Para provar que ser penapolense não significa apenas ter nascido em Penápolis (aprazível cidade da região noroeste do Estado de São Paulo), penapolense é um estado de espírito, meu amigo, camarada, irmão, comunista, revolucionário e Mouro por opção, Marcos Tenório, chefe de gabinete do deputado paulista e petista Jilmar Tato, se transformou em penapolense!
Após conhecer a cidade,beber da água do Maria Chica, ver as belas mulheres de lá, conhecer seu povo culto e solidário, se apaixonou pela cidade. Isto também aconteceu há muitos anos com Geraldo Vandré, que no auge de sua fama passou algumas semanas na cidade (depois voltou várias vezes) e lá compôs “Disparada”. Com Luiz Rozemberg Filho, cineasta carioca que foi lá apresentar um filme seu e dar uma palestra e gamou. E Ronaldo Bôscoli, namorando Nara Leão, a deixou por alguns dias no Rio de Janeiro e foi para lá ensinar os fundamentos da Bossa Nova a vários jovens da cidade, nos quais eu me incluía.
Enfim, são tantas as figuras que foram a trabalho ou a passeio e se apaixonaram pela cidade, que fica difícil ficar citando. Mas foi lá, que nos anos 60 do século passado fundamos um Cine Clube, um dos únicos da região a durar quem sabe até hoje, criamos a “Feira do Livro” que vez ou outra acontece, onde havia uma célula comunista de jovens e senhores que se chamava “Organização de Base Operário/Estudantil/Camponesa”.
Ali resistimos à Ditadura nos seus primeiros anos e dali saíram revolucionários que criaram a Dissidência Comunista de São Paulo, depois ALN-Ação Libertadora Nacional sob o comando dos revolucionários Carlos Marighela e Joaquim da Câmara Toledo e outros foram para o PCdoB e outras organizações revolucionarias. Foi também uma das primeiras cidades do interior paulista a surgir o PPS e o PT que hoje administra a cidade com competência e glamour.
Glamour sim, porque a sabedoria dá glamour como deu a Marcos Tenório, Geraldo Vandré, Ronaldo Bôscoli e todos que lá viveram ou vivem. Só por curiosidade, a Sabrina Sato tão vista e falada é de lá. Seguido a tradição de beldades dos meus tempos como a Isabel, a “Belinha”, a Denise Pini, a Cristina e inesquecíveis meninas lindas da minha juventude. De lá saíram misses, professoras, poetas, médicos, como o Franz Rulli Costa um dos grandes sanitaristas do País, arquitetos, músicos como o inesquecível “Capim”, o Celso Laçava, geógrafos como o “Ninho”, o Floriano Pastore Filho, publicitários como Ruy Palhares e muita gente mais.
Enfim, Penápolis é o MAXIMO.
3 comentários:
Luiz Aparecido, sempre achei seu estilo semelhante ao de Rubem Braga, tal como neste texto. Claro, cada um tem estilo próprio, mas há semelhanças. Coincidências salutares, pois ressaltam a beleza de seu trabalho.
Penápolis é realmente fantástica.Quem a conhece se apaixona.Tive uma namorada carioca,com quem terminei por motivo fútil. Pois ela arrumou outro namorado tambem de Penápolis, se casou e todos os anos viaja para lá com a família.
Favor corrigir o texto para Celso Lacava
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