terça-feira, fevereiro 28, 2012

Partido e amigos comemoram os 70 anos de Renato Rabelo!!

70 anos: Renato Rabelo é homenageado por camaradas e amigos



A celebração dos 70 anos do aniversário do presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, na noite desta segunda-feira (27), em São Paulo, foi marcada pela demonstração de admiração e respeito de lideranças políticas, dirigentes de diversas frentes do movimento social brasileiro, amigos, familiares e militantes do PCdoB. Os 70 anos de vida de Renato refletem também os 50 anos de luta e dedicação pela construção de uma sociedade mais igualitária e humana.



Gisella Gutarra Sedano
aniversário Renato
Ao lado da esposa Conceião Rabelo (Conchita) e dos netos, Renato Rabelo agradece as saudações e as homenagens
A festividade, organizada pela direção nacional do Partido, foi uma homenagem à trajetória política e pessoal de Renato que se une na luta pelo socialismo, pela democracia e na construção de um novo projeto político para o povo brasileiro. “O Renato é uma pessoa que se destaca e vem de uma geração que lutou pela democracia e legou ao país esses momentos importantes que estamos vivendo. Ele engrandece o nosso Partido e nos orgulhamos de tê-lo como líder da nossa corrente de pensamento à qual ele vem dando contribuições importantíssimas”, afirmou o secretário nacional de Organização do PCdoB, Walter Sorrentino. 

Haroldo Lima, membro do Comitê Central e da Comissão Política do PCdoB, falou em nome dos companheiros de Partido, amigos e familiares de Renato. Ele relatou um pouco da história política do dirigente comunista e lembrou a eleição de Renato à presidência da União dos Estudantes da Bahia, o período em que esteve na clandestinidade, o trabalho ao lado de João Amazonas e o papel de articulação que Renato protagonizou na Frente Brasil Popular — que levou Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.

“No curso desse processo o Renato tem se revelado uma pessoa com muita combatividade, firmeza de princípios e muita flexibilidade tática. É uma pessoa muito hábil — do ponto de vista político — e muito fiel. O Renato é muito fraternal com todas as pessoas que convivem com ele, dentro e fora do Partido e em sua própria família”, afirmou. 

Para o senador cearense Inácio Arruda, as comemorações pelos 70 anos recebem tom político em função da liderança nacional de Renato. “Ele é uma figura respeitadíssima em função do grau de amplitude com que ele faz política até hoje, conduzindo o nosso Partido e fazendo política sem distinção. Temos um grande grau de elevação do que é fazer política. Renato é reconhecido pela firmeza nas opiniões que defende e na flexibilidade para ouvir aliados, amigos e até os adversários. É assim que ele também nos ajuda a construir o Brasil”.

O ministro do Esporte Aldo Rebelo ressaltou que a trajetória de Renato é um exemplo para todos os comunistas do Brasil. “O Renato é para o PCdoB a expressão mais elevada do compromisso com os interesses dos trabalhadores e do povo e de abnegação e defesa do Partido e dos interesses partidários”. Em nome da bancada comunista, a líder do PCdoB na Câmara, Luciana Santos falou do carinho e da admiração dos parlamentares do Partido. A vice-presidente do Partido ressaltou que Renato é o “timoneiro das causas dos comunistas, do dia a dia e dos desafios do país”. 

Em seu discurso, Renato Rabelo agradeceu a homenagem e falou do simbolismo e da grande emoção de dividir aquele momento com seus familiares e companheiros. Ele ressaltou que o Partido representou em sua vida a maior universidade, que lhe ensinou a compreensão da ética, do que é tratar o povo e o ser humano. O dirigente nacional falou da importância dos 90 anos do Partido e de seu esforço para honrar os grandes líderes e mártires do PCdoB que deram suas vidas pela causa comunista. 

Lideranças nacionais

Lideranças de diversos partidos ressaltaram o grande poder articulador, a firmeza na defesa dos ideais comunistas e o papel histórico que o dirigente do PCdoB protagonizou na construção da Frente Brasil Popular — que representa, a partir da eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ascensão das forças populares no Brasil. Politicamente, o dirigente nacional dos comunistas brasileiros é reconhecido por sua habilidade de formulação estratégica e tática. 

A presidente Dilma Rousseff enviou uma mensagem reforçando os laços e o compromisso do dirigente comunista na construção do atual projeto político do país e desejando votos de longa vida a Renato. Em entrevista ao Vermelho, o vice-presidente da República, Michel Temer, destacou a capacidade de agregação. “Tenho mantido vários encontros com ele e vejo, em primeiro lugar, a sua capacidade intelectual de formular políticas para o Brasil. Por isso é muito agradável, cívica e politicamente, encontrar com o Renato”. O líder do PT na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza, falou do papel que o dirigente comunista representa na política brasileira. “O Rabelo é um grande companheiro, uma pessoa que contribui para o pensamento político, ideológico, social e econômico do movimento de esquerda do Brasil e tenho aprendido muito com ele. Renato é uma figura importante pra todos nós da esquerda no Brasil”. 

José Dirceu falou da importância das relações entre o PT e o PCdoB. “Temos uma caminhada comum que já vem de décadas — desde o João Amazonas. Sempre trabalhei muito pela amizade entre o PT e o PCdoB e se o Lula foi presidente, se hoje temos a Dilma presidente e se o Brasil mudou é porque o PCdoB esteve conosco. Esta é uma noite de alegria e reconhecimento pela liderança e pelo papel do nosso amigo Renato Rabelo na presidência do PCdoB e na luta comum”. 

O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, lembrou que apesar de visões diferentes, ambos os partidos mantêm relações duradouras da época da luta contra a ditadura militar e a redemocratização do país. “Nossas relações com o PCdoB são de longa data. Ele é um dos grandes quadros do comunismo brasileiro e trabalhamos com muito empenho na construção da Frente Brasil Popular. Nós, os comunistas e socialistas, somos antes de mais nada humanistas e defendemos a liberdade”. 

