sábado, março 31, 2012

È pra se emocionar mesmo. Hildegard, irmão de Stuart Angel nos faz até chorar tambem pelos nossos mortos e desparecidos!!

Chore por todos nós, Hilde!!!!!!


Hildegard Angel: A manifestação dos caras-pintadas diante do Clube Militar

Hildegard Angel, via Portal R7 e lido no Quem tem medo da democracia

Foi um acaso. Eu passava hoje [29/3] pela Rio Branco, prestes a pegar o Aterro, quando ouvi gritos e vi uma aglomeração do lado esquerdo da avenida. Pedi ao motorista para diminuir a marcha e percebi que eram os jovens estudantes caras-pintadas manifestando-se diante do Clube Militar, onde acontecia a anunciada reunião dos militares de pijama celebrando o “31 de Março” e contra a Comissão da Verdade.

Só vi jovens, meninos e meninas, empunhando cartazes em preto e branco, alguns deles com fotos de meu irmão e de minha cunhada. Pedi ao motorista para parar o carro e desci. Eu vinha de um almoço no Clube de Engenharia. Para isso, fui pela manhã ao cabeleireiro, arrumei-me, coloquei joias, um vestido elegante, uma bolsa combinando com o rosa da estampa, sapatos prateados. Estava o que se espera de uma colunista social.

A situação era tensa. As crianças, emboladas, berrando palavras de ordem e bordões contra a ditadura e a favor da Comissão da Verdade. Frases como “Cadeia Já, Cadeia Já, a quem torturou na ditadura militar”. Faces jovens, muito jovens, imberbes até. Nomes de desaparecidos pintados em alguns rostos e até nas roupas. E eles num entusiasmo, num ímpeto, num sentimento. Como aquilo me tocou! Manifestantes mais velhos com eles, eram poucos. Umas senhoras de bermudas, corajosas militantes. Alguns senhores de manga de camisa. Mas a grande maioria, a entusiasmada maioria, a massa humana, era a garotada. Que belo!

Na noite de quinta-feira, dia 29, foto de Herzog, um dos símbolos da luta pela democracia e liberdade de expressão, é projetada na fachada do Clube Militar.

Eram nossos jovens patriotas clamando pela abertura dos arquivos militares, exigindo com seu jeito sem modos, sem luvas de pelica nem punhos de renda e sem vosmecê, que o Brasil tenha a dignidade de dar às famílias dos torturados e mortos ao menos a satisfação de saberem como, de que forma, onde e por quem foram trucidados, torturados e mortos seus entes amados. Pelo menos isso. Não é pedir muito, será que é?

Quando vemos, hoje, crianças brasileiras que somem, se evaporam e jamais são recuperadas, crianças que inspiram folhetins e novelas, como a que esta semana entrou no ar, vendidas num lixão e escravizadas, nós sabemos que elas jamais serão encontradas, pois nunca serão procuradas. Pois o jogo é esse. É esta a nossa tradição. Semente plantada lá atrás, desde 1964 – e ainda há quem queira comemorar a data! A semente da impunidade, do esquecimento, do pouco caso com a vida humana neste país.

E nossos quixotinhos destemidos e desaforados ali diante do prédio do Clube Militar. “Assassino!”, “Assassino!”, “Torturador!”, gritava o garotinho louro de cabelos longos anelados e óculos de aro redondo, a quem eu dava uns 16 anos, seguido pela menina de cabelos castanhos e diadema, e mais outra e mais outro, num coro que logo virava um estrondo de vozes, um trovão. Era mais um militar de cabeça branca e terno ajustado na silhueta, magra sempre, que tentava abrir passagem naquele corredor humano enfurecido e era recebido com gritos e desacatos. Uma recepção com raiva, rancor, fúria, ressentimento. Até cuspe eu vi, no ombro de um terno príncipe de Gales.

Magros, ainda bem, esses velhos militares, pois cabiam todos no abraço daqueles PMs reforçados e vestidos com colete à prova de balas, que lhes cingiam as pernas com os braços, forçando a passagem. E assim eles conseguiram entrar, hoje, um por um, para a reunião em seu Clube Militar: carregados no colo dos PMs.

Os cartazes com os rostos eram sacudidos. À menção de cada nome de desaparecido ao alto-falante, a multidão berrava: “Presente!”. Havia tinta vermelha cobrindo todo o piso de pedras portuguesas diante da portaria do edifício. O sangue dos mortos ali lembrados. Tremulavam bandeiras de partidos políticos e de não sei o quê mais, porém isso não me importava. Eu estava muito emocionada. Fiquei à parte da multidão. Recuada, num degrau de uma loja de câmbio ao lado da portaria do prédio. A polícia e os seguranças do Clube evacuaram o local, retiraram todo mundo. Fotógrafos e cinegrafistas foram mandados para a entrada do “corredor”, manifestantes para o lado de lá do cordão de isolamento. E ninguém me via. Parecia que eu era invisível. Fiquei ali, absolutamente sozinha, testemunhando tudo aquilo, bem uns 20 minutos, com eles passando pra lá e pra cá, carregando os generais, empurrando a aglomeração, sem perceberem a minha presença. Mistério.

Hildegard Angel chora durante a manifestação.
Até que fui denunciada pelas lágrimas. Uma senhora me reconheceu, jogou um beijo. E mais outra. Pessoas sorriram para mim com simpatia. Percebi que eu representava ali as famílias daqueles mortos e estava sendo reverenciada por causa deles. Emocionei-me ainda mais. Então e enfim os PMs me viram. Eu, que estava todo o tempo praticamente colada neles! Um me perguntou se não era melhor eu sair dali, pois era perigoso. Insisti em ficar lá mesmo, com perigo e tudo. E ele, gentil, quando viu que não conseguiria me demover: “A senhora quer um copo d’água?”. Na mesma hora o copo d’água veio. O segurança do Clube ofereceu: “A senhora não prefere ficar na portaria, lá dentro?” “Ah, não, meu senhor. Lá dentro não. Prefiro a calçada mesmo”. E nela fiquei, sobre o degrau recuado, ora assistente, ora manifestante fazendo coro, cumprindo meu papel de testemunha, de participante e de Angel. Vendo nossos quixotinhos empunharem, como lanças, apenas a sua voz, contra as pás lancinantes dos moinhos do passado, que cortaram as carnes de uma geração de idealistas.

A manifestação havia sido anunciada. Porém, eu estava nela por acaso. Um feliz e divino acaso. E aonde estavam naquela hora os remanescentes daquela luta de antigamente? Aqueles que sobreviveram àquelas fotos ampliadas em PB? Em seus gabinetes? Em seus aviões? Em suas comissões e congressos e redações? Será esta a lição que nos impõe a História: delegar sempre a realização dos “sonhos impossíveis” ao destemor idealista dos mais jovens?

sexta-feira, março 30, 2012

"Cordão da Mentira" sai domingo em Sampa!

