sexta-feira, outubro 29, 2010

O Dragão da Maldade contra a Santa Guerreira-2!!!!



Desde os tempos duros da Ditadura Militar, no pós AI5, nunca a direita e o conservadorismo das classes dominantes brasileiras se uniram em torno de um projeto como nestas eleições. Até o Papa se posicionou para apoiar a candidatura José Serra, (vejam os jornais desta quinta dia 28 de setembro) apelando aos setores obscurantistas que ainda habitam a Igreja Católica para ajuda-lo.

Ao lado dele, vemos a “Oppus Dei” do governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, grupelhos nazistas, militares que participaram ativamente da guerra suja da Ditadura, matando e torturando milhares de brasileiros, hoje de pijamas, mas ainda vociferando e tentando agrupar militares da ativa(ainda bem que sem sucesso)para um possível golpe.

Até setores retrógrados direitistas do Judiciário, encarnados em figuras como Gilmar Mendes, do STF e outros de menor porte, mas não menos perniciosos estão engajados nesta campanha. Pensam e articulam como, se Dilma Rousseff, a ex-guerrilheira ganhar as eleições, inviabilizar senão a posse, o mandato dela. Isto sem falar nos sempre direitistas grandes industriais e latifundiários do País todo. Mais os grandes negocistas e ladrões de casaca como Daniel Dantas e outros do mesmo naipe.

Eles incorporaram a grande imprensa brasileira representada pelos grupos Folha, Estadão e Globo, que na verdade sempre os defendeu, mas não tão abertamente como agora. E até no exterior, jornais como o Financial Times fazem campanha aberta para Jose Serra.

A Globo principalmente esquece-se de que seus canais de TV são uma concessão publica e não propriedade da famiglia Marinho. Alias como todas emissoras de rádio e TV do Pais. Por isto têm tanto medo de um projeto que coloque a sociedade para controlar seu conteúdo.E usaram a Internet, um instrumento novo e democrático de comunicação, da forma mais vil e covarde possível.

Antes Lula não assustava

Eles não temiam o Lula no seu primeiro mandato e não se articularam para inviabilizar o governo, crentes de que Lula e seu programa de governo desandariam e faliria por seus próprios meios. Mas fora alguns percalços, o governo, mesmo sem mexer na grande estrutura socioeconômica do País, conseguiu sucesso na gestão da coisa publica e ainda conseguiu distribuir renda, colocando milhões de brasileiros dentro da sociedade brasileira, dando-lhe cidadania e meios de sobrevivência, tirando-os da miséria, enfim.

O governo Lula respeitou os acordos e legados do governo neoliberal de FHC, mas agora isto não basta mais. Lula deu dignidade ao povo brasileiro e respeito ao governo e o Estado brasileiro, que hoje é admirado em todo o mundo. O povo aprendeu logo quem esta de seu lado e já sabe o que quer ou pelo menos almeja isto.

Mas mexeu no tecido social. Hoje milhões de brasileiros tem acesso a uma educação melhor e cada vez melhorando, uma saúde mais democratizada, ainda deficiente, mas caminhando para resolver seus problemas seculares. Porque no Brasil, os pobres até poucos anos só tinham acesso a saúde quando apelava para as Santas Casas de Misericórdia e um ou outro posto de saúde e emergencial. Isto esta mudando.

Ai aparece ela!!!

Mas ai vem Dilma Roussef. Uma administradora publica eficiente e leal, mas que não era uma das estrelas do esquerdismo infantil e debilóide brasileiro. No momento que se exigia contestar e combater a Ditadura, não foi se exilar em Paris, no Chile ou Nova Yorque. Ficou aqui, integrou duas organizações guerrilheiras. Era um quadro importante no esquema de infraestrutura delas, apesar de não ter pego em armas diretamente, estava lá.

Já José Serra, presidente da gloriosa UNE no governo João Goulart, deposto pelos militares, sequer esperou os tanques acionarem suas catracas, para fugir do País e ir para um refugio seguro no Chile. Tai uma enorme diferença que os brasileiros precisam contrabalançar: uma enfrenta a Ditadura e é presa e torturada e outro foge do País ao ronronar do Tigre de Papel (mas que depois mostrou que não era de papel).

Lutou até sua prisão, onde passou três terríveis anos torturada e ameaçada cotidianamente. Saiu da prisão e foi se engajar na luta politica legal e refazer sua vida pessoal e profissional. Militou no PDT do grande brasileiro e combatente da liberdade e do trabalhismo, Leonel Brizola. Depois, achou que o PT seria um instrumento maior e mais eficaz para se fazer politica objetivando o governo e depois o poder, em nome das massas trabalhadoras, intelectuais, artistas e ex-guerrilheiros como ela e para lá migrou.

No governo do PT no Rio Grande do Sul, deu sua contribuição na gestão da Secretaria de Minas e Energia, o que a credenciou para que Lula eleito presidente, a convocasse para ser ministra das Minas e Energia e dali para comandar a Casa Civil do governo e capitanear os principais projetos nacionais. Agora eles temem que Dilma avance mais nas conquistas do povo brasileiro nos últimos 8 anos.