O vereador e pré-candidato do PCdoB à Prefeitura de São Paulo, Netinho de Paula também prestou votos de felicidades a Renato. Também marcaram presença o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, o pré-candidato do PT à Prefeitura paulistana, o ex-ministro Fernando Haddad e o ex-governador José Serra.

Kassab ressaltou a “carreira e o espírito público” de Renato. Já José Serra disse que mantém uma relação indireta com dirigente comunista desde os anos de 1960 — durante a fundação da Ação Popular — e que “independentemente de diferenças políticas”, mantém um grande respeito por Renato. 


Por Mariana Viel

Exames no SARAH foram animadores!!!

“Nota oficial alvissareira”
Após 4 horas de exames e consulta ontem, segunda-feira no Hospital SARAH, de Brasilia, os médicos chegaram a um diagnóstico positivo sobre meu estado de doença. Examinaram minha “ressonância magnética” e meu exame no “laboratório de movimentos” e concluíram que minha coluna esta normal e não precisarei de outra intervenção cirúrgica. A “ressonância” na cabeça apontou alguns vasos sanguíneos com problemas e terei agora que me cuidar mais para não ter um “AVC”. A queda de força na mão e braço esquerdo que senti a partir do dia primeiro de janeiro foi fruto destes problemas, que ocasionaram o que eles chamaram de “Ocorrencia Vascular sistêmica temporal”. Receitaram  “AS” para prevenir tais ocorrências e mais fisioterapia.
As sequelas da “meliopatia cervical compressiva” que lesou minha medula e ocasionou a paralisia quase total e motivou a intervenção cirúrgica, devem continuar por mais um tempo e só os medicamentos e a fisioterapia poderão melhora-las. Mas alguma sequela permanecera! È aprender a conviver com elas. Enfim, sai do SARAH mais animado e pronto para continuar  tocando a vida. Outra consulta ao SARAH esta marcada para daqui a 6 meses. Enquanto isto, vou tomando meus medicamentos e acelerando minha fisioterapia. È isto, as noticias são boas, apesar de tudo. Os movimentos da mão e braço direito estão lentamente voltando ao que era antes, mas há perspectiva de melhorar. È isto! Vamos em frente!!! Obrigado a todos os amigos e camaradas pelo apoio e atenção nestas semanas de apreensão!!!

domingo, fevereiro 26, 2012

Elias Jabbour decifrando o "enigma" chines!!


Amigos, escrevi este artigo ao Monitor Mercantil, um jornal de economia de boa circulação no Rio. Deve sair esta semana e a pauta que pediram foi a sucessão presidencial na China e a "abertura da conta de capitais". Tudo em 800 palavras. Acho que cumpri a missão. Vê o que acham. Abraço!!!
Elias Kalil Jabbour

De Cromwell, Gorbachev e abertura da conta de capitais...

“Mentiras convencionais” travestidas de “bom senso econômico” é mais comum do que imaginamos. Vira e mexe aparece um “especialista” para vaticinar as ditas (não) verdades convencionais sobre a China: “cresce porque acumulou poupança interna” (sic), “a inflação é uma ameaça” (sic), “sobreinvestimento na indústria pesada” (sic), “o sistema financeiro está por um fio” (sic), “trabalho escravo, cuidado” (sic). Existem verdades a serem lamentadas: “os oligopólios são estatais”, “O Estado é pesado”, “o câmbio é manipulado”, “o crédito é estatizado e politizado”, “o mercado é um passarinho na gaiola”.

A China não cresce porque poupou antes de investir. Na China o que meus amigos keynesianos chamam de “princípio da demanda efetiva” não é observada de forma “estática” e sim “dinâmica”. Ou seja, o “princípio da demanda efetiva” foi alçado à política oficial de Estado, logo instrumento de planejamento, assim como o próprio comércio exterior. Para isso existe o sistema financeiro e o crédito. “Poupança financeira” é com Wall Street e não com Wanfuging Street. 

Inflação em países com as características da China se soluciona com manejo de alguns mecanismos macroeconômicos e aumento da produção agrícola e industrial. A produção de cereais da China cresceu pelo oitavo ano consecutivo e bateu um novo recorde este ano, chegando a 571,21 milhões de toneladas, uma alta anual de 4,5%. A produção industrial cresceu 13,5%. Assim, o “problema da inflação” foi domado e decresceu no último semestre de 2011. O crescimento de 9,2% em 2011 pegou de surpresa a todos. Menos os chineses, evidentemente.

Mas este “problemático” país, na falta de viabilização de uma solução líbia, precisa gestar urgentemente um Cromwell, pronto para matar o rei (no caso, o Partido Comunista da China). Cromwell está muito longe. Pode ser um “Gorbachev chinês”. É assim que a cada dez anos que os “especialistas em China” estabelecem parâmetros para a análise da sucessão presidencial no país. Jiang Zemin foi o primeiro Gorbachev chinês. A China entrou na OMC e está subvertendo a ordem estabelecida em Bretton Woods. Hu Jintao foi alçado ao mesmo status do apóstata soviético. Outro problema, pois em sua gestão encerrou um amplo processo de fusões e aquisições culminando na formação de 149 conglomerados estatais, o país tornou-se a segunda economia do mundo, Karl Marx tornou-se o autor estrangeiro mais comentado nas universidades e as Obras Completas de Marx e Engels estão prontas a serem editadas – pela primeira vez na história – em inéditos 100 volumes.

Agora o candidato a Gorbachev, o atual vice-presidente Xi Jinpeng, é o “novo príncipe”, ou seja, um filho de burocratas que ascendeu ao poder por seu “guangxi” (contatos). A ignorância como argumento impede os “especialistas” perceberem que numa sociedade confuciana onde uma revolução nacional-popular (1949) mobilizou toda a sociedade, o que mais existe são “filhos de príncipe”. 