Esta manifestação poderá se repetir em outras capitais e cidades do País. A idéia é ir criando massa critica e musculatura social, para que o povo nas ruas exija posição firme do governo pela instalação da "Comissão da Verdade" imediatamente e parta para punir os usurpadores do poder no Golpe de 1964 e os algozes que torturaram, mataram, estupraram milhares de brasileiros e brasileiros. E porque não, exigir que outras reformas que o Brasil precisa e beneficiem o povo sejam iniciadas.  È só um começo de mobilização de massas, que exijam mudanças reais no Brasil. Os jovens já estão nas ruas! Vamos engrossar o caldo!!

Depois de torturadores, apoiadores da ditadura são alvos de protesto em São Paulo

Depois dos assassinos e torturadores, agora é a vez dos apoiadores do golpe civil-militar de 1964 serem alvos de protestos. Passando por jornais, empresas e lugares simbólicos do apoio civil à ditadura, o Cordão da Mentira irá desfilar pelo centro da cidade de São Paulo para apontar quais foram os atores civis que se uniram aos militares durante os anos de chumbo.
Os organizadores --coletivos políticos, grupos de teatro e sambistas da capital-- afirmam ter escolhido o 1º de abril, Dia da Mentira e aniversário de 48 anos do golpe, para discutir a questão "de modo bem-humorado e radical". Ao longo do trajeto, os manifestantes cantarão sambas e marchinhas de autoria própria e realizarão intervenções artísticas que, segundo eles, pretendem colocar a pergunta: “Quando vai acabar a ditadura civil-militar?”.

TRAJETO (confira resumo, no fim do texto)

A concentração acontecerá às 11h30, em frente ao cemitério da Consolação.Em seguida, o cordão passará pela rua Maria Antônia, onde estudantes da Universidade Mackenzie, dentre eles integrantes do CCC (Comando de Caça aos Comunistas), entraram em confronto com alunos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP. Um estudante secundarista morreu.
Dali, os foliões-manifestantes seguem para a sede da TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade), uma das organizadoras da “Marcha da Família com Deus, pela Liberdade”, que 13 dias antes do golpe convocava o exército para se levantar “contra a desordem, a subversão, a anarquia e o comunismo”.
Depois de passar pelo Elevado Costa e Silva --que leva o nome do presidente em cujo governo foi editado o AI-5, o mais duro dos Atos Institucionais da ditadura-- o bloco seguirá pela alameda Barão de Limeira, onde está a sede do jornal Folha de S.Paulo. Segundo Beatriz Kushnir, doutora em história social pela Unicamp, a Folha ficou conhecida nos anos 70 como o jornal de “maior tiragem” do Brasil, por contar em sua redação com o maior número de “tiras”, agentes da repressão.
A ação da polícia na Cracolândia, símbolo da continuidade das políticas repressivas no período pós-ditadura, bem como o Projeto Nova Luz, realizado pela Prefeitura de São Paulo, serão alvos dos protestos durante a passagem do cordão pela rua Helvétia.
Finalmente, será na antiga sede do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), na rua General Osório, que o Cordão da Mentira morrerá.

CORDÃO DA MENTIRA
Quando: Domingo, 1º de abril de 2012, a partir das 11h30
Onde: concentração no Cemitério da Consolação
TRAJETO
R. Maria Antônia – Guerra da Maria Antônia
Av. Higienópolis – sede da TFP
R. Martim Francisco
R. Jaguaribe
R. Fortunato
R. Frederico Abranches
Parada no Largo da Santa Cecília
R. Ana Cintra – Elevado Costa e Silva
R. Barão de Campinas
R. Glete
R. Barão de Limeira – jornal Folha de S.Paulo
R. Duque de Caxias – Cracolândia/Projeto Nova Luz
R. Mauá
Dispersão: R. Mauá com a R. General Osório – antigo prédio do Dops

quinta-feira, março 29, 2012

Divulguem e assinem manifesto de apoio aos Jovens!!!

Companheiros e companheiras,

                 O Levante Popular da Juventude, que realizou uma ação de denúncia dos torturadores e em defesa da Comissão da Verdade, necessita de solidariedade e apoio da sociedade. Sua página na internet  www.levante.org.br já foi derrubada e alguns vídeos no youtube foram censurados.
                 Para assinar o abaixo assinado eletronico de apoio á corajosa iniciativa dos jovens, acesse:

 www.manifestolivre.com.br/ml/exibir.aspx?manifesto=levantecontratortura

Estou esperando a adesão massiva da UJS,UNE,UBES e outras organizações de mobilização de jovens e movimentos sociais junto a Juventude Rebelde. Sem pressão, os carrascos continuam a solta por ai e conspirando contra a democracia e o povo brasileiro.

quarta-feira, março 28, 2012

Todo apoio a Juventude Rebelde que denuncia e apontam torturadores e seus asseclas!!!

Levante Popular da Juventude denuncia retaliações após protestos

março 28, 2012

A equipe de comunicação do Levante Popular da Juventude, que promoveu na última segunda-feira (26) atos de protesto em várias capitais brasileiras contra acusados de prática de tortura e outros crimes durante a ditadura, divulgou nota dizendo que a entidade começou a sofrer retaliações depois das manifestações. “Um dia após a ação de denúncia aos torturadores e em defesa da Comissão da Verdade”, diz a nota, “o servidor onde o site da organização está hospedado foi atacado impossibilitando o acesso ao endereço levante.org durante toda a tarde do dia 27 de março”.
Além disso, acrescenta a nota, “dezenas de mensagens de ameaça foram enviadas aos canais de comunicação”.  Diante disso, o Levante Popular da Juventude “refirma o seu compromisso com a busca da verdade e com a luta pelos direitos humanos, de modo que tais ataques não surtirão o efeito desejado de intimidação”.
Foto: Leandro Silva

terça-feira, março 27, 2012

Serviço de Utilidade publica do Blog!

MUITO INTERESSANTE!!!

Cinco informações úteis não divulgadas! Principalmente a QUARTA

1. Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperAr um tempão na fila.
O cartório eletrônico, já está no ar!

Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbitos, imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela internet.
Para pagar é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por Sedex.

Passe para todo mundo, que este é um serviço da maior importância.
2. DIVULGUE. É IMPORTANTE: AUXÍLIO À LISTA
Telefone 102... não!
Agora é: 08002800102
Vejam só como não somos avisados das coisas que realmente são importantes......
NA CONSULTA AO 102, PAGAMOS R$ 1,20 PELO SERVIÇO.
SÓ QUE A TELEFÔNICA NÃO AVISA QUE EXISTE UM SERVIÇO VERDADEIRAMENTE GRATUITO.

Não custa divulgar para mais gente ficar sabendo.

3. Importante: Documentos roubados - BO (boletim de occorrência) dá gratuidade - Lei 3.051/98 - VOCÊ SABIA???

Acho que grande parte da população não sabe, é que a Lei 3.051/98 que nos dá o direito de em caso de roubo ou furto (mediante a apresentação do Boletim de Ocorrência), gratuidade na emissão da 2ª via de tais documentos como:
Habilitação (R$ 42,97);
Identidade (R$ 32,65);
Licenciamento Anual de Veículo (R$ 34,11)..

