quinta-feira, dezembro 10, 2009

Um capixaba para moralizar Brasilia!!!!

O esquema de corrupção descoberto recentemente em Brasília envolvendo o governador José Roberto Arruda, do DEM( sempre ele), é resultado de uma briga de duas quadrilhas, uma do Arruda e do seu vice, o mega empresário Paulo Otavio e outra do ex-governador e ex-senador cassado, Joaquim Roriz e mais uma mulher rejeitada, a ex-esposa de Arruda, a atriz Mariane Vicentine e outros desafetos. Esta guerra começou ainda antes da campanha para governador de 2005, quando Arruda decidiu romper com o governador Roriz e se aliar a Paulo Otavio, para com muito dinheiro escuso e articulações bem montadas, tomar o poder no Distrito Federal.

Joaquim Roriz, desde o inicio da campanha e depois, já no governo de Jose Roberto Arruda, plantou espiões do tipo Durval Barbosa, que foi ser secretario de Relações Institucionais e de dentro do núcleo de poder, gravar e espionar a traquinagens de Arruda. O governador por sua vez, moveu mundos e fundos para cassar o mandato de Roriz, eleito na mesma eleição do governador. Roriz cassado se armou mais ainda e intensificou a espionagem ao esquema de corrupção no governo do Distrito Federal, que por sinal existia desde o seu governo e ele conhecia bem. Arruda apenas o rearticulou em beneficio próprio. Montou também um mensalão para cooptar deputados e criar uma base aliada tão ampla, que tinha do PDT de Cristovan Buarque, até o PPS e o PSDB, PMDB e outros partidos. Só não entraram neste governo de união o PT e o PCdoB e os nanicos PSTU e PSOL.

Muita sujeira

Agora, depois que a bomba preparada por Roriz explodiu, todos estes partidos romperam com Arruda. Até seu partido, o DEM, deve expulsa-lo. Vejam que até Mariane Vicentine, ex esposa de Arruda diz em entrevista ao jornalista Mino Pedrosa da “Isto É”, que o governador usa o dinheiro da corrupção para construir patrimônio não declarado à Receita. No acordo extrajudicial, ela ficou com R$ 15 milhões. Depois se aliou a Roriz e diz que há mais corrupção a ser investigada.

Agora a atriz Mariane Vicentine, diz que não se surpreendeu com as denúncias e as imagens de corrupção, que colocam seu ex-marido como o chefe da quadrilha do Mensalão do Demo. “Ele se aliou a pessoas que são sujas e perigosas, e há muito mais para ser investigado” disse Mariane à ISTOÉ, referindo-se a Durval Barbosa (ex-secretário de Relações Institucionais), Marcelo Toledo (braço direito de Durval) e Fábio Simão (ex-chefe de gabinete). Segundo a ex-mulher de Arruda, além do dinheiro entregue em espécie, o governador teria gastos pessoais pagos com dinheiro ilegal, através de cartões de crédito usados por seus principais auxiliares.

Desde os tempos de Roriz

Segundo Mariane, o esquema corrupto do governo de Arruda não difere do que funcionou em governos anteriores. Ela diz que, já durante a campanha, Durval, Simão e outros começaram a gravar Arruda e empresários, para que depois de eleito o governador fosse obrigado a abrigar a quadrilha. “Lembro que deixava os comícios para correr para casa e amamentar o nosso filho; enquanto isso, esse grupo alimentava a discórdia para provocar a minha separação, pois nunca o recebi em minha casa. Fui saber depois que, enquanto eu amamentava nosso filho, Arruda se encontrava com mulheres apresentadas por esses assessores, que o gravavam e filmavam para chantageá-lo depois”, afirma. “Até o carro usado por Arruda na campanha foi todo grampeado pelo Simão.”

A solução

Provavelmente Arruda será cassado, assim como seu vice, Paulo Otavio. Na linha da sucessão, o presidente da Câmara Distrital(Assembléia de lá) está comprometido com o mensalão criado pelo governador. Até o presidente do Tribunal de Justiça, que seria outro na linha de sucessão, esta manchado pela sujeita que tomou conta do Distrito Federa e atingiu até o Poder Judiciário. Resta talvez, antecipar as eleições, ou assumir um deputado para terminar o mandato no final do ano que vem.

Nas próximas eleições o PT sai enfraquecido em Brasília, por não ter feito uma oposição dura e conseqüente ao governo Arruda, o PCdoB perdeu seu maior quadro exatamente para este PT enfraquecido e sobra quem, para disputar com a turma do Roriz, que apesar de cassado, deve ter um candidato na manga para tentar ganhar de novo o governo de Brasília. O PCdoB e os nanicos PSTU e PSOL. Um candidato natural desta aliança, que pode se fortalecer diante dos descalabros das legendas fortes, é Orlando Carielo, do PSTU, que já foi candidato a governador contra Roriz e não fez feio não.

A curiosidade é que orlando Carielo, criado em Brasília, arquiteto e ex-funcionario da Codeplan e professor de arquitetura na UNB, é capixaba. Mesmo morando há décadas no Distrito Federal, tem parentes no Espírito Santo e é filho de falecido Orlando Carielo, que foi em priscas eras, vereador e presidente da Câmara Municipal de Vitória. Homem de bem, político firme e sagaz, Orlando pode ser no próximo ano, a solução da esquerda para disputar o governo do Distrito Federal e iniciar um processo de limpeza na sujeirada deixada por Roriz e seus sequazes e acólitos.

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