Sua visita recente aos Estados Unidos foi mais um “sinal”, segundo a imprensa norte-americana, de que agora vai. Gorbachev está vivo na China! Nada. Antes de desembarcar em Washington, Xi Jinpeng deu uma passada em Cuba onde assinou 36 contratos de investimentos e deixou por lá US$ 2 bilhões para os “irmãos socialistas cubanos” (nas palavras do próprio candidato à Gorbachev chinês) pagarem quando puder. “Fundo perdido” como tem sido nos últimos dez anos da relação entre os dois países. Nem Brejnev fez melhor.

Sinal de frenesi. A “revolução capitalista” está a ser completada na China. Abertura da conta de capitais no horizonte. É verdade, está bem no horizonte. No mínimo cinco anos. A doença da “análise estática” parece não ter cura. Se for pela “dinâmica” dará para se perceber que abertura da conta de capitais deve ser precedida pelo fortalecimento de empresas internamente. Firmas capazes de agüentar o tranco da concorrência externa. Os chineses tiveram 30 anos para construir as condições para uma abertura lenta, gradual e segura de suas contas de capitais. E com sistema financeiro agindo de acordo com os interesses nacionais e os instrumentos cruciais do processo de acumulação sob controle de mãos bem visíveis. 

A taxa de juros é baixa e o que mais se transaciona nos mercados de capitais chineses são ações de “empresas públicas concedidas para empresas públicas” voltadas a financiar imensas obras de infraestrutura. O dinheiro de fora deve servir, no limite, para financiar imensas empresas públicas. Operações de hedge fund serão bem improváveis.

Mas o “nó estratégico” é outro. O yuan deverá se tornar conversível, logo moeda de troca no comércio internacional. Petróleo e outras commodities em breve serão transacionados em yuan. Pela “dinâmica”, no fundo quem tinha razão era Keynes. Os chineses estão ressuscitando a agenda apresentada (e infelizmente derrotada) por John Maynard em Bretton Woods. Como bons comunistas, os chineses leram e levaram á sério o britânico genial. Será o início do fim da hegemonia do dólar? Essa é a questão a ser respondida.

sábado, fevereiro 25, 2012

Fazer o Brasil avançar!!!

Bom dia e bom fim de semana a todos os amigos. Neste  sábado termina o horário de verão e o feriadão que vem desde as vésperas de Natal. Vamos ver se o Brasil caminha para o rumo certo. Da soberania, Justiça social, inclusão, fim da violencia e coragem do governo para encarar os que ainda se sentem donos do Brasil, como banqueiros, grandes empresarios, latifundiarios e multinacionais. Alem de encarar os “grupelhos” de extrema direita e entreguistas que se alojam em associações recreativa de militares saudosos da Ditadura e que fazem do PIG(Partido da Imprensa Golpista) seus porta-vózes. Coragem Presidente Dilma para tocar pra frente as transformações que o Brasil precisa.

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Carnaval na luta pela Liberdade!





Carlos Pompe*
O Carnaval é considerado uma das festas mais alegres do planeta. Descartando
festas anteriores do Antigo Egito e da civilização greco-romana, suas precursoras, as
referências ao Carnaval só aparecem a partir do século XI, quando a Igreja instituiu a
Quaresma. “Daí em diante, a festa vai tomar várias formas até que, no século XIX, a
burguesia parisiense ‘inventa’ o Carnaval tal como o concebemos atualmente”, conta
Felipe Ferreira nO Livro de Ouro do Carnaval Brasileiro.


Segundo esse autor, o Entrudo, festa trazida pelos portugueses e denunciada pelo Santo
Ofício em Pernambuco em 1533, virou mania nacional brasileira no início do século
XIX, mas após a Independência se buscou vincular a festa à modernidade francesa.
Nos anos 1840 foram promovidos, em várias cidades brasileiras, bailes carnavalescos
à francesa. Dez anos depois, após idas e vindas de proibições policiais, “a presença de
pessoas fantasiadas pelas ruas das cidades brasileiras durante os dias de folia marcaria
um passo importante no surgimento daquilo que mais tarde ficaria conhecido como
Carnaval de Rua”, registra Felipe.


O livro informa que grupos semiorganizados passaram a ser incorporados à folia, o
que levou um dos jornais do Rio de Janeiro, em 1890, a lamentar a falta de animação
carnavalesca na rua do Ouvidor, onde “somente” conjuntos populares negros se
apresentaram. A partir do início do século passado, as ruas do centro do Rio de Janeiro
foram utilizadas pelas sociedades carnavalescas de elite e pelos grupos populares que,
entre disputas e diálogos, estruturaram “a festa que seria o modelo para todo o país” ao
longo do século.


Após a ditadura militar, imposta com o golpe de 1964, o Carnaval passou a representar,
na temática de vários artistas da música popular, a liberdade e o anseio pelo fim do
regime obscurantista. A Marcha da Quarta-Feira de Cinzas, de Vinícius de Moraes
e Carlos Lyra, composta em 1963, ganhou novo significado a partir de 1965, como
contou Lyra em uma de suas apresentações:


Acabou nosso carnaval
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais brincando feliz
E nos corações
Saudades e cinzas foi o que restou


Pelas ruas o que se vê
É uma gente que nem se vê
Que nem se sorri
Se beija e se abraça
E sai caminhando
Dançando e cantando cantigas de amor


E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade...


Ouça a música aqui: http://www.youtube.com/watch?v=Y88EguvjlVM


Em 1965, Chico Buarque lançou o seu Sonho de um Carnaval, cantando:


No carnaval, esperança
Que gente longe viva na lembrança
Que gente triste possa entrar na dança
Que gente grande saiba ser criança.