A caminho da ruptura

E avançar mais, assegurando as conquistas e consolidando a democracia e a dando instrumentos para o povo se organizar e pensar nos seus interesses aterroriza a direita. Reestatizar o patrimônio publico doado (a troco de uns trocados) pelos neoliberais agrupados no PSDB/DEMo, estimular a reforma agraria, reestruturar o aparelho do Estado para ele servir ao povo e não os aproveitadores de sempre é aterrador para a direita e a alta burguesia brasileira.

Isto é o caminho da ruptura do pacto social vigente. Um povo organizado e consciente e partidos consequentes, podem nos abrir caminho para a avenida larga do socialismo. Este é o temor de Serra e dos que se juntaram a ele. Preferem uma ditadura pinochetista e sanguinária a qualquer regime que leve o povo ao poder e a prosperidade e a felicidade. Estes os dois caminhos em jogo neste fatídico domingo, dia 31 de outubro.

“MAIS FORTES SÃO OS PODERES DO POVO”
Ultimo grito lancinante de “Corisco,o Diabo louro de Lampião”, ao cair morto crivado de balas por “Antonio das Mortes”, jagunço contratado pelos latifundiários sertanejos para acabar com o cangaço e os últimos resquícios de rebeldia no campo. Cenas do memorável filme de Glauber Rocha, ”Deus e o Diabo na Terra do Sol!

domingo, outubro 24, 2010

Vamos decidir o futuro do Brasil!! Dia 31 vote Dilma 13


Entramos amanhã numa das semanas politicas mais tensas que o Brasil já viveu nas últimas décadas. A candidata Dilma,que representa o governo Lula e é a expressão de que o Brasil pode continuar avançando nas conquistas democraticas e sociais,enfrenta José Serra do PSDB/DEMo, que conseguiu juntar num mesmo balaio, a direita retrógrada e conservadora,os defensores do imperialismo norte-americano e até a direita carcomida e terrorista que manteve a Ditadura no Brasil por mais de 20 anos.

Por isto, temos que ir até o último alento e buscar votos para barrar os defensores do mal, da miséria e do terror verdadeiro. Dia 31 é 13 neles,Viva a democracia, o combate as diferenças sociais e a alegria de viver, como disse Oscar Niemayer.

Temos que ganhar esta eleição com maioria esmagadora de votos. Para mostrar aos brasileiros e ao Mundo,que repudiamos definitivamente o neoliberalismo e suas politicas anti-populares e democraticas e o terrorismo da Ditadura Militar!!!

segunda-feira, outubro 18, 2010

Falta "Corisco",o Diabo louro de Lampião nesta peleja!!!


• Quero dizer que a campanha da Dilma tem que sair desta armadilha pseudoreligiosa/moral que montaram para ela e os genios marqueteiros entraram de cabeça. Ir para o meio do povão, da classe média, explicar que governo fazer, como melhorar o que lula já fez. Esta de discutit aborto/religião é uma roubada e fazem duas semanas que temos de campanha, nesta cantilena. Sai fora desta Dilma. Acorda João Marqueteiro!

Mandei para blog da Soninha: www.soniacorreia.blogspot.com "Esta Marina além de tudo é uma ingrata. Saiu corajosamente, dos manguezais da floresta onde vivia, tem que se admitir e ganhou o mundo. Mas foi o PT que a transformou no que é hoje e foi ontem. vereadora, senadora e Ministra do Meio Ambiente do governo LULA. Agora se junta a um dos homens mais ricos do Brasil, dono da "Natura" seu candidato a vice, e dá as costas a quem sempre a prestigiou".

A campanha tem que sair dos pulpitos sacros e ir PARA A VIDA REAL. Judeus,cristãos/católicos e envangélicos fundamentalistas,muculmanos, macumbeiros e hinduistas. Só o homem salva o homem. Sou ateu, mas tenho bom coração. Salve Pompe!

Não da mais pra esperar o desenrolar dos acontecimentos. Temos que ir para cima dos eleitores indecisos e serristas pouco convictos. Com humildade e determinação mostrar que o Brasil não pode andar pra trás, ficar a merce dos banqueiros e grupos ologolopistas, da direita do CCC e de quem é contra os direitos dos trabalhadores e do povo pobre. Garantir a vitória de Dilma e que ela governe!

sexta-feira, outubro 15, 2010

"Dragão da Maldade contra a Santa Guerreira!!


Celso Lungaretti faz neste artigo uma analise correta do momento que estamos passando.Pespassando Glauber Rocha e seu "Dragão da Maldade contra o Santo(a)guerreiro", não é hora de demonizarmos a campanham e partir para uma analise clara de dois projetos de Brasil.

