticos, são mesmo uma realidade. A 1º de Dezembro, Wikileaks começou a publicar um banco de dados de centenas de documentos provenientes de cerca de 160 empresas do setor de vigilância dos cidadãos.
Em colaboração com Budget Planet et Privacy International, bem como meios de comunicação de seis países – L’ ARD na Alemanha, Le Bureau of Investigative Journalism na Grã-Bretanha, The Hindu na Índia, L’Espresso, em Itália, OWMI em França e Washington Post nos EUA, – Wikileaks expõe à luz do dia essa indústria secreta cujo crescimento explodiu após o 11 de Setembro de 2001, representando milhares de milhões de dólares em cada ano.
Desta vez Wikileaks publicou 287 trabalhos, mas o projeto “Um mundo sob vigilância” está lançado e novas informações serão publicadas a seguir.
As empresas internacionais de vigilância estão localizadas nos países que têm as mais refinadas tecnologias. Elas vendem a sua tecnologia a todos os países do mundo. Esta indústria, na prática, não está regulamentada. As agências de espionagem, as forças militares e as autoridades policiais são capazes de interceptar massivamente, sem serem detectadas e no maior segredo, os telefonemas, tomar o controle de computadores, mesmo sem que os fornecedores das redes acesso se apercebam ou façam algo para o impedir. A localização de utentes pode ser seguida passo a passo, se usarem um telefone celular, mesmo se este estiver desligado.
Os dossiês de “Um Mundo Sob Vigilância” de Wikileasks estão acima do simplismo dos “bons países ocidentais”, exportando as suas tecnologias para os “pobres países em vias de desenvolvimento”. Empresas ocidentais também vendem um vasto catálogo de equipamento de vigilância para as agências de espionagem orientais.
Nas histórias clássicas de espiões, as agências de espionagem, tais como MI5, DGSE, colocam sob escuta o telefone de uma ou duas pessoas que interessem. Durante os últimos dez anos a vigilância em massa tornou-se uma norma. Sociedades de espionagem, como a VASTech, têm secretamente vendido equipamentos que gravam de forma permanente chamadas telefónicas de países inteiros. Outros registam a posição de todos os telemóveis de uma cidade, com uma precisão de 50 metros. Sistemas capazes de afetar a integridade de pessoas numa população civil que usa Facebook, ou que tem um smartphone, estão à venda neste mercado de espionagem.
Venda de ferramentas de vigilância a ditadores
Durante a primavera árabe, quando os cidadãos derrubaram ditadores no Egipto e Líbia encontraram câmaras de escuta onde, com equipes britânicas da Gamma, os franceses da Amesys, os sul-africanos da VASTech ou os chineses de ZTE, seguiam os seus mais pequenos movimentos on-line e por telefone.
Empresas de espionagem, tais como SS 8 nos Estados Unidos, Hacking Team na Itália e VUPEN na França, fabricam vírus (Troianos) que invadem computadores e telefones (incluindo iPhones, Blackberry e Android), assumindo o seu controle e gravação de todos os seus usos, movimentos e até mesmo imagens e sons da sala onde os usuários estão. Outras sociedades, como a Phoenexia da República Checa, colaboram com os militares para criar ferramentas para análise de voz. Elas identificam os indivíduos e determinam o seu sexo, idade e nível de stress e, assim, seguem-nos através de suas “faixas vocais.” Blue Coat nos EUA e Ipoque na Alemanha, vendem as suas ferramentas aos governos de países como China e Irã para impedir os seus dissidentes de se organizar pala Internet.