Aqui, uma bela gravação: http://www.youtube.com/watch?v=Eb12Enr2BR0


Conforme os ditadores foram cometendo crimes contra os brasileiros progressistas e
democratas, mudou também a abordagem do Carnaval no cancioneiro. Pouco depois
do Ato Institucional n° 5, o Império Serrano politizou a avenida Presidente Vargas,
onde ocorriam os desfiles antes da existência do Sambódromo no Rio. Em 1969 levou
o samba Heróis da Liberdade, de Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola e Manuel
Ferreira, tratando da Inconfidência Mineira e abolição e fazendo referência ao Hino da
Independência, atribuído a Pedro I. Por pressão dos censores, Silas substituiu a palavra
revolução por “evolução” no trecho abaixo:


Ao longe soldados e tambores


Alunos e professores


Acompanhados de clarim


Cantavam assim


Já raiou a liberdade


A liberdade já raiou


Essa brisa que a juventude afaga


Essa chama


Que o ódio não apaga pelo universo


É a evolução em sua legítima razão.


Vale a pena assistir, aqui: http://www.youtube.com/watch?v=6m_-
i0LzjQg&feature=related


Em 1972, Chico Buarque fez a trilha sonora de um filme de Caca Diegues, sobre um
grupo de artistas sem sucesso que consegue um contrato para uma apresentação em


homenagem a um rei que assistirá ao Carnaval no Rio. A música anuncia:


Quem me vê sempre parado, distante
Garante que eu não sei sambar
Tô me guardando pra quando o Carnaval chegar
Eu tô só vendo, sabendo, sentindo, escutando
E não posso falar
Tô me guardando pra quando o Carnaval chegar


Veja o gingado e a espontaneidade do Chico aqui: http://www.youtube.com/watch?
v=zu2B2z9XRxQ


Dez anos após o golpe, Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro anunciaram, no seu
Agora é Portela 74:


Conte comigo no seu Carnaval
Tô me guardando contra o mesmo mal
A decisão eu acho que é geral
É cada vez maior o pessoal.


A canção, na interpretação do MPB4, aqui: http://www.youtube.com/watch?
v=bHliJFHO_q8


Finda a ditadura e a censura, a repressão e condenação à festa popular continuou
e continua por parte de religiosos, em especial a alta hierarquia católica, sempre
pressionando governantes e autoridades a proibirem qualquer abordagem que
considerem em contradição com seus dogmas. Foi assim que o alto comando católico,
no Rio de Janeiro, proibiu que uma réplica do Cristo Redentor, vestido de mendigo,
fosse colocada num carro alegórico, por Joãosinho Trinta, em 1989. Sempre criativo,
o carnavalesco cobriu a imagem com plástico preto e afixou-lhe um cartaz: “Mesmo
proibido, olhai por nós”.


Cenas do desfile aqui: http://www.youtube.com/watch?v=ykt0KMvgbDU


Hoje, como em meados do século XIX e, provavelmente, como em meados do século
XXI, há os que reclamam que já não se faz mais Carnaval como os de antigamente. Mas
a festa está aí, para quem gosta, e o feriado também, para quem prefere o repouso.


Bom Carnaval para todos!


Carlos Pompe é comunista, revolucinario, cronista e curioso  do Mundo e colunita do VERMELHO!
@Carlopo

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

PCdoB: história de lutas pelo socialismo e Revolução!





PCdoB: 18 de fevereiro e 25 de março, uma só festa Neste sábado,18 de fevereiro, transcorre o 50º aniversário da reorganização revolucionária do PCdoB, quando, sob a liderança de João Amazonas, Maurício Grabois, Carlos Danielli e Pedro Pomar, os comunistas brasileiros se insurgiram contra a onda liquidacionista e oportunista de direita que assolou as fileiras do partido na segunda metade dos anos1950. Dentro de um mês, em 25 de março – comemoram-se os 90 anos da fundação do partido. Não há como celebrar as duas datas separadamente. Em 1922, surgia o partido, em 1962, começava a consolidar-se um núcleo marxista-leninista, em meio a autocríticas sobre o passado.
Em diferentes momentos de sua história, o partido comunista tinha sido acometido por surtos de oportunismo, ora de “esquerda”, ora de direita e por divisões internas. Isto não deixou de afetar negativamente a sua afirmação como corrente política de peso no País, pois as divisões são sempre danosas. No caso de 1962, a ruptura correspondeu à salvação de um projeto comunista e socialista revolucionário no País. A degradação do PCB, até sua liquidação e transformação em PPS, é disto uma cabal demonstração.

 A existência do Partido Comunista do Brasil corresponde a uma necessidade objetiva do desenvolvimento das lutas sociais. No longínquo março de 1922, sua fundação fez parte do ambiente de mobilizações democráticas e renovação cultural que contagiaram a incipiente classe operária da época, a intelectualidade, os setores médios e os militares patrióticos. É um acontecimento que está inscrito na mesma cadeia de eventos do qual fizeram parte a greve geral de 1917, a Semana de Arte Moderna de 1922 e as revoltas tenentistas democráticas, entre elas a Coluna Prestes. 

Obviamente, a fundação do partido comunista no Brasil guardou também relação direta com os acontecimentos mundiais do início do século 20, sendo o mais importante de todos a Grande Revolução Socialista de Outubro na Rússia, em 1917, que deu origem ao primeiro Estado dirigido pelos trabalhadores sob a liderança do partido comunista.

Para a militância comunista jovem, assim como para os quadros maduros e os dirigentes, os amigos, aliados, simpatizantes e eleitores, celebrar o aniversário do PCdoB e de sua reorganização deve corresponder a um investimento de energias intelectuais e materiais para que este partido se desenvolva e consolide como uma força de combate pelo socialismo no Brasil. Isto significa renovar esforços para que o partido desempenhe papel de destaque na luta política e social como uma força irreconciliável com as classes dominantes retrógradas, opressoras e entreguistas; uma força antagônica ao imperialismo, um partido de classe, portador das aspirações históricas dos trabalhadores e de todo o povo brasileiro; capaz de sintetizar em plataformas políticas amplas e unitárias, as questões emergentes, como a nacional, a democrática e a popular, sempre em ligação com a perspectiva socialista; um partido de todas as lutas do povo brasileiro e nítida identidade comunista.