Um que beneficia o povo trabahador, cria empregos, tira milhões da miseria, dá soberania e destaque internacional para o Brasil e outro que já experimentamos da era Collor, passando por Itamar Franco e os oito anos de FHC. Estes são os piores que o Brasil conheceu desde a Ditadura. Seu neoliberliasmo empobreceu mais ainda o povo, acumulou riqueza para os mais ricos e entregou quase todo o patrimonio nacional a empresarios ganancioos e os imperialistas. È uma hora muito séria na históriado Brasil, onde não cabem tergiversações. Vamos ao artigo, afinal....




TERRA ARRASADA x RESGATE DA ESPERANÇA



Celso Lungaretti (*)




O primeiro debate eleitoral de presidenciáveis no 2º turno foi tão melancólico que levei bom tempo até reunir coragem para me defrontar com ele.


Não passou de uma sucessão exasperante de ninharias superdimensionadas, pegadinhas, má fé e má postura.


Foi anedótico, p. ex., José Serra pretender que poucas e desimportantes privatizações sob governos petistas equivaleriam à avalanche de privatizações sob Fernando Henrique Cardoso (nos seus dois mandatos presidenciais e como ministro da Fazenda de Itamar Franco).


Mais inteligente teria sido ele dizer que quem iniciou as privatizações, afinal, foi Fernando Collor (o qual, aliás, é o estranho mais estranho no ninho dos aliados do Governo Lula!).


Também a Dilma não ocorreram as melhores réplicas em vários momentos, como quando Serra comparou os ex-presidentes da República que o apoiam àqueles que a apoiam.


Bastaria ela lembrar que tem o apoio do presidente Lula, mais bem avaliado e querido pelo povo do que os quatro citados juntos.


Quando Serra se diz um homem coerente com seu passado, está pedindo que lhe atirem na cara o fato de que, como ex-presidente da UNE, jamais poderia ter determinado a invasão da Cidade Universitária pela truculenta tropa de choque da PM, revivendo os piores tempos da ditadura militar.


Aliás, no momento em que Dilma sofre acusações tão falaciosas, fico pasmo com a não colocação no ar das chocantes agressões a estudantes e professores paulistas durante o governo de Serra.


OS CACIQUES DA DITADURA E SEU ÍNDIO


Também é totalmente incongruente com seu passado de exilado político o apoio que recebe do DEM, a quarta denominação do partido criado para dar sustentação à ditadura militar: já se chamou Arena, PDS e PFL, sem nunca conseguir fazer com que esquecêssemos os tempos em que respaldava o mais grotesco arbítrio e as piores atrocidades.


Por conta dessa aliança Serra teve de engolir um sapo descomunal, a escolha de Índio da Costa para seu vice. A retórica do dito cujo parece saída diretamente dos sites ultradireitistas, lembrando o primarismo iletrado e destrambelhado dos Ustras e Bolsonaros da vida.


Mesmo assim, na batalha dos currículos maquilados por marqueteiros, das promessas vazias e da satanização do adversário, Serra leva ligeira vantagem, por ter mais chão nessa estrada.


Será suficiente para contrabalançar a enorme popularidade do Lula?


A óbvia tendenciosidade da mídia golpista faz temer que um factóide exagerado ao máximo acabe funcionando, depois de tantos que se mostraram inócuos. A Folha de S. Paulo e a Veja garimpam sofregamente tal factóide.


Então, já passou da hora da campanha de Dilma sair do terreno que favorece ao adversário e focar as diferenças ideológicas.


Chega de ajudar a burguesia a impingir a ilusão de que presidentes são homens providenciais que tudo podem, decidem, fazem e acontecem.


Há muito tempo o PT deveria estar tratando esta eleição como uma disputa entre o campo progressista e o reacionário, entre um projeto político que contempla alguns interesses populares e outro totalmente subjugado ao capitalismo, inclusive no que ele tem de mais selvagem.


Estava certíssimo Plínio de Arruda Sampaio quando enfatizava estar representando seu partido na eleição. Para a esquerda, isto é o bê-a-bá: seus candidatos não são capos mussolinescos, mas expressão de um coletivo. Não é uma disputa de individualidades, e sim de forças políticas, econômicas e sociais.


Então, ao colocar em dúvida o cumprimento das promessas de Serra, deveria Dilma dizer claramente que seu adversário é refém dos interesses mais predatórios e retrógrados, de forma que, quando tiver de optar entre eles e o povo, ficará contra o povo, como ficou contra os universitários que nada mais faziam do que repetir os passos por ele mesmo dados no comecinho da sua jornada.


Só Dilma e o PT poderão resgatar essa campanha da vala comum em que os demotucanos e sua brigada virtual neofascista a estão atirando.


Eles não têm nada de diferente a oferecer, pois a burguesia nada de substancial quer conceder e resistirá com unhas e dentes às tentativas de limitarmos seus lucros escandalosos e impedirmos que continue produzindo desigualdade social tão aberrante. Então, os serviçais da burguesia se limitam a desconstruir tudo, na esperança de se tornarem herdeiros de uma terra arrasada.