Trovicor uma subsidiária da Nokia Siemens Networks, forneceu ao governo do Bahrein tecnologia de escuta que lhe permitiu seguir a pista do defensor dos direitos humanos Abdul Ghani Al Khanjar. Foram mostrados detalhes de conversas a partir do seu telefone pessoal, que datam de antes de ter sido interrogado e espancado durante o inverno de 2010 e 2011.
Empresas de vigilância partilham suas bases com Estados
Em Junho de 2011, o NSA inaugurou um sítio no deserto de Utah para o armazenamento para sempre de terabytes das bases de dados tanto americanas como estrangeiras, a fim de poder analisá-las em anos futuros. Toda a operação teve um custo de US$1,5 mil milhões.
As empresas de telecomunicações estão dispostas a revelar as suas bases de dados dos seus clientes às autoridades de qualquer país. Os principais noticiários mostraram como, durante os confrontos em Agosto na Grã-Bretanha, a Research In Motion (RIM), que comercializa as Blackberry, propôs ao governo identificar os seus clientes. RIM tem estado envolvido em negociações semelhantes com os governos da Índia, Líbano, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, propondo-lhes compartilhar as suas bases de dados extraídas do sistema de mensagens do Blackberry.
Transformar as bases de dados em armas para matar inocentes
Existem muitas empresas que comercializam atualmente software de análise de bases de dados, transformando-os em poderosas ferramentas utilizadas por militares e agências de espionagem. Por exemplo, em bases militares dos EUA, pilotos da Força Aérea usam um joystick e um monitor de vídeo para pilotar os “Predator”, aviões não tripulados durante as missões de vigilância no Médio Oriente e Ásia Central. Estas bases de dados estão acessíveis aos membros da CIA que se servem delas para lançar mísseis “Hellfire”, sobre os seus alvos.
Os representantes da CIA têm adquirido software que lhes permite instantaneamente correlacionar os sinais de telefone com faixas vocais para determinar a identidade e a localização de um indivíduo. A empresa Intelligence Integration Systems Inc. (IISI), sediada no Estado de Massachusetts (EUA), vende software para esse fim – “análise com base na posição”, – chamado “Geospatial Toolkit”. Outra empresa, a Netezza, também de Massachusetts, que comprou este software com o objectivo de analisar o seu funcionamento, vendeu uma versão modificada à CIA, destinada a equipar aviões pilotados remotamente.
A IISI, que diz ter o seu software uma margem de erro de 12 metros, processou a Netezza para impedir a utilização deste software. O criador da sociedade IISI, Rich Zimmerman, disse a um tribunal que ficou “chocado e surpreso com o fato de que a CIA teria um plano para matar pessoas com o meu software, que nem funciona.”
Um mundo Orwelliano
Em todo o mundo fornecedores mundiais de instrumentos de vigilância em massa ajudam as agências de espionagem a espiar os cidadãos e os “grupos de interesse” em larga escala.
Como navegar pelos documentos de “um mundo sob vigilância”?
O projeto “Um mundo sob Vigilância” da Wikileaks revela, até ao pormenor, as empresas que estão fazendo milhares de milhões na venda de sistemas refinados de vigilância para os governos, ignorando as leis de exportação e ignorando de forma sobranceira que os regimes a quem vendem são ditaduras que não respeitam os direitos humanos.