 A ruptura com o revisionismo e o oportunismo de direita em 1962, fortemente marcada por acontecimentos externos, no âmbito do movimento comunista internacional, foi provocada também por razões internas, relacionadas com a tática e a estratégia da revolução brasileira e a construção do partido. Um grupo reformista e oportunista rasgou o programa do 4º Congresso, de 1954, que embora com limitações políticas e ideológicas, era, em essência, revolucionário. Substituiu-o pela Declaração de Março de 1958, que entrou para a história do movimento comunista do Brasil como o documento fundador do revisionismo contemporâneo e do oportunismo de direita. Foi a partir da reorganização revolucionária em 1962 e da experiência acumulada na luta contra a ditadura militar iniciada em 1964, que o partido comunista alcançou o seu amadurecimento tático e estratégico.

O PCdoB aprendeu que era indispensável enraizar-se entre as massas, inserir-se no curso político, enfrentar os grandes e pequenos embates políticos do cotidiano, concertar alianças amplas e acumular forças revolucionariamente. Desde então, caracteriza-se por ser o partido das lutas do povo brasileiro. As atuais conquistas democráticas e patrióticas do povo brasileiro têm muito a ver com a contribuição do Partido Comunista do Brasil. O ciclo político que o país atravessa a partir da vitória de Lula, faz parte da história de 90 anos do PCdoB. Ao tempo em que é uma realidade nova e de desenrolar dinâmico, propicia o desenvolvimento e enriquecimento do pensamento estratégico e tático dos comunistas.

 No transcurso dos 50 anos da reorganização do PCdoB e 90 da sua fundação, renova-se também o esforço para construir um partido comunista organicamente forte, ideológica e politicamente capaz, à altura da sua missão histórica, ligado às massas, em especial aos trabalhadores, um partido com força militante, influência política ampla, presente nos acontecimentos candentes, dotado de amplo horizonte histórico, cultural e teórico, enraizado no solo nacional, patriótico e internacionalista. Nos idos de 1945 a 1948 o partido foi edificado com algumas dessas características e tinha, ademais, força eleitoral. Hoje está em curso uma complexa construção, que necessita de persistência no rumo e constante avaliação, verificação e aperfeiçoamento.

O empenho atual se volta para construir um partido de massas e de quadros, renovado nas formas de atuação e de organização, na atualização de conceitos e métodos, mantendo sempre os princípios de um partido com identidade comunista, perspectiva estratégica socialista e marcado caráter de classe como partido dos trabalhadores. No plano político, agigantam-se os desafios de aglutinar ampla frente partidária, social e de personalidades para lutar por um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento e reformas estruturais de conteúdo democrático, popular e patriótico que abram caminho à construção de uma nação soberana, democrática e socialmente progressista.

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Caia na Folia!!!

Pra quem gosta de Samba e Carnaval tai a dica:
Em Brasilia pode-se desfilar e brincar em duas escolas de Samba que abriu alas para os comunistas e amigos. A ARUC do nosso querido MOA e a Academicos da Asa Norte.
Em São Paulo e Rio de Janeiro pode-se desfilar nas escolas de sua preferencia ou  no bloco ”Tô no Vermelho”, que esta nas ruas desde ontem. Nos demais Estados em sua maioria tem também o “Tô no Vermelho”! È isto ai gente. È só sair e brincar nesta festa momesca  que vai de hoje até quarta feira de cinzas.  JÁ DA BAHIA NÃO DÁ NEM PRA FALAR. É SÓ SAIR DE CASA E CAIR NA FOLIA!!!!

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Nota oficial sobre meu estado de doença!!


Aos camaradas, amigos e curiosos sobre meu estado de doença. Venci hoje, dia 14 de fevereiro, duas etapas. Passei a tarde no Hospital SARAH de Brasilia e fiz dois exames de “ressonancia magnética” da cabeça e da coluna vertical. Os resultados só terei dia 27, quando fizer também o “exame das agulhinhas” para medir as forças de meus músculos. Ai os médicos do SARAH vão determinar, se preciso de outra cirurgia na coluna para reverter o atual processo de perda de forças do lado direito do corpo, notadamente nas mãos ou se precisarei apenas de tratamento via medicamentos e fisioterapia.
 Mas venci outra questão importante para mim. As ultimas ressoancias que fiz, foram feitas comigo sedado por causa de uma “síndrome de pânico” que eu tinha. Superei hoje esta síndrome e fiz as duas ressoancias de “cara limpa”, sem sedativos. Estou otimista que logo voltarei a no mínimo ao estado em que estava e se possível, avançar mais na recuperação de meu sistema motor quase ao normal pelo menos. È isto ai!!! Vamos em frete que atras vem gente, empurrando!!

domingo, fevereiro 12, 2012

Jovens vão a Cuba em missão de Solidariedade.

No final de janeiro, num comercial paraibano de um prédio residencial, um colunista
social afirmou que sua mulher e filhos estavam presentes no lançamento do
empreendimento, “menos Luiza, que está no Canadá”. O episódio ganhou postagens na
mídia social, brincando com o fato. Dias depois, quando Luiza voltou ao Brasil, lá estava, no
aeroporto, uma equipe do Jornal Nacional, da Rede Globo, dando dimensão jornalística a uma
banalidade. No dia seguinte à reportagem, Jenny, uma alagoana militante do PCdoB baiano,
embarcou para Cuba, numa viagem nada banal: integrava a XIX Brigada Sul-Americana de
Solidariedade a Cuba.

Coordenada pelo Instituto Cubano de Amizade com os Povos, a brigada se formou com
delegações da Argentina, Brasil, Chile e Uruguai, somando 230 integrantes, dos quais 126
brasileiros e, destes, 13 residentes na Bahia. O objetivo foi ampliar a compreensão da
realidade cubana e, ao mesmo tempo, realizar jornadas de trabalho voluntário, como aporte ao
desenvolvimento agrícola na esfera produtiva do país, e como turismo político-cultural.