Para conseguir a gratuidade, basta levar uma cópia (não precisa ser autenticada) do Boletim de Ocorrência e o original ao Detran p/ Habilitação e Licenciamento e outra cópia à um posto do IFP..
4. ARTISTA FAMOSOS FICAM EM FORMA COM EXERCICIO E DIETA?

Tudo mentira, os famosos tem uma receita secreta que deixa o corpo em forma sem esforço,
porisso conseguem perder peso muito rapido.
Tem uma coluna da Globo que mostra como funciona - http://www.dicasboaforma.com/

5. MULTA DE TRANSITO : essa você não sabia

No caso de multa por infração leve ou média, se você não foi multado pelo mesmo motivo nos últimos 12 meses, não precisa pagar multa. É só ir ao DETRAN e pedir o formulário para converter a infração em advertência com base no Art. 267 do CTB. Levar Xerox da carteira de motorista e a notificação da multa.. Em 30 dias você recebe pelo correio a advertência por escrito. Perde os pontos, mas não paga nada.
Código de Trânsito Brasileiro
Art. 267 - Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa.

DIVULGUEM PARA O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS POSSÍVEL. VAMOS ACABAR COM A INDÚSTRIA DA MULTA!!!!

Gostaria, se possível, que cada um não guardasse a informação só para si

Leitura indispensavel para entender porque o PCdoB foi a Guerrilha!!