terça-feira, janeiro 03, 2012

Começar o ano questionando e procurando os caminhos da luta!!!



por William Aguiar  

Descrição: https://mail.google.com/mail/u/0/?ui=2&view=bsp&ver=ohhl4rw8mbn4
O impacto mental e espiritual por haver passado quinze dias envolvido em Conferências Nacionais – participando delas – não é algo que se dilua facilmente na vida de uma pessoa, até mesmo porque o objetivo não é esse. Porém, há um grande problema, que persegue qualquer pessoa que tenha entendido a lógica do sistema capitalista disfarçado de democrático-popular: o que as pessoas querem realmente? Nas três conferências que eu participei, percebi que as pessoas estavam reproduzindo pensamentos que não lhes pertenciam. Pior que isso, nem haviam parado para pensar no que aquelas coisas significavam.

Eu vi e vivi cenas absolutamente absurdas nas três conferências. Na Conferência Nacional de Juventude (logo eu, que daqui a dois anos terei 50) vi uma invasão de jovens cristãos, conservadores, caretas, intolerantes, fundamentalistas e vazios politicamente. Os pontos culminantes desses “vácuos mentais” puderam ser percebidos em alguns momentos das plenárias finais dessas conferências. Na de Juventude, foram dois momentos: na discussão sobre o aborto e na discussão sobre a Hidroelétrica de Belo Monte. Nos dois momentos, a juventude cristã fez questão de mostrar que estava contra os direitos humanos de mulheres e dos povos indígenas. E todos(as) – eu disse todos(as) –achavam aquilo perfeitamente normal.

Na Conferência Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres a situação foi mais tenebrosa ainda. Eu vivi uma situação ridícula no estande em que eu estava. Eu distribuía dois materiais: o jornal “Sinpro Mulher”– uma publicação da Secretaria de Políticas para a Mulher Educadora do Sindicato dos Professores e Professoras do DF – e um folder da Campanha do Laço Branco (Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres). Fui ao banheiro e, quando voltei, havia uma mulher no estande. Sem falar nada, coloquei-me no lugar que eu estava ocupando antes. Ela começou a sugerir que aquele não era o meu lugar e, de uma maneira bem educada, eu lhe disse que aquele estande estava sendo utilizado por duas instituições e uma delas era o Sinpro-DF. No final da minha frase, eu toquei no ombro dela, num gesto carinhoso. A reação daquela mulher foi impressionante. Ela disse: “não faça isso, rapaz”, de uma maneira ríspida. Eu imediatamente lhe pedi desculpas, mas solicitei que me deixasse fazer o meu trabalho em paz. Ou seja, quem estava no lugar errado era ela.

Essa situação me fez ver que a paranóia de algumas pessoas com relação ao toque, ao carinho e ao controle do próprio corpo alcança dimensões desastrosas. Logo após essa situação, as mulheres lésbicas realizaram o melhor ato político cultural daquela conferência, que foi tirar a parte de cima de suas vestimentas, tocar e cantar o refrão de uma música: “a carne mais barata do mercado é a carne negra”. Os olhares de reprovação das outras mulheres e em especial dessa que me fez a grosseria eram mais do que evidentes. Eram sintomáticos. E pensar que há quase um século as mulheres foram às ruas para queimar seus soutiens e mostrar que a liberdade é uma atitude radical. Nessas horas eu me pergunto: avançamos em que sentido? Em termos tecnológicos podemos ter avançado sim, mas e intelectualmente? Humanitariamente? Como diria Krishnamurti, a ciência e a tecnologia evoluíram, mas o homem continua ignorante de si mesmo e escravo histórico do poder instalado. Em outras palavras, humanamente falando, as pessoas não conseguem avançar e a maioria delas acha que é assim que as coisas funcionam.

A percepção que essas pessoas têm da vida é o que não lhes permite ir além do que é possível ou do que lhes está posto como verdade. Basta um pastor ou um padre dizer a esses jovens e a essas mulheres que “o demônio habita o corpo e a mente das feministas e dos indígenas”, que toda a reflexão feita a respeito da ampliação de direitos desaparece. Esse é o cenário terrível das Conferências Nacionais, onde se misturam conceitos e valores. Depois da manifestação das mulheres lésbicas, eu escutei frases muito preconceituosas e conservadoras, do tipo: “como elas podem exigir respeito desse jeito?” ou “eu não vim aqui para ver essas fanchonas mostrando o peito pra todo mundo, me agredindo moralmente com isso”. Deu vontade de perguntar: mas senhora veio aqui para o que mesmo? Recuei, pois talvez fosse mal interpretado naquele momento. A crise de percepção é bem mais ampla do que as pessoas possam imaginar.