Ao contrário da garota da elite nordestina, Jenny e muitos outros brigadistas brasileiros fazem
parte do que vem sendo chamado de “nova classe C”: vivem do próprio trabalho, alguns se
endividaram para fazer a viagem e todos uniram o prazer de uma viagem turística ao empenho
de fortalecer a luta pela construção de uma sociedade em que a busca do lucro e da fugaz
celebridade sem causa não é o objetivo central. Antes do embarque, os viajantes compraram
material escolar, produtos de limpeza, de higiene e saúde e alimentos não perecíveis. Uma
forma de ajudar os insulanos a enfrentar o criminoso bloqueio econômico imposto pelos
Estados Unidos.

Na Ilha ficaram até 5 de fevereiro. Durante o período, quando conseguia acesso à internet,
Jenny postava: “Até o momento, várias emoções estão acontecendo ao mesmo tempo. Fomos
para Varadero ontem, coisa linda de morrer, inacreditável existir um local como aquele. Comida
e bebida inclusas no hotel com transporte por 25 cucs, mui maravilhoso. Hoje tivemos atividade
de iniciação na brigada e, com todos chegando, foram feitas as reuniões, recomendações e um
pouco da historia de Cuba e do que estão enfrentando atualmente. Acordamos todos os dias
às 5 da manha, com o galo cantando e musica latina. Banho gelado e todos muito animados.
Comida boa e farta. Palestras várias e todas emocionantes e repletas de ideologia e patriotismo.
Ahhh, a net é uma porcaria.”.

Alguns dias depois: “Pessoal, tentarei ser breve. pois a net está péssima e a fila interminável.
Bem, ontem fomos a Santa Clara e visitamos o Memorial do Che. Hoje fomos fazer nosso
trabalho voluntário no campo. Amanhã também será no campo”. Após dois dias: “Inicialmente
gostaria de dizer que o trabalho no campo realmente é extremamente pesado, ao menos
para mim que não possuo prática alguma, e muito cansativo, como cortar cana. Mas muito
interessante saber que os trabalhadores do campo daqui possuem nível superior, alguns em
filosofia, agronomia, história e assim por diante. Somos tratados com todo o carinho do mundo
por vir ate aqui e contribuir. A política daqui e totalmente diferente da do Brasil”.

Na capital, os internacionalistas participaram de uma manifestação: “Ontem fomos a Havana
velha, muito parecida com o Pelourinho. Participamos da marcha das tochas, junto com
a juventude cubana. Inacreditável a organização e, mais uma vez, o patriotismo de todos
eles. Não dá para descrever a emoção de ver quase 20 mil pessoas caminhando com tochas,
pontualidade e disciplina. Pudemos visitar o Museu da Revolução. É lindo, repleto de história
viva e forte. As ruas limpas, nada aqui cheira ruim e, mesmo sendo tudo muito antigo, a
organização e limpeza são de espantar”.

Enquanto a XIX Brigada estava lá, Cuba recebeu a visita da presidenta Dilma, acompanha
de um batalhão de repórteres brasileiros. As emissoras de TV mandaram seus jornalistas
procurarem uma blogueira pró-imperialista, queridinha da mídia reacionária, e pautou
reportagens acentuando as dificuldades vividas pelos cubanos – responsabilizando a revolução,

e não o cerco estadunidense, pelas vicissitudes enfrentadas. A atividade dos sul-americanos foi
vitimada pela conspiração do silêncio dos que cobriram a visita presidencial.

Alheios a isso, os brigadistas visitaram a Ilha da Juventude como um de seus últimos
passeios: “Lições de vida e solidariedade realmente é o que mais me impressionam no povo.
A recepção que fazem para nos brigadistas é coisa de outro mundo. Não tenho palavras para
descrever, apenas lágrimas nos olhos por lembrar o momento que estamos sendo privilegiados
de estar vivendo aqui. Muita emoção à flor da pele. Como viveríamos melhor em uma sociedade
onde o ser humano fosse o foco”, postou a comunista brasileira.

Antes de partir, os brasileiros, argentinos, chilenos e uruguaios escreveram uma Declaração de
Solidariedade: “Cuba é hoje um país onde a seguridade social está garantida. Todos os cubanos
e cubanas, de qualquer idade, têm direito à educação, em todos os níveis, sendo esta gratuita,
totalmente subsidiada, de qualidade e avançada. O mesmo ocorre com demais direitos sociais:
alimentação, saúde, pesquisa, habitação, lazer, aposentadoria, cultura, esportes”. Fazem
também uma série de denúncias dos crimes perpetrados contra a Ilha socialista. Leia a íntegra
da declaração no link:

http://edisonpuente.blogspot.com/2012/02/declaracao-de-solidariedade-xix-brigada.html

Os brasileiros desembarcaram de volta no dia 6 de fevereiro. A equipe do Jornal Nacional não
estava lá. Globo, nada a ver.

No circulo, Jenny!
Solidarizemo-nos também pelo twitter: @Carlopo

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

È hora de esmagar o "ovo da serpente" enquanto é tempo!!


Porque tanta reclamação contra o PIG(Partido da Imprensa Golpista) e nenhuma  ação concreta??

A Imprensa é livre mas não isenta e arbitraria impunemente! Existem leis contra suas mentiras e invenções! As Emissoras de Rádio e TV são concessões publicas, não teem donos. Tem concessionários, obrigados A CUMPRIR AS LEIS! Mas esta imprensa e as emissoras de TV e Rádios brasileiras estão nacionalmente nas mãos de quatro ou cinco famílias e nos Estados a mesma forma de dominação. Queremos enquadra-las? Então vamos Lá!

Que paguem seus enormes( e impagáveis) débitos com o INSS para começar. Depois, os empréstimos que o BNDES e outros bancos publicos lhe concederam, para financiar suas expansões e aquisições e ampliação de TVs a Cabo e Internet e que são “rolados” “ad eternum” e nunca pagos. Se isto não bastar, para coloca-las de joelhos e cumprir as leis e os bons costumes, vamos radicalizar um pouco. Suspenda-se todo e qualquer anuncio do governo e suas Estatais e Bancos públicos nestas emissoras e jornais que se dizem tão “independentes e livres”.

