Um golpe está em marcha
Diário Gauche
PIG e Serra protagonizam um ardil
Tanto o candidato Serra quanto o PIG (Partido da Imprensa Golpista) precisam explicar o motivo de a candidata Dilma ou o PT, vá lá, de bisbilhotar documentos fiscais de militantes tucanos ou parentes do próprio Serra.
Que vantagem Dilma levaria neste ato aloprado?
A candidata lulista seria por acaso uma tresloucada que estaria conspirando contra a sua própria condição de líder das sondagens de opinião?
Por que uma candidatura exitosa, em ascensão crescente, vai mexer com coisas menores, até criminosas, moral e eticamente reprováveis, para obter mais vantagens sobre alguém que já se sente antecipadamente derrotado?
Vejam, não é Dilma Rousseff que está se pretendendo vitoriosa, antes da hora. É José Serra que se afunda prematuramente na mais cava depressão. Que não hesita em cometer a insanidade de jogar a própria filha no centro de um debate infame e golpista, com manifesta intenção de interditar judicialmente a adversária. A direita brasileira não quer disputar eleições, quer disputar torneios jurídicos em tapetes remotos anos-luz da vontade popular. Não foi à toa que dias atrás o candidato tucano, reunido com militares, rememorou feitos considerados notáveis pelos golpistas de 1º de abril de 1964.
O PIG está, cada vez mais, dando mostras de que um ciclo da velha imprensa brasileira está se fechando. E que a sociedade civil, o Parlamento e os movimentos sociais, bem como o futuro governo saído das urnas em 3 de outubro, precisam promover um grande debate nacional sobre o papel dos meios de comunicação no País. A consolidação da democracia brasileira, o alargamento dos seus espaços institucionais e não-institucionais, não pode mais conviver com as aberrações que assistimos todos os dias na imprensa brasileira nos seus vários suportes técnicos. Há uma viva e crua contradição antagônica entre uma democracia que se quer mais participativa, horizontal e mobilizatória, de massas mesmo, e os seus obstáculos cotidianos sustentados por empresas de comunicação - poucas, cativas de não mais que dez famílias - fixadas em valores, conceitos e interesses já há muito superados pela história passada e recente do Brasil e do mundo.
O espetáculo degradante a que estamos assistindo na presente campanha eleitoral está dando o tom e o limite do que podemos tolerar. Mais e além, seria como retroceder a um tempo em que se empastelavam jornais e gráficas porque não se concordava com a manchete do dia. Por não querermos esse retrocesso, é que urge uma completa reforma dos nossos códigos de comunicação social no Brasil. Não dá mais. Batemos no teto da nossa capacidade de tolerância.
Derrotado, Serra parte para o golpe
Corvos pregam golpe - como sempre
Emir Sader
Ilustração de Maringoni
A direita sempre foi derrotada por Getúlio. Em 1930, pelo movimento popular que deu inicio ao Brasil moderno. Em 1945, o candidato de Getúlio derrotou o brigadeiro Eduardo Gomes, o próprio Getúlio o derrotou em 1950 e JK, com o mesmo bloco de forças de Getúlio, depois da sua morte, derrotou o general Juarez Távora.
Significativamente a direita sempre apelou para militares. Era o seu espaço de oposição – o Clube Militar, os quartéis. E sempre perdeu. Ia perder de novo em 1960, de novo com um militar de origem, Juracy Magalhães – que foi o primeiro ministro de relações exteriores da ditadura, autor da frase “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”, avô de dirigente tucano baiano -, mas apelou para um aventureiro, de fora dos seus quadros – Jânio. Ganhou, com o símbolo da vassoura e o lema do “Tostão contra o milhão”, mas não levou , como se sabe.
Sempre que perdeu, a direita – que tinha no corvo-mor, Carlos Lacerda, seu principal expoente – apela para conclamar os militares para o golpe. A famosa afirmação de Lacerda: “Juscelino não pode ser candidato. Se for, não pode ganhar. Se ganhar, não pode tomar posse. Se tomar posse, deve ser derrubado.”, expressa, em estado puro o golpismo da direita dos corvos.
Hoje os militares não se prestam para isso e os corvos contemporâneos apelam para o Judiciário, na busca desesperada de impugnar a candidatura vitoriosa da Dilma. E a Marina se soma a esse coro. (Ninguém mais que se julgue de esquerda, progressista, democrático, pode continuar a apoiar a Marina, quando ela se revela abertamente de direita, golpista.)
Nada de surpreendente. Uma direita dirigida por jornais corvos só poderia desembocar no golpismo. Tentar ganhar no tapetão ou tentar desqualificar o processo eleitoral – ultimo apelo da tucanalhada. Perderão como perderam sempre contra o Getúlio, contra o JK e contra o Lula. Fim melancólico de um partido que se pretendia social democrata, implantou o neoliberalismo no Brasil e terminou como corvo golpista.
Direita parte para o golpe, resistir é preciso
Senha para o golpe
Crônicas do Motta
As últimas declarações dos próceres tucanos sobre esse caso da quebra de sigilo de dados guardados na Receita Federal vão além da guerra eleitoral: são uma senha para um golpe com o objetivo de impedir a eleição de Dilma Rousseff como legítima sucessora do presidente Lula.
Ao acusar o PT e sua candidata de todos os crimes possíveis, sem nenhuma prova, atropelando e desprezando o processo administrativo e criminal que apura o ocorrido, ao tentar criar um clima de instabilidade no país, ao ofender uma instituição séria e republicana como a Secretaria da Receita Federal, os líderes tucanos e seus satélites agem como os mais baixos e torpes golpistas.
Para concretizar o golpe contam com a ajuda de grande parte da imprensa, que sabota o governo Lula desde o seu início; com a simpatia de setores do Judiciário; com a conivência de militares imersos na ideologia anticomunista dos tempos da Guerra Fria; com a cumplicidade de membros da tal "comunidade de inteligência"; com a colaboração de psicopatas os mais variados.
Os números frios das pesquisas eleitorais que chegam ao público ou apenas são informados aos comandos das campanhas, amplamente favoráveis a Dilma Rousseff, devem ter feito a oposição decidir disparar a tal "bala de prata" que guardava para uma emergência dessas não contra a candidatura governista, mas sim contra a própria democracia.
São pessoas sem escrúpulos, delas tudo pode se esperar.
Os golpistas não passarão!
Contra o golpe, povo nas ruas!
AbundaCanalha
A banda podre das elites brasileiras quer aplicar um golpe na democracia, mais uma vez!
A mídia é cúmplice, tal qual no passado ajudou a derrubar Getúlio e implantar uma ditadura militar em 1964.
José Serra é um desqualificado candidato com passado manchado de episódios escusos na política. Com a mesma mídia e equipe de espionagem forjou um flagrante contra a candidata Roseana, no Caso Lunus.
Na semana passada Serra pregou o golpe no Clube Militar. Disse que as motivações de 1964 eram pequenas frente ao que existe agora. Mente! Quer ajuda para o golpe!
É hora de reagir. Esta banda podre quer acabar com todas as medidas recentes do governo Lula de bem estar social. Querem a volta da colônia, do pelourinho.
Não ao golpe!
Vamos às ruas!
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