O PCdoB e o caminho da luta armada
Por Osvaldo Bertolino
A complexidade dos fenômenos que se entrelaçaram na reorganização do Partido Comunista do Brasil em 1962 e a definição do caminho a seguir constituem um dos capítulos mais decisivos da história dos comunistas no Brasil. O advento do golpe de 1964 acrescentou mais obstáculos àquela encruzilhada diante da qual era preciso tomar decisões rápidas e ousadas.
Mao Tse-tung recebe João Amazonas e Lincoln Oest
A conclusão é lógica. Ao cunhar o slogan “O Partido do socialismo com a cara do Brasil” para comemorar seus 90 anos, o Partido Comunista do Brasil vincou o traço nacional que o acompanha desde 1922. É uma distinção importante porque, em sua trajetória, os comunistas foram falsamente acusados de pertencerem a uma organização sem raízes no país. Esse argumento foi um dos utilizados nas campanhas da década de 1940 para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar o registro legal do Partido. Mas o determinante nessa lembrança de que o socialismo precisa ter a cara do Brasil é a compreensão desenvolvida sobre como a teoria marxista deve ser aplicada depois que diferentes modelos se esgotaram, deixando um vazio teórico imediatamente detectado pelas organizações revolucionárias.
O Partido Comunista do Brasil, apesar das suas notórias inclinações para as questões nacionais, ao longo de sua história elaborou teses que transitaram por diferentes modelos de socialismo. Por óbvio, o paradigma soviético, em seus primeiros períodos, foi o mais idealizado. Quando, em 1956, os principais dirigentes do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) propuseram o que diziam ser outro caminho para o socialismo, no Brasil houve o conhecido choque de opiniões que levou à criação do Partido Comunista Brasileiro e à reorganização do Partido Comunista do Brasil — agora um PCB, outro PCdoB.
Acusados pelos líderes do PCUS de serem instrumentos dos chineses na divisão do movimento comunista brasileiro, os dirigentes do PCdoB reagiram dizendo, na resposta a Krushev publicada no jornal A Classe Operária de 1º de agosto de 1963, que “os fatos demonstram sobejamente que a cisão teve como causas principais fatores de ordem interna.” Não era apenas uma proclamação. Até então, o Partido Comunista do Brasil, conhecido pela sigla PCB, mantinha uma unidade estabilizada desde a Conferência da Mantiqueira, realizada em 1943. Havia um núcleo dirigente, cujas figuras centrais, com exceção de Luis Carlos Prestes — além dele, marcaram essa época como dirigentes mais destacados João Amazonas, Maurício Grabois, Diógenes Arruda Câmara e Pedro Pomar —, marcharam unidas na reorganização de 1962.
João Amazonas e Lincoln Oes saem pelo mundo
Ao fazer o movimento para se afastar da nova orientação do PCUS, era natural que se aproximassem, no âmbito do movimento comunista internacional, de quem fazia oposição aos soviéticos — os comunistas da China e da Albânia. Mas antes eles deixaram claro que o problema era mais de ordem interna do que externa. O fundo da polêmica apareceu com a virada teórica proclamada pela “Declaração de março” e ratificada nas “Teses para discussão” do V Congresso, que ocorreria em 1960. A apologia do desenvolvimento do capitalismo, sem a distinção entre a burguesia nacional interessada na luta contra o imperialismo e os setores ligados ao capital monopolista de fora e sem valorizar o papel das massas como protagonistas decisivos no processo político, foi o centro do debate.
Com o norte definido pelo programa da reorganização, o PCdoB buscou estabelecer relações externas e não se isolar no cenário mundial. Havia a correta compreensão de que o cenário internacional se refletia de forma marcante na conjuntura interna. Ainda em 1962, João Amazonas e Lincoln Oest — este também dirigente do PCdoB — sairiam pelo mundo, começando pela América Latina, para estabelecer laços de solidariedade. Chegaram à China, onde foram recebidos por Mao Tse-tung. Na volta, relataram que, em muitos países, sentiram o clima hostil pela propagação da versão do novo PCB sobre as divergências entre os comunistas brasileiros.
Outro dirigente que valorizava as relações internacionais era Pedro Pomar. Quando a guerrilha liderada por Fidel Castro triunfou em Cuba, em 1º de janeiro de 1959, ele foi saudar a vitória e ver a experiência de perto. Esteve no país por duas semanas e meia e voltou entusiasmado. Segundo ele, tudo que dizia respeito à Revolução Cubana, a seus problemas e dificuldades, em uma palavra, ao seu destino, interessava profundamente às forças populares e patrióticas do Brasil. Demonstrava a pujança e o crescimento da luta libertadora e democrática na América Latina. Para Pedro Pomar, o exemplo da Revolução Cubana alentava a luta que os comunistas travavam pela emancipação nacional e social do povo brasileiro. A vitória do povo cubano era parte integrante daquela luta dos brasileiros e, como tal, precisava ser defendida.
Visitas de dirigentes do PCdoB a Cuba
O primeiro contato dos cubanos com os comunistas que reorganizariam o Partido Comunista do Brasil ocorreu quando Carlos Danielli, ainda no histórico PCB mas já em processo de afastamento cumprindo “missão” no estado do Espírito Santo, em abril de 1961, chefiou uma delegação de comunistas que visitou a ilha revolucionária. A visita coincidiu com a invasão do país por mercenários organizados pelos Estados Unidos na Praia Girón. Danielli e outros visitantes se apresentaram como voluntários e passaram uma noite de arma na mão, prontos para entrar em ação caso fosse necessário.
Em novembro de 1961, antes da “expulsão” do novo PCB, os comunistas que estavam contestando o rumo imprimido pelos dirigentes eleitos no V Congresso fundaram uma editora, a Edições Futuro, no Rio de Janeiro, que lançou, como primeiro título, a obra A Guerra de Guerrilhas, de Ernesto Che Guevara — a primeira do guerrilheiro famoso publicada no Brasil — prefaciada por Maurício Grabois. No primeiro semestre de 1962, a editora lançou De Moncada à ONU, traduzida por Pedro Pomar, com discursos de Fidel Castro, e a Segunda Declaração de Havana. Pedro Pomar escreveu o prefácio. Em abril de 1962, Grabois e Amazonas também visitaram Cuba e conversaram com Fidel Castro e Che Guevara, e com dirigentes comunistas da Coréia, da Albânia e da China. Pouco tempo depois, em agosto de 1962, Carlos Danielli, acompanhado de outro dirigente do PCdoB, Ângelo Arroyo, voltou ao país.
Para os dirigentes comunistas que reorganizaram o Partido, as relações internacionais sempre foram prioridade. Quando o debate das “Teses” ao V Congresso atingiu altas temperaturas, Pedro Pomar escreveu que era de enorme significação para o curso da política brasileira o exame do caráter da nova época que vivia a humanidade — a questão da guerra ou da paz e outros problemas de princípios. Mas a direção do Partido, segundo ele, subestimava a análise da situação internacional. Em 1963, ele e outro comunista, Consuelo Calado, visitaram a Tchecoslováquia, foram ignorados pelos dirigentes comunistas locais e seguiram para a Albânia e a China, onde foram bem recebidos.
Troca de farpas era aberta
O interesse da China pelo PCdoB, e vice-versa, era crescente. Na crise estabelecida com o XX Congresso do PCUS, em 1956, uma prolífica publicação de documentos mostrou o abismo que se formara entre a China e a União Soviética. Na mesma margem, ficaram o Partido Comunista da China (PCCh), o Partido do Trabalho da Albânia (PTA) e o PCdoB. A reação dos chineses às críticas de Kruschev a Josef Stálin dava bem a medida da distância que separava os dois contendores. Em outubro de 1961, o XXII Congresso do PCUS se prestou a novos ataques ao histórico líder soviético, vigorosamente rebatidos pelo representante chinês, Chou En-lai.
A troca de farpas era aberta. Quando Kruschev subiu à tribuna e começou a criticar em termos violentos a Albânia, Chou En-lai, que também era primeiro-ministro do seu país, retirou-se ostensivamente da sala de debates. Os soviéticos, em um lance teatral, chegaram ao extremo de retirar do túmulo de Lênin os restos mortais de Stálin, enquanto o representante chinês homenageava a sua memória, depositando uma coroa de flores na sepultura.
A produção de documentos, de parte a parte, também crescia vertiginosamente. O dossiê das divergências ia-se avolumando e, em 14 de junho de 1963, ganhou novo e precioso reforço: os comunistas chineses publicaram, em 25 pontos, as suas “proposições a respeito da linha geral do movimento comunista internacional”. O documento apontou as vastas regiões da Ásia, da África e da América Latina como convergentes nas contradições do mundo, onde a dominação imperialista estava mais fraca.
Os comunistas da China denunciavam o “revisionismo soviético” de uma forma que se mostravam continuadores do marxismo-leninismo, ao contrário do grupo de Kruschev. E todas as organizações que se manifestavam nessa linha eram apoiadas pelo PCCh. Um editorial doDiário do Povo de março de 1963 dizia, parafraseando o Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels, que os soviéticos temiam a verdade. “Um espectro ameaça o mundo: o espectro do autêntico marxismo-leninismo, e ele os assusta. Vocês não têm fé no povo, e o povo não tem fé em vocês. Vocês estão divorciados das massas. É por isso que temem a verdade”, cutucou. Em junho do mesmo ano, fracassou o último encontro sino-soviético para tentar a reconciliação e as comportas de toda a documentação acumulada foram abertas. A contenda era acompanhada com lupa pelo PCdoB.
Luta armada desponta no horizonte
Com o golpe de 1964, o acúmulo de experiências internacionais foi um ponto decisivo para a definição do caminho a seguir. Em junho daquele ano, o Comitê Central do PCdoB iniciou o debate sobre a tática de deslocamento do trabalho para o campo. Em agosto, aprovou a resolução divulgada com o título O Golpe de 1964 e seus ensinamentos, avaliando que o ocorrido era resultado dos avanços de um projeto estratégico dos setores mais reacionários internos a serviço do imperialismo norte-americano. Era hora de procurar novas formas de resistência. A luta armada era uma possibilidade que despontava no horizonte.
A direção do PCdoB chegou à conclusão de que para discutir profundamente a forma de enfrentar a ditadura era necessário convocar uma Conferência — a VI, realizada em julho de 1966 em São Paulo. A Conferência debateu e aprovou a linha política, contida no documento União dos brasileiros para livrar o país da crise, da ditadura e da ameaça neocolonialista. A certa altura do texto, o PCdoB apontou a guerrilha como uma das principais formas de luta contra a ditadura. “A ideia de que é indispensável empunhar armas para libertar o país do atraso e da opressão vem ganhando força”, diz o documento. “A luta revolucionária em nosso país assumirá a forma de guerra popular”, definiu a Conferência. “As forças armadas populares, inicialmente débeis, crescem e tornam-se fortes e superiores às do adversário. (...) Sendo parte integrante do povo, têm nele a fonte de sua invencibilidade.”
O PCdoB afastara-se de Cuba quando o governo de Fidel Castro optou pelo alinhamento com a União Soviética. Estava estudando as experiências de guerras populares na China e no Vietnã. O estudo da guerra popular no campo passou a ser uma prioridade. Muitos militantes do Partido foram para a China, onde receberam instruções político-militares. As relações políticas com os comunistas chineses e albaneses se estreitaram com sucessivas visitas de dirigentes do PCdoB àqueles países.  
Preparar o Partido para grandes lutas
Em fevereiro de 1968, o Comitê Central publicou o documento para estudo denominado Salve a grande vitória da guerra popular, de autoria de Lin Piao, um dos dirigentes da República Popular da China, com a sistematização das experiências política e militar chinesas dos vinte e dois anos da revolução naquele país. Em maio, o Comitê Central aprovou dois documentos. O primeiro, denominado Alguns problemas ideológicos da revolução na América Latina, posicionava-se a favor da China e da Albânia, e contra os Estados Unidos e a União Soviética. No aspecto ideológico, criticou o “fidelismo” e afirmou que “cada povo fará a sua revolução”. 
No segundo documento, denominado Preparar o Partido para grandes lutas, o PCdoB, com base nas mobilizações estudantis que tomavam corpo, disse que “o desprendimento e a energia da mocidade, bem orientada, são fatores de radicalização das lutas”. Mas alertava que “as zonas rurais constituirão as vastas áreas de manobra para os destacamentos armados do povo e nestas zonas encontrava-se o maior potencial revolucionário”. Outro texto, com o título A política estudantil do PCdoB, orientou os militantes naquele ano de grandes embates com a ditadura, quando greves e manifestações estudantis desafiaram os golpistas.
No começo de 1969, o PCdoB realizou uma reunião ampliada do Comitê Central na qual aprovou o documento Guerra popular — caminho da luta armada no Brasil, que expôs, “nos aspectos essenciais”, a concepção “da luta armada em que todo o povo brasileiro se empenhará para livrar o país da ditadura e do domínio imperialista norte-americano”, e o Manifesto ao povo, denunciando o banditismo da repressão e conclamando a unidade nacional para “derrubar os opressores”. A reunião também definiu que o PCdoB deveria ter “no interior (sic) o centro de gravidade do seu trabalho” e que “as forças armadas populares terão, durante muito tempo, de se orientar pelos princípios da defensiva estratégica e guiar-se por uma política correta”. E isso queria dizer, entre outras coisas, que o centro de atividades do Partido seria a luta armada – a “quinta tarefa”, como ficou conhecida na ordem de atividades definida pela direção do PCdoB. A primeira era a construção partidária.
Atualidade do pensamento de Lênin
A luta armada começava a sair da pena e a ser preparada efetivamente. Ao longo do ano de 1970, três documentos foram aprovados pelo Comitê Central para marcar a linha política do PCdoB. O primeiro, publicado em abril e escrito por João Amazonas e Maurício Grabois nas selvas do Araguaia, denominado Atualidade do pensamento de Lênin, foi a primeira manifestação pública de divergências com o Partido Comunista da China sobre a tese do “Pensamento de Mao Tse-tung” como uma “nova etapa do marxismo”. O segundo, de julho, com o título Mais audácia na luta contra a ditadura, aprofundava o movimento de revolucionarização iniciado no ano anterior. E o terceiro, de dezembro, intitulado Desenvolver ações mais vigorosas, orientou a militância para o “espírito de oposição das massas” com vista a “acelerar a preparação da luta armada”.    
Em setembro de 1971, Pedro Pomar voltou a visitar a Albânia e a China. Na volta, trouxe boas impressões do pequeno país dos Bálcãs, mas o que vira no gigante asiático o deixara encabulado. Encontrou-se com dirigentes comunistas chineses, demorou em longas trocas de opiniões com o primeiro-ministro Chou En-lai e visitou locais onde conversou com o povo. Disse à direção do PCdoB que vira indícios que aumentavam as convicções sobre erros dos chineses apontados no documento Soluções ilusórias, de janeiro de 1971, comentando os acontecimentos no Peru, na Bolívia e no Chile, países que faziam movimentos de distanciamento dos ditames norte-americanos, elogiados pela China. No Peru e na Bolívia, militares tomaram o poder e adotaram medidas nacionalistas. No Chile, vencera as eleições presidenciais o socialista Salvador Allende, que se declarara marxista.
Segundo João Amazonas, o PCdoB olhava com reservas para algumas posições dos comunistas chineses fazia um bom tempo. Quando escrevera, com Maurício Grabois, em plena selva do Araguaia, em abril de 1970, o texto Atualidade do pensamento de Lênin, um dos objetivos era contestar a tentativa chinesa de substituir o leninismo pelo "Pensamento de Mao Tse-tung". “O centenário do nascimento de Vladimir Ilitch Lênin é uma oportunidade para reverenciar a memória deste profundo pensador revolucionário e para ressaltar a grandiosidade de sua obra e a atualidade de sua doutrina”, escreveram. Era uma resposta à tese de que o “Pensamento de Mao Tse-tung” correspondia a uma terceira etapa do marxismo, aprovada no IX Congresso do PCCh, realizado em 1969, ao qual Maurício Grabois, que estava na China, não fora convidado a participar.
Grande atraso para a China
Em junho de 1971, A Classe Operária publicou um extenso documento, com o título “Duzentas milhas de demagogia”, segundo Amazonas uma resposta aberta à tese chinesa sobre o pretenso caráter antiimperialista da posição de governos reacionários e entreguistas que adotavam a fórmula das duzentas milhas de águas territoriais. “Pouco a pouco, vão se tornando claros os verdadeiros objetivos dos militares brasileiros ao estender o mar territorial para duzentas milhas. É cada vez maior o número daqueles que se perguntam: como pretendem defender os interesses nacionais no mar os generais que realizam uma descarada e aberta política de entrega do país aos imperialistas estrangeiros, principalmente norte-americanos? Se não defendem as riquezas existentes na terra, como defenderão os recursos do mar? A atitude dos militares brasileiros não passa, pois, de demagogia barata, de tentativa de engodo para encobrir a verdadeira traição aos interesses de nosso povo”, diz o texto.
Pedro Pomar saiu das conversas com os dirigentes chineses desanimado. Não sentira firmeza no apoio ao PCdoB em sua fase da luta armada e percebeu que o ecletismo era um traço típico das concepções políticas dos comunistas da China. Vira no lugar da dialética uma precária argumentação de que existia um equilíbrio orientando a política externa, proposição que ficaria famosa como a teoria dos três mundos. Os teóricos chineses dessa tese, segundo Pedro Pomar, se especializaram em panegíricos com seus laudatórios trabalhos que tentavam fundamentar uma nova etapa do leninismo. Mas, apesar das turras que se acentuariam nos anos seguintes, o rompimento do PCdoB com o “Pensamento de Mao Tse-tung” só ocorreria abertamente a partir de 1977.
As relações do PCdoB com os comunistas chineses hoje são amistosas. Eles mesmos agora têm posição fechada de que a chamada “Revolução Cultural”, ponto alto da aplicação de uma linha política radicalizada inicialmente apoiada por Mao Tse-tung, foi um grande erro e se constituiu em um grande atraso para a China.
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Editor do Portal Grabois