Por fim e em ultimo caso, cassem-lhes as concessões. Motivos não faltam! Eles violam as leis diariamente e mentem descaradamente, são imparciais e assacam contra a moral e os direitos dos cidadãos, o governo livremente eleito e autoridades publicas a todo instante!  É SIMPLES ASSIM MESMO!  Não  viram o que o presidente Chaves fez na Venezuela?


Só ficar reclamando com a vizinha não dá! Temos que agir já! “È o ovo da  serpente” que precisa ser esmagado enquanto é tempo!! 

Consórcios de empreiteiras só "roubam" dinheiro publico!

Uma questão não resolvida pelos governos petista ou não, é de quem são estes consórcios que ganham todas as grandes obras, concessões ou empreendimento no Brasil recente. Oligopolizados pelas benesses da Ditadura Militar, construtoras principalmente, como Odebrecht(hoje atuando em vários setores da economia), Andrade Gutierres, Camargo Correia, OAS e poucas outras, ganham todas as licitações, depois terceirizam os serviços. Conseguem aditivos “ad eternum” nos contratos e algumas vezes sequer completam as obras.

 E eles continuam ai ganhando e se enriquecendo. Toda grande obra ou permissão e concessão, os mesmos empreiteiros estão lá formando seus consórcios,que são verdadeiras quadrilhas. Este é o "crime organizado" que o governo federal ou  dos Estados e a Justiça não vê, não pune, mas previlegia!


Nunca governo ou Justiça investigou as  falcatruas e a riqueza acumulada  destes empresários. Continuam ai, começa governo, acaba governo. Democratizar a participação de pequenas e médias empresas, capitalizando-as e dando-lhes oportunidades de crescer, ninguém discute ou propõe!
Um exemplo são as obras de ampliação do Aeroporto de Vitória. 


Desde o inicio do governo Lula, foi feita a "licitação" e quem ganhou foi um consórcio formado pelas grandes empreiteiras que nada fizeram a não ser terceirizar as obras, "engolir" as verbas e tudo continua na mesma. O TCU embargou as obras e pediu revisão dos contratos e até agora, quase 8 anos depois tá tudo lá do mesmo jeito. Processo e cadeia para os ladrões, nada !!!

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Manu Chao, o musico frances e sem patria que canta e prega a Revolução por onde passa!






Manu Chao (nascido em Paris21 de junho de 1961), cujo nome completo é Jose-Manuel Thomas Arthur Chao é um músico francês.
Algumas vezes usou o pseudônimo Oscar Tramor. Seu pai é um conhecido escritorgalegoRamón Chao. Manu cresceu bilíngue, influenciado pela crescente cena punkque se desenvolvia na França. Na adolescência, chegou a tocar em algumas formações, incluindo o grupo rockabilly Hot Pants, que foi bem recebido pela crítica, mas não teve muita repercussão[1].
Após desistir do Hot Pants, Manu montou o Mano Negra, uma banda eclética com influências de música francesaespanhola, além da forte presença do punk via The Clash. O nome é uma homenagem a uma organização anarquista que operava na Espanha na época. O primeiro single do Mano Negra foi Mala Vida, e seu grande sucesso na França rendeu ao grupo um contrato com a gravadora Virgin.
Em 1992, o Mano Negra fez uma turnê pela América Latina. Mas não foi uma turnê comum: os integrantes da banda viajavam de barco, ao lado de atores e de um circo, tocando em cidades portuárias ao longo de toda a costa do continente. Um dos momentos mais marcantes aconteceu no Rio de Janeiro, durante a convenção mundial Eco 92: na Praça dos Arcos da Lapa, o Mano Negra fez um show que contou com a participação de Jello Biafra, da banda estadunidense Dead Kennedys.
Em 1995, o Mano Negra mudou-se para a Espanha, onde Manu montou um projeto paralelo, o Radio Bemba Sound System, junto com outros integrantes. Essa mistura causou atritos internos, o que levou ao fim do Mano Negra.
Sem banda, Manu voltou para a América do Sul e passou os anos que se seguiram viajando com seu violão e gravando apenas ocasionalmente, sem compromisso. O resultado musical de suas viagens, o disco Clandestino, foi lançado em 1998. A repercussão inicial foi tímida, mas Clandestino acabou sendo um grande sucesso na França e na América Latina (em especial no Brasil), apesar de suas letras serem uma mistura de inglêsfrancêsespanholgalego e português. Músicas comoDesaparecido e a faixa-título tocaram nas rádios brasileiras e tiveram ótima repercussão.
Em 2000, Manu Chao participou do Free Jazz Festival, fazendo shows bem-sucedidos e presenciados, no Rio de Janeiro, por Caetano Veloso e vários artistas brasileiros. Em junho de 2001, o cantor lançou seu segundo disco, Proxima Estacion: Esperanza, com mais influências de música caribenha. Em 2005, gravou a música Soledad Cidadão, numa participação especial para Os Paralamas do Sucesso.
Para além disso, Chao gravou o tema Me Llaman Calle, tema esse que é a música principal do filme Princesas. Manu Chao participou em 2010 da Virada Cultural paulista se apresentando nas cidades de Araraquara e Santos. Sua visita ao Brasil também passou porBelém.
Em 13 de fevereiro de 2011 Manu Chao se apresentou no CCJ no bairro da Vila Nova Cachoerinha, zona norte de São Paulo, gratuitamente. No mês de novembro do mesmo ano, também se apresentou em um dos shows dos Jogos Universitários InterUNESPna cidade de Marília, São Paulo.editar
§  Eis alguns de seus discos
Clandestino (Virgin - 1998)
§  Próxima Estación: Esperanza (Virgin - 2001)
§  Radio Bemba Sound System (live álbum) (Virgin - 2002)
§  Banylonia en Guagua DVD (Virgin - 2002)
§  Sibérie m'était contée (Autoproducido - 2004)
§  La Radiolina (K Industria - 2007)
§  Estación Mexico (live álbum - 2008)