Se depender dos demotucanos, a política continuará sendo a da entropia, da marcha para a destruição.


Só o PT e as forças de esquerda poderão trazer esperanças para o povo.


Mas, adotando uma postura bem diferente, muito mais para Lula-lá do que para Lulinha paz & amor.


A atual é um salto no escuro, com riscos enormes de redundar em terrível derrota e gravíssimo retrocesso.

* Jornalista e escritor. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com

terça-feira, outubro 12, 2010

Convencimento e humildade para vencer o segundo turno!!!!


Não errar neste segundo turno!!!

Este segundo turno das eleições presidenciais esta ficando preocupante. Por causa do salto alto do PT e erros estratégicos e táticos da campanha da Dilma, fomos empurrados para um segundo turno indesejável e perigoso. Buscar a mente dos eleitores de Marina que teve quase 20% DOS VOTOS É UMA QUESTÃO CRUCIAL. Assim como mobilizar a militancia para ir atrás dos que ainda estão indecisos e que não foram votar dia 3 de outubro. Agora dia 31 pode ter uma abstenção ainda maior, se a gente não se mobilizar.

E nada de atacar e ofender os eleitores de Serra. È um direito deles votarem em quem quiserem e mesmo equivocados, acharem que é o melhor para o Brasil. Não vamos apenas confiar na viória e nas pesquisas, vamos atras do povão,que é quem decide as eleições. Vale a sugestão para o quadro politico de Brasilia.

Tremenda besteira

Besteira inovidavel os petralhas aloprados(sempre eles) aprontaram afrontando João Gilberto no Facebook na noite deste domingo. O homem é um monumento nacional, dono de seu nariz e tem o direito de votar em quem quiser, inclusive no Serra. Precisamos respeitar os adversários, quanto mais os eleitores. Ganha-se no convencimento, ou não. Espero que o estrago não seja tão grande.Viva João Gilberto e viva Dilma. Calem-se os idiotas!!!

O adversário é o esquema Serra, seus mentores e apoiadores. O capital monopolista, as multinacionais sedentas de poder e lucros. O imperialismo americano,que não quer um Brasil forte e soberano, unido numa uma America Latina cada vez mais independente e a esquerda. Centrar o alvo e buscar o voto do eleitor equivocado, indeciso, temeroso de mudanças que o prejudiquem. Esta nossa tarefa. Uma pequena besteira agora pode ser crucial. Trabalho,convencimento racional e humildade. Esta nossa tarefa até dia 31 de outubro.

quinta-feira, outubro 07, 2010

Esquerda tem que conquistar esquerda e povão em Brasilia!!!!


Brasilia vai superar o impasse!!!

Muita gente se pergunta porque o povo do distrito Federal, um dos Estados da Federação com mais recursos aplicados em infraestrutura urbana, educação e saude, não votou maciçamente em Agnelo Queirós governador e em Dilma Presidente. No pé desta matéria reproduzo um post do meu amigo Rubens Gatto, onde ele explica suscintamente o fenômeno da direita ser campeã de votos em Brasilia(tá no seu blog www.rugatto.zip.net). Mas há outros fatores.

A esquerda em Brasilia é forte, mas desunida, como em praticamente todo o País. E esta esquerda que não é organizada em partidos tipo PT e PCdoB, não engoliu a aliança do PT com o PMDB e principalmente, colocar um contraparente e aliado histórico de Roriz, Tadeu Filipelli, como vice na chapa de Agnelo. Agnelo que já era visto por alguns como um trânsfuga, ao sair a pouco mais de um ano do PCdoB, partido que o fez o que é e o formou, para ser candidato a governador pelo PT com a benção dos caciques petistas e principalmente do presidente Lula, extrapolou ao aceitar tal aliança.

Esquerda migrou para o Psol ou fez corpo mole

O resultado foi a pouca mobilidade da histórica militância de esquerda no Plano Piloto e nas cidades satélites mais desenvolvidas como Taguatinga, Guará, Gama e outras. E quem não era organicamente vinculado aos partidos da coligação que gerou a candidatura Agnelo/Filipelli, partiu para outra. Dai o fenômeno Psol, com o Toninho tendo mais de 16% dos votos, quando historicamente não passava de 2% dos votos em outras eleições. Mas a esquerda descontente com a aliança que se contrapunha a um Roriz moribundo, mas capaz de lançar a mulher candidata em seu lugar e ir para o segundo turno, abraçou a candidatura de Toninho do Psol.

E a maioria dos que votaram em Toninho do Psol por discordar da aliança PT/PCdoB/PSB/PDT/PMDB, também aproveitaram e votaram em Marina Silva do PV, para principalmente, tirar o salto alto do PT que achava(eu também)que sairia vitorioso logo no primeiro turno, como indicavam as principais pesquisas, inclusive as patrocinadas pela imprensa conservadora e golpista. Este é meu humilde ponto de vista sobre o que ocorreu em Brasilia nestas eleições.