segunda-feira, março 26, 2012

Jovens(sempre eles!!) vão as ruas denunciar torturadores!!



Movimento de jovens realiza ação de denuncia contra torturador em São Paulo

Cerca de 150 jovens do Movimento Levante Popular da Juventude realizam um protesto contra o torturador David dos Santos Araújo, o Capitão "Lisboa", em frente a sua empresa de segurança privada Dacala, na Zona Sul da cidade de São Paulo, na Av. Vereador José Diniz, 3700.Os manifestantes promovem um ato de escracho contra David dos Santos para denunciar suas ações enquanto torturador do Regime Militar.
Em Belo Horizonte, cerca de 70 pessoas participaram de uma ação de escracho em frente a residência do torturador Ariovaldo da Hora e Silva, na manhã desta segunda-feira (26), no bairro da Graça. 


O Levante Popular da Juventude realiza ações simultâneas de denúncia de diversos torturadores em várias capitais do país, que continuam impunes. Os manifestantes apoiam a Comissão da Verdade e exigem a apuração e a punição sobre os crimes cometidos pela ditadura militar. 

O caráter das ações, conhecida como "escracho", baseia-se em ações similares as que acontecem na Argentina e no Chile, em que jovens fazem atos de denuncias e revelações dos torturadores que continuam soltos e sem julgamento sobre suas ações durante a Ditadura Militar.  