Esse “fazer político” defendido por muitas pessoas que se dizem de esquerda me dá ojeriza, pois ele destrói o pouco de avanço conseguido até aqui. De nada adiantou o esforço de Gilberto Gil e Juca Ferreira em terem acabado com o famoso “balcão de FHC”, no Ministério da Cultura. Pouco adiantou o esforço de Celso Amorim, no Ministério das Relações Internacionais, ao se recusar a continuar explorando a Bolívia e o Equador. Esses atos de bravura foram completamente suplantados pelos acordos feitos com empresários do agronegócio e com a bancada evangélica. As propostas de defesa de direitos são poeira, se comparadas com os acordos políticos entre PMDB e PT, para salvar esse ou aquele político da tal base aliada. Aliada de quem?

E qual era a preocupação de algumas lideranças na Conferência LGBT? Eu digo: o orçamento da Secretaria de Direitos Humanos, do Ministério da Cultura e do Ministério do Turismo, entre outros. São esses ministérios que bancam projetos de várias ONGs pelo Brasil afora, assim como as paradas do orgulho LGBT (que se transformaram no maior acordo comercial feito com grandes empresários, com a anuência de ONGs e governo). Aliás, alguém pode me explicar o significado da palavra “N” nesta sigla? Outra pergunta: qual é mesmo a preocupação real dessa militância? Volta-se ao que foi colocado como questionamento inicial, ou seja, o que querem as pessoas nessas conferências? A quantidade de questões é imensa e isso tudo só é confuso para quem não consegue perceber a conexão que existe entre todas as coisas citadas aqui.

Crítica ao modelo capitalista? “Isso é coisa de gente que não entende a evolução da política”, como dizem alguns militantes metidos a intelectuais de esquerda, que sequer conseguem disfarçar seus mergulhos para a direita. Ter participado dessas três conferências nacionais deu-me um excelente panorama do movimento social e sua relação com o Estado. Foi possível constatar, entre outras coisas que, para alguns militantes, essa condição foi um bom investimento; seja nos cargos que conseguiram assumir (e seus DAS maravilhosos), seja nos financiamentos de projetos por parte do Executivo Federal. Esse movimento social cooptado só faz a critica – sempre comedida – às ações do Executivo quando lhe é conveniente.

Essa talvez seja uma das maiores vitórias do Capitalismo: fazer com que a consciência humana perdesse o senso crítico e, com isso, sustentasse a visão mecanicista do mundo, na qual o ser humano é visto como parte de uma engrenagem e impedido de ter iniciativa, sob o risco de comprometer o funcionamento de um sistema. Esse “trabalho”, vale lembrar, não é sustentado por trabalhadores do campo e da cidade. Ele é mantido e fortalecido por coisas pensantes – res cogitans – que fizeram uma opção voluntária. É muito fácil acabar com a crítica ao modelo de exploração que há séculos vem condenando à morte milhares de pessoas. Basta pagar um bom salário para os intelectuais “frágeis”, transformando-os em defensores das mudanças indispensáveis para o sistema, dando a essas mudanças uma aparência de evolução inevitável e necessária, criando argumentos que tentam eliminar as verdadeiras necessidades das pessoas.

O movimento social, ao aceitar esse jogo perverso, passa a preocupar-se com o fragmento do problema, uma pequena parte da máquina, no sentido de reajustá-lo e fazer com que o sistema continue a funcionar da maneira como está. Essa visão mecanicista também impede o sujeito de perceber que a engrenagem está ali, daquela maneira, para usá-lo ate o momento de considerá-lo obsoleto. Apesar de reconhecer toda a genialidade de René Descartes e sua importância para o pensamento científico moderno, sou obrigado a admitir, na mesma medida, o desastre de seu método analítico, que afirmava que tudo no mundo material poderia ser explicado em função do movimento de suas partes e, portanto, governado por leis matemáticas – exatamente como uma máquina.