Agora é tirar o salto alto e ir atrás do povão das satélites, mostrar quem é Roriz e sua candidata e mostrar que Agnelo/Filipelli ´´e outra coisa, tudo vai mudar.

E correr atrás do Toninho e principais caciques do Psol para eles nos apoiarem, irem a TV e rádio e se engajarem na campanha da esquerda, tenha ela os defeitos que tiver. Sera melhor sempre, que a continuidade do reinado de Roriz e sua gang. Se perdermos a eleição aqui sera uma vergonha nacional e mostrara que o povo do Distrito Federal vota até num poste se Roriz indicar.

Abaixo o post do Rubens Gatto no seu www. rugatto.zip.net



A maldição de Dom Bosco
05/10/2010
A maldição de Dom Bosco LVIII
Quando Roriz promoveu a mais intensa migração para Brasília, doando lotes, ele decididamente não quis que pra cá viessem gente qualificada promovendo a vida cultural e intelectual da cidade. Ele quis ver a cidade inundada de gente sem qualificação e uma grande massa de analfabetos para manipulá-los ao seu bel prazer fazendo assim o seu feudo político como ele aprendera a ver nos grotões goianos.
Assim a cidade que tinha sido pensada para ser uma usina de idéias administrativas e políticas virou o paraíso dos analfabetos como também é o governador Roriz e todos aqueles que o cercam, quer por interesses pecuniários ou por pura ignorância.
Assim a santa cultura da ignorância foi se espalhando e transformou a cidade ao contrário do projeto inicial, num mar de seitas e religiões que agora mais que nunca atrapalham ainda mais o nosso desenvolvimento.
Particularmente não acredito em solução no curto prazo, pois vai prevalecer o que há de pior nas religiões e nas seitas: a escravidão por ameaças do tipo: você é a favor do aborto? Se sim, você é um monstro! Você é favorável a casamento de homem com homem? Se sim, vais para o inferno! você crê em Deus? Se disser que não crê passas a ser imediatamente o filho do diabo.
Grande parte da sociedade brasiliense não entende o que se discute em política é política, o que interessa para todos nós é saneamento básico, melhoria nos transportes, saúde e educação o resto é questão individual não podemos deixar que misturem as bolas.



Escrito por Gatto às 13h45

terça-feira, outubro 05, 2010

Comunistas dão o tom da próxima etapa!!


PCdoB: Êxitos eleitorais e tarefas partidárias

Finda a primeira etapa do grande embate político-eleitoral, a direção e a militância partidárias são chamadas a fazer o exame da realidade e passar em revista o conjunto das tarefas partidárias.

Por José Reinaldo Carvalho*

O Brasil cumpriu no último domingo, 3 de outubro, uma etapa importantíssima da batalha político-eleitoral. Com 46,9% dos votos, Dilma Rousseff, da coligação progressista Para o Brasil Seguir Mudando, ficou em primeiro lugar, seguida por José Serra, da coligação neoliberal e conservadora PSDB-DEM-PPS, com 32,6%.


Leia também:
•PCdoB sai das urnas com saldo positivo e lideranças prestigiadas


A batalha não terminou, pois sem a maioria absoluta, Dilma, assim como Lula em 2002 e 2006, disputará o segundo turno no dia 31 de outubro.

Na medida em que expressa uma ampla maioria, o resultado é uma vitória política, a ser confirmada no segundo turno.

O PCdoB sente-se vitorioso por ter sido partícipe, desde o primeiro momento, da caminhada vitoriosa de Dilma Rousseff, passando por todas as etapas da campanha. A militância comunista não poupou energias para eleger Dilma, compreendendo que nisso reside a tarefa central para dar continuidade ao processo de mudanças que o país vem experimentando desde a primeira eleição de Lula. Nas próximas quatro semanas os comunistas seguirão no campo de batalha, batendo-se pelo mesmo objetivo, até a apuração do último voto e a confirmação da eleição de Dilma Rousseff presidente da República.

Concomitantemente, em nove estados da Federação serão realizadas eleições em segundo turno para os governos estaduais. Também aí os comunistas estarão empenhados para garantir a vitória das forças políticas aliadas e que, uma vez eleitas, contribuirão para compor uma correlação de forças favorável à ação transformadora do futuro governo.

Êxitos do PCdoB

Na luta pela concretização de objetivos próprios, o PCdoB também colheu resultado positivo. A legenda comunista obteve 2,8 milhões de votos nas eleições proporcionais para a Câmara dos Deputados, ou cerca de 2,9% dos votos válidos, elegendo 15 deputados federais. Um modesto acréscimo de 0,6% em comparação com o percentual de 2006 e de dois deputados, em relação ao mesmo pleito, quando o partido havia elegido 13.