Entrevista feita na Bahia na sua ultima visita ao Brasil

Lucas Cunha, do A Tarde On Line
Pouco antes de ir para a Concha Acústica se apresentar pela primeira vez, em carreira solo, na capital baiana, Manu Chao cedeu esta entrevista no saguão do Hotel da Bahia, onde aguardava junto com os integrantes de sua banda a van que os levaria para o local da apresentação.
Muito simpático e sem nenhuma ponta de estrelismo, Manu pareceu não muito disposto a detalhar sobre sua relação pessoal com a Bahia, local por onde permaneceu por mais de uma semana antes de começar sua turnê brasileira em São Paulo na última quarta-feira(11).
Mas quando o assunto passou para Maradona, jogador que Manu já dedicou duas músicas em sua carreira, política (os presidentes Sarkozy, Lula e Obama) e música, o cantor francês de 47 anos, que aparenta bem menos, ficou bem mais a vontade.
Confira o bate-papo:
Antes do início da turnê brasileira, você passou alguns dias aqui na Bahia. Qual sua relação com o estado?
Primeiro tenho que dizer que é um prazer tocar aqui. Toquei em Salvador na Concha em 1992 com o Mano Negra. Ano passado, toquei com o Bnegão e Bi Ribeiro(no Festival de Verão). Agora, posso tocar com toda a banda. Acho que a Concha Acústica é um lugar único. Também quero mandar um “saludo” para o pessoal de Saúde, Cicero Dantas, lugares por onde eu passei. Elas moram no meu coração. Na verdade, eu viajei por aí. Foi muito bom.
Quando saiu o seu disco ao vivo “Radio Bemba Sound System”, tive a sensação que suas músicas funcionariam muito bem no carnaval de Salvador, em cima de um trio elétrico. Você toparia participar?
Eu nunca experimentei. Esse ano é impossível, estaremos na Argentina em turnê na época do Carnaval. Mas me agradaria muito. Com certeza seria algo interessante.
Sua última música de trabalho, que dá nome a turnê Tombolatour, “La Vida Tombola”, foi feita para o documentário do Emir Kusturica (cineasta sérvio) sobre o Maradona. Você já tinha feito uma outra canção, na época do Mano Negra (“Santa Maradona”), sobre o jogador. Qual sua impressão sobre ele?
Conheci Maradona em Nápoles, durante as filmagens do filme do Kusturica, quando fiz a música “La Vida Tombola”. O Diego tem essa coisa que é um Deus e, ao mesmo tempo, um diabo. E ele tem um pouco dos dois. O que é certo, vivendo com ele uns dois dias, é que não é fácil ser Diego Maradona. Ele é um cara da periferia, tem os códigos da periferia qualquer lugar do mundo, que são internacionais: de irmandade e malandragem. Tenho muito respeito por ele, agora é um amigo. Também tenho respeito por ele ser um dos poucos jogadores que sempre falou a verdade. A minha música fala que os verdadeiros bandidos estão na Fifa, não nos sapatos de Diego.
Não posso deixar de perguntar. Quem foi melhor: Pelé ou Maradona?
Não vou responder a isso (risos). Na verdade, a dúvida é entre Garrincha e Maradona.
Você sempre foi visto como um cronista da situação mundial. Queria que você desse sua opinião sobre três lideres de países que, de alguma forma, tem certa influência na sua vida: o francês Nicolas Sarkozy, do seu país de origem; o Lula, já que você tem um filho aqui no Brasil (o garoto mora em Fortaleza) e o Barack Obama, dos Estados Unidos.
O que conheço melhor é Sarkozy. Ele é vergonha da França. Representa a decadência da política na Europa. A primeira geração foi o Berlusconi na Itália, que vem totalmente do poder econômico. Ele não está lá para defender as pessoas, e sim, para defender a economia. Sarkozy é um filho de Berlusconi, totalmente comprometido com essa economia salvagem.
E Lula?
Eu não moro aqui, por isso não posso comentar sobre o Lula. Com certeza, ele poderia fazer mais. A outra certeza, como já faz tempo que ele está no poder, é que ele é melhor do que os outros que estiveram no poder antes.
E Obama?
O dia que ele foi eleito foi simbolicamente positivo. Mas ele é político, do partido Democrata, e até agora não me deu provas que vai mudar o imperialismo americano. Vamos ver. Mas, como falamos antes no caso do Lula, é bem melhor do que o que veio antes. Isso é positivo. Agora, se o cara vai mudar os Estados Unidos para um país menos agressivo mundialmente, tenho grandes dúvidas.
Uma das coisas mais interessantes que descobri ultimamente é a dupla de cantores do Mali Amadou e Mariam, que você produziu em 2005 no disco “Dimanche à Bamako” e tornou o grupo mais conhecido mundialmente. (Ano passado, a dupla lançou “Welcome To Mali”, já sem a produção de Manu Chao, mas igualmente celebrado pela crítica internacional). Você pretende trabalhar novamente na produção?
Agora estou o produzido um disco do filho de Amadou e Mariam, que vai sair esse ano. Ele tem uma banda de hip-hop, que se chama SMOD. É uma outra geração, mais urbana, entre 22 e 24 anos. É difícil tentar explicar sobre eles, porque é um hibrido: suas influências são a música tradicional do Mali e o hip-hop.
Em entrevistas na sua última passagem pelo Brasil, você disse que não gravaria mais discos. Continua afirmando isso?
Por agora, estou de cabeça nessa nova mistura que vem de Bamako (capital do Mali), isso é o que me interessa. Além disso, tenho um trabalho com uma rádio na Argentina, que é feita dentro de um hospital psiquiátrico com o pessoal de lá. Já estamos juntos há bastante tempo e devemos lançar algo relacionado a isso este ano.