Essa relação perversa entre o movimento social e o Estado expõe a falha estrutural, mas essa condição é percebida apenas por alguns poucos insurretos, que terão suas vozes caladas pela grande máquina, ou pelo “grande pai”, conforme a conveniência de alguns sistemas políticos e econômicos. Um bom exemplo disso foi o debate sobre o PLC 122/06 e as mudanças propostas por parlamentares identificados como esquerda e direita (juntos). O objetivo deixou de ser a criminalização da homofobia, mas a aprovação do projeto sob a égide da possibilidade dentro do sistema. Mudou-se tanto o projeto que ele foi completamente descaracterizado. Ainda assim, a quantidade de pessoas que defendiam as mudanças com argumentos pseudoesquerdistas era impressionante.

Nesse sentido há de se perguntar: para que servem essas Conferências Nacionais? Qual será a real aplicabilidade das ações propostas por esses fóruns? Na Conferência Nacional LGBT havia um grupo grande de “militantes” do PSDB, da chamada Diversidade Tucana. Alguém acredita que essas pessoas estavam mesmo interessadas em mudar a estrutura opressiva e assassina? Alguém acredita que essas pessoas querem fazer alguma coisa? No entanto, elas estavam lá, representando essa parte do movimento social, que sempre tem como resposta às indagações feitas de forma crítica a mesma frase: “não é bem assim...” E é como?

A juventude candomblecista, as lésbicas feministas radicais com os seios à mostra, as consciências críticas LGBT que não se deixam silenciar (menos os que viram socialistas por conveniência), os intelectuais solitários e perseverantes, não podem deixar de existir nesses espaços, bem como fora deles, por mais maquiados que esses fóruns possam ser. O papel desses segmentos é o de fazer exatamente o que não é permitido: pensar. Analisar as situações de maneira crítica e, ao mesmo tempo, passional. Não na medida do possível, mas na medida do que é justo e necessário. Não pela oportunidade de “se dar bem” de alguma forma, mas pela ampliação dos direitos coletivos e valorização da vida.

Há alguma possibilidade disso acontecer sem a revolução do pensamento e a radicalização de ações? Lembro-me de uma frase absolutamente socialista que vi pichada em um muro de Lisboa: “O Capitalismo não se reforma, destrói-se!!!”Já passou da hora de escrevermos outra História. Então, vamos a isso.

William Aguiar é  Assessor Político do SINPRO-DF - Sindicato dos Professores no Distrito Federal

segunda-feira, janeiro 02, 2012

Espirito Santo, me aguarde!!!


Novo “Point” do verão  capixaba

A Praia Grande, no municipio de Fundão, no Espirito Santo, tende a ser o grande “Point” deste verão capixaba. Pelo relato de minha Polyana, que lá esta  com Elza Maria, Paulo Roberto e alguns amigos de Brasilia, para as férias, todos ficaram encantados com o espetáculo pirotécnico montado pela Prefeitura no “Reveilion”. E o balneário praiano da cidade esta bem cuidado, conservado e organizado, assim como a cidade de Fundão.
Fruto do trabalho do prefeito comunista , Anderson Pedroni  Gorza, do PCdoB, que assumiu a prefeitura depois de inumeros  escandalos  do ex-prefeito afastado. Anderson, jovem  vereador de primeiro mandato, se viu obrigado a assumir a Prefeitura da cidade e colocar ordem  na bagunça e esta fazendo um ótimo trabalho, bem avaliado pela população.
Com as mudanças implementadas por ele, os turistas voltaram a Praia Grande, que fica a 20 quilometros da sede do municipio e pela programação divulgada, deve se converter num dos pontos mais movimentados  do litoral da Grande Vitória. Pelo que fez para encantar os turistas na passagem do ano, a tendência é mesmo Praia Grande ser a grande atração capixaba deste verão.
Estou me preparando para lá pelo dia 20 ir curtir um pouco das praias e montanhas que cercam Fundão e Praia Grande. Me aguardem!!!!