Na disputa pelo Senado, regida pelo mecanismo do voto majoritário em cada unidade da Federação, a performance do PCdoB é admirável: Mais de 12 milhões de sufrágios (14,02% dos votos válidos) distribuídos por nove candidaturas, em nove estados, algumas com elevadas votações. Para citar apenas alguns exemplos mais significativos: Netinho de Paula (7,8 milhões de votos em São Paulo, ou 21,1%); Vanessa Graziottin (2,9 milhões de votos no Amazonas, ou 22,9%) e Abgail Pereira, com 1,5 milhão de votos, ou 13,5% no Rio Grande do Sul.

O PCdoB conseguiu eleger a senadora Vanessa Graziottin, derrotando numa disputa palmo a palmo uma das vozes mais estridentes do neoreacionarismo do Brasil, Artur Virgilio, do PSDB, aquele mesmo que ao violar o decoro parlamentar, disse uma vez que ia dar “uma surra” no presidente Lula.

A eleição de 15 deputados e uma senadora é um resultado positivo, mesmo que modesto, significando muito na trajetória de acumulação de forças do PCdoB no plano eleitoral. Agrega-se a isso a eleição de 18 deputados estaduais em 12 estados (contra 12 em nove estados no pleito de 2006).

Os resultados do PCdoB serão examinados detalhadamente na reunião da Comissão Política do próximo dia 8, quando se avaliará por que não foram atingidas plenamente as metas e alguns revezes pontuais, como ocorreu no Rio de Janeiro.

O PCdoB tem o sentimento do dever cumprido e se sente credenciado para enfrentar novos e maiores desafios.

“Novas” tarefas, tarefas permanentes

Com o encerramento do período eleitoral, em 31 de outubro, os comunistas devem dedicar o melhor das suas energias à intervenção política, à ação no seio dos movimentos de massas, sobretudo do povo trabalhador, à luta de ideias e à atividade orgânica propriamente dita.

Assume primazia o mister de cuidar mais e melhor do partido, como aconselhava o camarada João Amazonas, fortalecê-lo como organização de combate pelas transformações sociais, profundamente mergulhado nas lutas do nosso tempo, com a mirada posta no rumo do socialismo, da libertação nacional e social do povo brasileiro.

Os momentos de avaliações positivas são os mais propícios às autocríticas e retificações produtivas. Aperfeiçoar a execução da linha política, melhorar o método e o estilo de trabalho e direção, elevar o nível político-ideológico da militância, dos quadros e dirigentes, fortalecer os vínculos com as massas, construir organizações de base, soerguer direções intermediárias nas principais concentrações populacionais e municípios e corrigir os erros no funcionamento organizativo entram na ordem do dia como os focos em que devem se concentrar as atenções da direção partidária.

*Secretário Nacional de Comunicação do Comitê Central do PCdoB

Verdade seja dita!! Artigo do Lungaretti coberto de razões óbvias!!!

MARINA ESTÁ NUMA SINUCA DE BICO E O PT FLERTA COM A DERROTA

Celso Lungaretti (*)

O day after foi melancólico.


De um lado, os demotucanos estão sendo bem persuasivos nas tentativas para convencer Marina Silva a suicidar-se politicamente.


Tomara que ela não ouça o canto dessas sereias -- como as mitológicas, carnívoras.


Se fizer uma composição com os representantes da ganância capitalista exacerbada e sem limites, ajudará a devolver o poder à pior direita brasileira.


Em termos ambientais, será um desastre.


E, claro, isto lhe seria cobrado adiante: sua responsabilidade pessoal num grave retrocesso histórico.


Iria virar uma morta sem sepultura, como o ex-Gabeira.


Voltar à esfera de influência do PT para receber um Ministério mais importante desta vez? É pouco para a dimensão que ela atingiu. Só se lhe oferecerem bem mais.



O pior é que seu partido já não é mais verde: amadureceu e apodreceu. Está traindo o compromisso assumido de combater as práticas ambientais predatórias, ao aliar-se com quem as encarna.


Então, Marina está numa sinuca de bico.


Como a decisão de a quem apoiar no 2º turno é impostergável, a sabedoria política manda que fique neutra, liberando o voto do seu eleitorado.


Assim, conservará intacto o patrimônio político que acumulou como terceira via, preservando-se para passos mais ambiciosos no futuro.


Depois, com mais vagar, vai ter de escolher um partido para o projeto 2014, já que o PV virou mera linha auxiliar da direitona.


Aliás, a única afirmação reveladora de Marina nesta 2ª feira, desconsiderado o blablablá convencional sobre as consultas que fará antes de anunciar sua decisão, foi esta:

"O resultado que tivemos de aprovação ao projeto meu e do [vice] Guilherme [Leal] é muito maior que o nosso partido".

Corretíssimo. Ela precisará de um partido mais adequado para suas pretensões vindouras, nem que tenha de criar um, como Fernando Collor fez (PRN).


Suas próximas decisões determinarão se ela é uma estrela que veio para ficar ou uma supernova que logo irá perdendo o brilho, como Heloísa Helena.


