quinta-feira, novembro 12, 2009

Fascista israelense no País!!!

Mercador da morte e do Apartheid visita o Brasil
Luiz Aparecido*


O Brasil recebeu nestes últimos dias, quarta e quinta-feira, o presidente do Estado de Israel, Shimon Peres. Como não podia deixar de ser, veio a negócios e tentar convencer nosso governo e nossa sociedade democrática, de sua política terrorista contra o povo palestino e os árabes e muçulmanos em geral. Foi recebido polidamente pelo presidente Lula, que não deixou passar a ocasião de, frente a frente com Shimon Peres, defender a próxima visita do presidente do Iran ao Brasil e de uma política de diálogo e respeito às diferenças raciais e religiosas, para criar um clima de paz e harmonia no Oriente Médio e no Mundo.
Deve ter surpreendido o presidente de Israel, que aqui veio disseminar sua política racista e de violência contra árabes e palestinos. Ao chegar Shimon Peres teve o desplante de dizer que iria fazer sugestões ao governo brasileiro em questões de segurança, principalmente porque vamos receber proximamente, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Como se Israel soubesse tratar de segurança de forma civilizada e democrática.
O partido de Shimon Peres é o Kadima, fundado por Ariel Sharon, que coordenou os massacres de Sabra e Chatila no Líbano em 1982 e organizou a sangrenta repressão à segunda Intifada em 2000, que ele mesmo havia provocado. A atual presidente do Kadima é Tzipi Livni, que disputava o “mérito” da organização do massacre de Gaza em janeiro de 2009.
Shimon Peres disse, em entrevista ao Expresso, diário português, que “no fim, o mundo irá agradecer-nos” pelo massacre em Gaza, pelos 1500 mortos, pela destruição completa de um território que já vinha sofrendo dois anos de fechamento de fronteiras. É também um presidente que defende o crescimento dos assentamentos na Cisjordânia e a expansão do Muro que dilacera a sociedade palestina.
Mesmo assim teve platéia
Mas mesmo no Brasil, esse porta-voz de Israel foi recebido por vários dignitários brasileiros e pelos empresários paulistas, na semana em que o mundo se levanta contra o Muro do Apartheid. A Fiesp, sempre na contra mão da história e dos interesses populares, organizou um seminário especial destinado a discutir as relações comerciais Brasil-Israel e o Acordo de Livre Comércio Mercosul-Israel, pautado para votação no Congresso.
Além de Shimon Peres, falou o presidente da empresa israelense Elbit, desenvolvedora dos principais armamentos e tanques israelenses usados no massacre em Gaza. E parecia ser este mercador da morte o homem que entende de segurança publica. Logo ele, que alimenta as tropas israelenses nos massacres que produz em Israel contra o indefeso povo palestino. Lá eles confundem alguns grupos revolucionários e considerados terroristas, com todo o povo palestino e os árabes em geral e atiram em tudo que vêem pela frente nos territórios palestino. È só ver o escandaloso numero de crianças, mulheres e idosos mortos em cada investida israelense contra o que eles chamam de “terroristas”
Qual mensagem o Brasil passa ao mundo com essa visita? A mensagem de que senhores da guerra podem testar seus equipamentos contra populações infinitamente menos preparadas e depois vendê-los a outros países, sedimentando assim as “parcerias estratégicas”. Entretanto, vários protestos foram organizados em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro contra este mercador da morte, racista e ponta de lança do imperialismo norte-americano no Oriente Médio.

*Jornalista e cientista social

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