Quem é


David dos Santos Araújo é assassino e torturador, de acordo com Ação Civil Pública do Ministério Público Federal. A ação registra o seu envolvimento na tortura e morte de Joaquim Alencar de Seixas. Em agosto de 2010, o Ministério Público Federal ingressou com ação civil pública pedindo o afastamento imediato e a perda dos cargos e aposentadorias do delegado da Polícia Civil paulista pela participação direta de atos de tortura, abuso sexual, desaparecimento forçados e homicídios em serviço e nas dependências de órgãos da União.

Araújo é delegado de Polícia Civil aposentado e dono da uma empresa de segurança privada, a Dacala. Nas ações de repressão no Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operação de Defesa Interna (DOI-Codi) utilizava o nome de “Capitão Lisboa”.

O livro Dossiê Ditadura – produzido pela Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos – tem o registro de que Joaquim e seu filho, Ivan Seixas, foram presos em abril de 1971 e levados para o (DOI-Codi), onde foram espancados. Na sala de interrogatório, foram torturados um em frente ao outro.

Torturas

Os assassinos de Joaquim Alencar de Seixas foram identificados por seus familiares e companheiros como o então major Carlos Alberto Brilhante Ustra, o capitão Dalmo Lúcio Muniz Cirillo, o delegado Davi Araújo dos Santos, o investigador de polícia Pedro Mira Granziere e outros conhecidos apenas por apelidos.

Em depoimento no Dossiê Ditadura, Ivan Seixas contou que na sala de tortura foi pendurado no “pau de arara”, enquanto seu pai foi posto na “cadeira do dragão”. Ambos foram torturados por uma equipe de umas cinco pessoas, dos quais conseguiu identificar, entre outros, David dos Santos Araújo.

O “Capitão Lisboa” também é acusado de abuso sexual, como declarou Ieda Seixas, que em depoimento ao Ministério Público Federal disse que foi prensada na parede por ele, que depois enfiou a mão dentro da sua roupa, falando obscenidades e fazendo ameaças.

Armas ilegais

David dos Santos Araújo é portador de 111 armas em situação ilegal, de acordo com investigação da Polícia Federal. A empresa de segurança Osvil, de propriedade de Araújo, perdeu por irregularidades o alvará de funcionamento como empresa de segurança que autorizava o registro de armas.

Com isso, as armas deveriam ser entregues à Polícia Federal. No entanto, essas armas se encontram extraviadas. Depois de perder o alvará, Araújo abriu uma nova empresa de segurança, chamada Dacala Segurança, que tem como clientes o grupo Anhanguera Educacional, Banco Itaú, Ford, Jac Motors, Banco Safra, Volkswagen, Banco Santander.

O processo da PF afirma que ao todo Araújo tem mais de duzentas armas ilegais, além de um arsenal de oitocentas regularmente registradas em nome da empresa Dacala, que é acusada também pelo emprego ilegal de armas de fogo na atividade de segurança privada, de acordo com a Polícia Civil. 


Levante Popular da Juventude
 
O Levante Popular da Juventude é um movimento social organizado por jovens que visa contribuir para a criação de um projeto popular para o Brasil, construído pelo povo e para o povo. Não é ligado a partidos políticos.
 
Com caráter nacional, tem atuação em todos os estados do país, no meio urbano e no campo. Se propõe a articular jovens, militantes de outros movimentos ou não, interessados em discutir as questões sociais e colaborar para a organização popular. 
 
Tem como objetivo propiciar que a juventude tome consciência da sua história e da realidade à sua volta para transformá-la.
 
O Levante organiza a juventude para fazer denúncias à sociedade, por meio de ações de Agitação e Propaganda. Não há bandeiras previamente definidas. A luta política se dá pelas pautas escolhidas pelos próprios militantes, que realizam atividades de estudo e debates, sistematicamente, por todo o país.




MANIFESTO LEVANTE CONTRA TORTURA


Mas ninguém se rendeu ao sono.
Todos sabem (e isso nos deixa vivos):
a noite que abriga os carrascos,
abriga também os rebelados.
Em algum lugar, não sei onde,
numa casa de subúrbios,
no porão de alguma fábrica
se traçam planos de revolta.

Pedro Tierra

Saímos às ruas hoje para resgatar a história do nosso povo e do nosso país. Lembramos da parte talvez mais sombria da história do Brasil, e que parece ser
propositadamente esquecida: a Ditadura Militar. Um período onde jovens como nós, mulheres, homens, trabalhadores, estudantes, foram proibidos de lutar por uma vida melhor, foram proibidos de sonhar. Foram esmagados por uma ditadura que cruelmente perseguiu, prendeu, torturou e exterminou toda uma geração que ousou se levantar. 

Não deixaremos que a história seja omitida, apaziguada ou relativizada por quem  quer que seja. A história dos que foram assassinados e torturados porque acreditavam ser possível construir uma sociedade mais justa é também a nossa história. Nós somos seu  povo. A mesma força que matou e torturou durante a ditadura hoje mata e tortura a juventude negra e pobre. Não aceitamos que nos torturem, que nos silenciem, nem que enterrem nossa memória. Não esqueceremos de toda a barbárie cometida.

Temos a disposição de contar a história dos que caíram e é necessário expor e julgar aqueles que torturaram e assassinaram nosso povo e nossos sonhos. Torturadores e apoiadores da ditadura militar: vocês não foram absolvidos! Não podemos aceitar que vocês vivam suas vidas como se nada tivesse acontecido enquanto, do nosso lado, o que resta são silêncio, saudades e a loucura provocada pela tortura. Nós acreditamos na justiça e não temos medo de denunciar os verdadeiros responsáveis por tanta dor e sofrimento. 

Convidamos a juventude e toda a sociedade para se posicionar em defesa da Comissão Nacional da Verdade e contra os torturadores, que hoje denunciamos e que vivem escondidos e impunes e seguem ameaçando a liberdade do povo. Até que todos os torturadores sejam julgados, não esqueceremos, nem descansaremos.

Pela memória, verdade e justiça!
Levante Popular da Juventude


Informações à imprensa:

Lira  (11) 9952-8404
Caio (11)  7636-3462
Júnior (11) 8376-6155 

domingo, março 25, 2012

Salve Fernando Claro Dias, que com sua clarevidencia decidiu hoje entrar para o PCdoB. Salve, Salve!!



Extra, Extra!!! No aniversário dos 90 anos do PCdoB, Fernando Claro Dias, advogado e lutador do povo, decide entrar para o Partido! Viva!!! O cabra é bom! Carioca vivendo no Espirito Santo, vai trazer energia e força ao Partido em Vitória. Cuidem bem dele, Gildo, Iran, Suzano,hélio Garcia...

sábado, março 24, 2012

No aniversário dos 90 anos é bom lembrar quem foi o homem que criou a sigla"PCdoB"

 Moniz Bandeira: o homem que crou a sigla "PCdoB"
João Amazonas um dos fundadores e ideólogo mór do PCdoB. Fez com que o Partido seja o que é hoje!