FASCINADOS PELO ABISMO


Já as avaliações que petistas fizeram do resultado frustrante foi mais frustrante ainda: aconselharam a campanha de Dilma a perseverar nos erros.


Uns falam em esclarecer melhor a questão do aborto, no sentido de tentar iludir o eleitorado, martelando sem parar que, desde criancinha, ela nega às mulheres o direito de opção.


Cogitam até a retirada da descriminalização do aborto do programa do PT.


Então, estamos combinados: se filmes repulsivos como Tropa de Elite conseguirem convencer contingente expressivo do eleitorado de que a tortura é válida, o PT correrá a apoiar a tortura...


O recuo em questão só servirá para fazê-la parecer oportunista e falsa, pois o que disse no passado está publicado e será relembrado ad nauseam pelos antagonistas.


Outros dirigentes petistas recomendam a insistência nas comparações entre os governos de Lula e de FHC, quando a comparação a ser feita é bem outra: entre um projeto político esquerdista, sintonizado com a justiça social, e um projeto político direitista, sintonizado com a desigualdade e a exclusão inerentes ao capitalismo.


Caso seja necessário, ilustrarei com desenhos: O PT NÃO VAI GANHAR ESTA ELEIÇÃO SEM SUA MILITÂNCIA IDEALISTA, AQUELA QUE SÓ SE MOBILIZARÁ POR MUDANÇAS EM PROFUNDIDADE E NÃO POR RETOQUES COSMÉTICOS NA FACE MONSTRUOSA DO CAPITALISMO.


Para esvaziar a ofensiva ideológica direitista, terá de guinar à esquerda.


Se continuar em cima do muro, ambíguo e cauteloso, alienará seus apoios naturais e nem sequer vai conquistar o eleitorado conservador de classe média, que sempre se colocará na trincheira contrária.


Trata-se da receita infalível para ser inapelavelmente batido, jogando no ralo uma eleição que estava 99% ganha.

* Jornalista e escritor. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com

segunda-feira, outubro 04, 2010

DEU NO "VERMELHO'! Agora é buscar os votos dos eleitores de Marina!!!



Desafio do 2o. turno é reconquistar eleitor seduzido por Marina

Uma análise rápida dos resultados eleitorais para a eleição presidencial nos permite opinar que a candidata Dilma Rousseff (PT) só deixou de ganhar a eleição no primeiro turno pois uma parte de seus eleitores, na última hora, migrou para a candidata do PV, Marina Silva. E este eleitorado está concentrado principalmente na classe média urbana e na juventude. São eles que Dilma deve reconquistar para garantir uma vitória respeitável no segundo turno.

por Cláudio Gonzalez
Com 100% das urnas apuradas, a candidata Dilma Rousseff (PT) obteve 46,91% dos votos válidos. José Serra (PSDB) ficou com 32,61%. Marina Silva (PV) conseguiu 19,33%. Os demais candidatos não alcançaram 1% dos votos. Quem chegou mais perto disso foi Plínio Arruda Sampaio (P-SOL) que obteve 0,87%. Eymael (PSDC), Zé Maria (PSTU) e Levy Fidelix tiveram cada um 0,1%. Ivan Pinheiro (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO) tiveram tão poucos votos que com o arredondamento pontuam 0%.

Dilma venceu em quatro regiões, mas perdeu para Serra no Sul. No Nordeste e no Norte, Dilma ganhou com folga, mas liderou com vantagem menor no Sudeste e no Centro-Oeste.

No Sul, Serra ganhou, com 43,01%. Dilma teve 42,10%; e Marina, 13,64%. No Centro-Oeste, Dilma venceu por pequena vantagem, com 38,89%, contra 37,97% de Serra e 20,94% de Marina.

No Nordeste, Dilma teve o melhor desempenho com 61,63%. Serra obteve 21,48%; e Marina, 16,14%. No Norte, Dilma ficou com 49,23%; Serra, 31,95%; e Marina, 17,88%.

No Sudeste, região com o maior número de eleitores, Dilma obteve 40,88%, contra 34,58% de Serra e 23,18% de Marina.

Dilma venceu em 18 estados e Serra liderou em oito: Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo. Marina ganhou no Distrito Federal, onde conseguiu 41,96% dos votos válidos, e ficou em segundo lugar em cinco estados – Acre, Amapá, Amazonas, Pernambuco e Rio de Janeiro. No Ceará, ela empatou com Serra (16,36%).

Marina cresceu tirando votos de Dilma

Sete dias antes do primeiro turno, Marina Silva alcançava, na média das pesquisas, 15% dos votos válidos, enquanto Dilma tinha em média 53% e Serra 30%. Fica evidente que o crescimento da candidata verde na reta final deu-se subtraindo votos de Dilma. Isso aconteceu particularmente nas grandes cidades do Sudeste e entre o eleitorado mais jovem. Nos quatro estados do Sudeste (SP, ES, MG e RJ) Marina obteve mais de 20% dos votos. Dilma perdeu votos para Marina também entre eleitores evangélicos, da classe C, submetidos nos últimos dias da campanha a uma avalanche de baixarias com viés moralista e religioso espalhadas pela internet por apoiadores do candidato tucano José Serra.