*Carlos Pompe

Há 50 anos, João Amazonas, Pedro Pomar, Calil Chade e o deputado estadual do PSB, Jetero
Faria Cardoso, realizaram em São Paulo, capital, um ato comemorativo dos 40 anos do Partido
Comunista do Brasil. Foi a primeira atividade pública dos que não aceitaram a mudança
dos estatutos, do programa e do nome, para Partido Comunista Brasileiro, da entidade
fundada em 1922. Porém a sigla PCB, desde a fundação usada pelos comunistas, só era citada
eventualmente pelos reorganizadores. Eles optavam por escrever o nome do partido por
extenso ou por grafar PC do Brasil. O Partido Comunista Brasileiro se apoderou, política e
historicamente, da sigla PCB.

Desde o início, os reorganizadores reivindicaram a herança política e histórica do Partido
Comunista do Brasil, incorporando e defendendo as características que consideravam
revolucionárias e leninistas. Ao mesmo tempo, não negavam, mas faziam uma dura apreciação
crítica (autocrítica) do que consideravam reformista e revisionista na atividade prática e
teórica desenvolvida nos 40 anos anteriores da organização. Porém, na atuação desenvolvida
naquele período, inclusive pelo amplo prestígio e liderança de Luiz Carlos Prestes, principal
figura, à época, do PC Brasileiro (PCB), era difícil para os reorganizadores se apresentarem
como os verdadeiros herdeiros da trajetória comunista iniciada em 1922.

Um dos reorganizadores e, depois, dirigente do Partido, Dyneas Aguiar, contou ao historiador
Augusto Buonicore a origem da sigla que passou a diferenciar mais amplamente os dois
partidos: “A sigla PCdoB, para a qual não existia precedente, surgiu numa dessas reuniões
em Brasília com a participação de Amazonas. Nos primeiros documentos ainda se escrevia
Partido Comunista do Brasil, sigla PCB. A ideia de incluir o DO se deu numa reunião com alguns
jornalistas. Alguém falou: ‘vem cá, que negócio complicado é esse, tem PCB e PCB? Dois PCB?
Como podemos diferenciar os dois partidos? Não poderia ficar PCB e PCdoB’, pondo a tônica
no DO. Não sei precisar exatamente quem teve a brilhante ideia (...) Isso, possivelmente,
deve ter acontecido em meados de 1963. Nascida num clima descontraído, a coisa acabou
pegando. O Partido Comunista do Brasil tinha agora uma nova sigla: PCdoB”. Numa conversa
que Buonicore teve com Moniz Bandeira, este disse que a proposta partiu dele.

O baiano Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira é professor universitário, cientista político
e historiador luso-brasileiro, especialista em política exterior do Brasil e suas relações
internacionais, principalmente com a Argentina e os Estados Unidos. Um dos fundadores,
após o golpe militar de 1964, da organização Política Operária (Polop), é autor de vários livros,
dentre eles O Ano Vermelho – Revolução Russa e seus Reflexos no Brasil (1967), Lênin, Vida e
Obra (1978), Formação do Império Americano - da guerra contra a Espanha à guerra no Iraque
(2005).

Em 1985, com a reconquista da liberdade partidária, os comunistas passaram a atuar
legal e plenamente, e assim o fazem até hoje. Em 1986, pela primeira vez candidatos
se apresentaram com a sigla PCdoB, na eleição para a Constituinte. Foram eleitos
deputados constituintes Aldo Arantes (GO), Edmilson Valentim (RJ), Eduardo Bonfim

(AL), Haroldo Lima (BA) e a atual senadora pelo Partido Socialista Brasileiro, Lídice da
Mata (BA). Antes, em 1978, pelo Movimento Democrático Brasileiro, MDB, o operário
Aurélio Peres foi eleito deputado federal por São Paulo. No seu segundo mandato,
assumiu, juntamente com os parlamentares federais do então PMDB, Haroldo Lima
(BA), José Luiz Guedes (MG) e Aldo Arantes (GO), a legenda do PCdoB. Quando o
deputado federal por São Paulo, Aldo Rebelo, presidiu a Câmara Federal, o PCdoB
chegou a exercer a Presidência da República, na ausência do país do então presidente
Lula e seu vice, José Alencar.

*Carlos Pompe, jornalista, comunista revolucionario, curioso do Mundo e da Vida.

Atuemos também no twitter: @Carlopo

quinta-feira, março 22, 2012

Saiu no "Vermelho" e reproduzo com prazer!!!


Verissimo valoriza a palavra e o bom senso! Que bom que o "Vermelho" agora o publica. E nós tambem!!!



Luis Fernando Veríssimo: Territórios livres



Imagine que você é o Galileu e está sendo processado pela Santa Inquisição por defender a ideia herética de que é a Terra que gira em torno do Sol e não o contrário. Ao mesmo tempo você está tendo problemas de família, filhos ilegítimos que infernizam a sua vida e dívidas, que acabam levando você a outro tribunal, ao qual você comparece até com uma certa alegria.

Por Luis Fernando Veríssimo, em O Estado de S.Paulo


No tribunal civil será você contra credores ou filhos ingratos, não você contra a Igreja e seus dogmas pétreos. Você receberá uma multa ou uma reprimenda, ou talvez, com um bom advogado, até consiga derrotar seus acusadores, o que é impensável quando quem acusa é a Igreja. Se tiver que ser preso será por pouco tempo, e a ameaça de ir para a fogueira nem será cogitada. 

No tribunal laico, pelo menos por um tempo, você estará livre do poder da Igreja. É com esta sensação de alívio, de estar num espaço neutro onde sua defesa será ouvida e talvez até prevaleça, que você entra no tribunal. E então você vê um enorme crucifixo na parede atrás do juiz. Não adianta, suspiraria você, desanimado, se fosse Galileu. O poder dela está por toda a parte. Por onde você andar, estará no território da Igreja. Por onde seu pensamento andar, estará sob escrutínio da Igreja. Não há espaços neutros.

Um crucifixo na parede não é um objeto de decoração, é uma declaração. Na parede de espaços públicos de um país em que a separação de Igreja e Estado está explícita na Constituição, é uma desobediência, mitigada pelo hábito. Na parede dos espaços jurídicos deste país, onde a neutralidade, mesmo que não exista, deve ao menos ser presumida, é um contrassenso - como seria qualquer outro símbolo religioso pendurado. 

É inimaginável que um Galileu moderno se sinta acuado pela simples visão do símbolo cristão na parede atrás do juiz, mesmo porque a Igreja demorou mas aceitou a teoria heliocêntrica de Copérnico e ninguém mais é queimado por heresia. Mas a questão não é esta, a questão é o nosso hipotético e escaldado Galileu poder encontrar, de preferência no poder judiciário, um território livre de qualquer religião, ou lembrança de religião.

Fala-se que a discussão sobre crucifixos em lugares públicos ameaça a liberdade de religião. É o contrário, o que no fundo se discute é como ser religioso sem impor sua religião aos outros, ou como preservar a liberdade de quem não acredita na prepotência religiosa. 

Com o crescimento político das igrejas neopentecostais, esta preocupação com a capacidade de discordar de valores atrasados impostos pelos religiosos a toda a sociedade, como nas questões do aborto e dos preservativos, tornou-se primordial. A retirada dos crucifixos das paredes também é uma declaração, no caso de liberdade.


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quarta-feira, março 21, 2012

Stalinismo não é Nazismo! Artigo esclarece e desmente imprensa burguesa!



Capitalistas tentam através da propaganda, comparar o Nazismo genocida e racista com o periodo do Bolchevismo na antiga União Sovietica. Vejam artigo esclarecedor no Blog da Comunidade Joseph Stalin em http://comunidadestalin.blogspot.com.br/

E ainda, como Lenin tratava das questõres raciais e das varias comunidades, nos Estados que compunham a antiga "União das Republicas Socialistas Soviéticas-URSS!!

Elza Maria agora brilha nos palcos!!!


Elza Maria, minha filhinha querida agora brilha no Balé, ensaiando para estrear um dia, no Bolshoi de Moscou. Mas antes, vai brilhar aqui em Brasilia numa apresentação do "Espetáculo Internacional de Teatro Negro da Bulgaria", dia 22, no Clube do Exército. Imperdível. Papai bobo e babão torcendo para o sucesso dela!!!

terça-feira, março 20, 2012

Por que Prestes deve voltar a ser senador!!

Pablo Neruda, poeta e senador Chileno, com Luis Carlos Prestes e o escritor e deputado comunista Jorge Amado!
Carlos Pompe*
No mês em que o Partido Comunista do Brasil completa 90 anos, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) apresentou proposta declarando nula a Resolução da Mesa do Senado Federal queextinguiu o mandato do Senador Luiz Carlos Prestes, e do seu suplente, Abel Chermont, ambos eleitos pelo Partido. A justificação apresentada pelo parlamentar cearense relata a históriadesse golpe dado contra a democracia. É reproduzida a seguir:


JUSTIFICAÇÃO


Luiz Carlos Prestes foi uma das personalidades mais marcantes da história brasileira, até hoje reverenciada por suas atividades políticas e militares, caracterizadas pelo nacionalismo e pela defesa das camadas sociais oprimidas.


Em 1945, Prestes foi eleito Senador pelo Partido Comunista do Brasil, com 157.397 votose obtendo a maior votação proporcional da história política brasileira até então. Após a promulgação da nova Constituição, em 18 de setembro de 1946, Luiz Carlos Prestes assumiu seu mandato de Senador, passando a fazer parte da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal.


Em 7 de maio de 1947, o Superior Tribunal Eleitoral, por três votos a dois, cancelou o registro do Partido Comunista do Brasil, numa decisão equivocada, desde sempre considerada um erro
judiciário que manchou o novo regime democrático consagrado pela Constituição de 1946. De imediato, o Partido Comunista do Brasil recorreu ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão.


Nesse ínterim surgiu a Lei nº 211, de 7 de janeiro de 1948, que objetivou extinguir o mandatodos parlamentares eleitos ou não sob legendas partidárias que tiveram cassadas o respectivo registro.


Com base nessa lei – promulgada após a diplomação e posse do Senador Luiz Carlos Prestes – a Mesa do Senado declarou extinto o mandato do Senador Prestes e de seu suplente, Abel Chermont, no dia 9 de janeiro de 1948, em Resolução publicada no Diário do Congresso de 10de janeiro de 1948.


Dizia o art. 141, § 3º, da Constituição Federal de 1946:


“Art 141 (...) § 3º. A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.”


A toda evidência, a Lei nº 211, de 1948, não poderia retroagir para extinguir o direito do Senador Prestes. A Resolução da Mesa do Senado, portanto, estava maculada com vício de ninconstitucionalidade.


O Senador Luiz Carlos Prestes foi eleito, diplomado e empossado sem nenhuma impugnação. O Partido Comunista do Brasil estava legalmente credenciado para disputar as eleições de 2 de
dezembro de 1945. Luiz Carlos Prestes exerceu seu mandato até ser cassado pelo ato da Mesa do Senado, embora tivesse o direito ao exercício de seu mandato até 31 de janeiro de 1955, conforme determinava a Constituição então vigente.


O projeto que deu origem à Lei nº 211, de 1948, fora rejeitado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, mas aprovado pelo Plenário. Cabe lembrar que, durante essa votação, o Brasil se envolveu numa controvérsia diplomática com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), o que levou ao rompimento das relações entre os dois países – o governo brasileiro foi o primeiro do Ocidente a romper relações com a URSS após a Segunda Guerra Mundial, num ato lamentado até mesmo pelo governo dos Estados Unidos da América. Esse episódio foi explorado pela mídia governista da época, incitou a invasão das sedes e destruição de impressoras de jornais populares e o cerco da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, que tinha maioria de vereadores comunistas. Foi nesse clima que o Senado aprovou um projeto de lei que havia sido considerado inconstitucional pela própria Comissão de Constituição e Justiça desta Casa.


Todo esse processo configura uma nódoa na história do Senado. Um estigma à espera de ser reparado. No dia 23 de maio de 1985, o então Presidente da República, José Sarney, recebeu, no Palácio do Planalto, o Constituinte comunista de 1947, João Amazonas, acompanhado do então deputado federal pelo PMDB baiano, Haroldo Lima, e ali foi anunciada a volta da legalidade do Partido Comunista. À época, o Presidente Sarney recebeu representantes
de várias organizações políticas, sindicais e do movimento social e garantiu a liberdade de organização ampla no país. O Executivo se redimiu, assim, da postura antidemocrática assumida em 1948. Em 23 de junho de 1988,


o Tribunal Superior Eleitoral deferiu a concessão do registro definitivo do Partido Comunista do Brasil. O Judiciário revogou, assim, o equívoco de 1947. Mas nada foi feito ainda em relação
aos mandatos dos parlamentares do Partido Comunista do Brasil, arbitrariamente extintos em 1948.


Ainda hoje, 13 de março, a viúva de Luiz Carlos Prestes, dona Maria Prestes, agraciada com o Prêmio Bertha Lutz, desta Casa, expressou seu desejo de que esta injustiça seja sanada e o
mandato devolvido ao primeiro parlamentar comunista a tomar assento no Senado.


Como se pode observar, além da mácula jurídica e inconstitucionalidade existentes na Resolução da Mesa do Senado, há também uma mácula política de um ato antidemocrático de cassação de parlamentar eleito pelo povo. Esta proposta busca reparar esse duplo erro,fazendo Justiça à história e à nação brasileira.


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A íntegra da Proposta de Resolução nº 4/2012 do Senado:


O SENADO FEDERAL resolve:


Art. 1º Declarar nula a Resolução da Mesa do Senado Federal, adotada em 9 de janeiro de 1948, que extinguiu o mandato do Senador Luiz Carlos Prestes e de seu respectivo suplente, Abel Chermont, publicada no Diário do Congresso de 10 de janeiro de 1948.


Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.


*Carlos Pompe, jornalista, comunista revolucionario e curioso do Mundo e da Vida.Colunista do "Portal Vermelho"


Busquemos justiça também no twitter: @Carlopo