A perseguição implacável da grande imprensa contra a candidata de Lula também ajudou a subtrair apoios que a petista tinha entre o eleitorado de classe média, mais suscetível ao denuncismo da mídia.

Pesou também contra Dilma, creio eu, uma certa dosagem exagerada da presença de Lula nas atividades de campanha e na TV, o que acabou ofuscando a candidata. Ainda que tomar para si o legado deste governo seja o grande trunfo de Dilma, é preciso cuidar para que a campanha dê à ela mais autonomia e identidade, mostrando que Dilma será uma boa presidente por seus próprios méritos e não apenas porque Lula assim desejou. A ex-ministra tem qualidades de sobra para isso.

Classe média

O forte apoio de Lula fez o eleitorado do Nordeste e da maior parte do Norte, além do Rio Grande do Sul e quase todo o Sudeste (com exceção de São Paulo), continuar apoiando majoritariamente a candidata do PT. Mas Dilma viu sua liderança ser superada por Serra em SC, PR, SP e em quase todo o Centro-Oeste (com exceção de GO), além de três estados do Norte (RR, RO e AC). Nestes estados, a diferença entre Dilma e Serra foi pequena, mas suficiente para impedir a vitória no primeiro turno. A preferência por Dilma balança justamente naqueles setores e localidades que não conhecem bem ou não mantém vínculo direto com os projetos sociais e as realizações do atual governo.

Ainda que a internet agregue a opinião de um universo bastante reduzido de brasileiros, pode-se perceber pelas redes sociais que a chamada #ondaverde que levou Marina a uma votação próxima dos 20% cativou boa parte da juventude não-partidária, porém com tendências progressistas. Parte destes eleitores nunca pretenderam votar em Serra, mas precisarão ser cativados pela campanha de Dilma no segundo turno para que possam migrar da #ondaverde para uma #ondavermelha.

A oposição de direita, que dava como certa a derrota no domingo, sai psicologicamente fortalecida do primeiro turno, apesar de não ter conseguido ampliar seu eleitorado a ponto de ameaçar o favoritismo da candidata do governo. A candidatura de Serra não conseguiu empolgar novos setores do eleitorado, ainda está baseada, no geral, no eleitorado mais rico e conservador e naqueles que mesmo sendo das classes C, D e E ainda alimentam algum tipo de preconceito contra o PT.

Apoios para o segundo turno

Ao discursar neste domingo após a confirmação do segundo turno, Marina Silva anunciou que defenderá a realização de uma plenária de seu partido, o PV, com segmentos sociais que a apoiaram, para decidir quem o partido vai apoiar. "O partido vai ter que fazer uma discussão nas suas instâncias e, por respeito aos que fizeram aliança conosco, vai ter de também convidá-los para debater as nossas posições", disse.

Marina mandou recados para a direção do PV, próxima do PSDB e inclinada a manifestar apoio imediato a José Serra. O PV participava da gestão tucana no governo de São Paulo e estava coligado com os tucanos no Rio de Janeiro.

"A nossa decisão será uma decisão que não tem nada a ver com a velha política que se apressa em manifestar uma posição só para vislumbrar pontos lá na frente", cutucou.

Por sua trajetória e seu perfil, a tendência pessoal de Marina é apoiar a candidatura do PT. Sem dúvida, seria uma grande ajuda para Dilma se Marina viesse a público manifestar seu apoio. Mas como essa é uma possibilidade incerta, resta à campanha de Dilma não perder tempo e já começar a construir discursos, propostas e iniciativas para buscar a adesão do eleitorado que votou em Marina no primeiro turno.

Precisa, também, capitalizar as importantes vitórias conquistadas pelos partidos da base de apoio do governo Lula nas disputas para governos estaduais, Senado e Câmara Federal. Revigorados pela vitória e desobrigados da tarefa de buscar a própria sobrevivência nas urnas, estes governadores, senadores e deputados eleitos devem ser chamados a dar uma contribuição ainda mais incisiva à vitória de Dilma no segundo turno do que deram no primeiro turno.

Em 2006, a campanha de Lula pela reeleição conseguiu, no segundo turno contra Geraldo Alckmin (PSDB), não só atrair os eleitores que deram votos a outros candidatos no primeiro turno, como também arrancou uma parcela considerável dos votos do próprio tucano. Fez isso desmascarando a candidatura da direita e mostrando aos eleitores os perigos que a volta ao passado neoliberal representa.

Agora em 2010, quando o encadeamento dos fatos mostram um quadro muito semelhante ao de 2006, não há motivos para que Lula, Dilma e seus aliados não lancem mão desta estratégia. Afinal, Serra, mais do que Alckmin, carrega consigo as marcas de um passado desastroso que o Brasil não quer de volta.