sábado, julho 28, 2012

Livro relata guerrilha do Molipo e a tragica trajetória de Maria Augusta Thomas!



Com prefácio de José Dirceu, obra será lançada, neste sábado, no Memorial da Resistência, São Paulo

O jornalista e sociólogo Renato Dias, de Goiânia(GO), lança, neste sábado (28), às 10h, no Memorial da Resistência, em São Paulo (SP), o livro Luta Armada/ALN-Molipo- As Quatro Mortes de Maria Augusta Thomaz(2012), Editora RD/Movimento, 240 páginas, R$ 50,00. No ato, também está programado para ocorrer um debate sobre Molipo & ditadura civil e militar(1964-1985) com o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu e o economista Pedro Rocha Filho.

Com apresentação do historiador Daniel Aarão Reis Filho, da Universidade Federal Fluminense, e do último comandante militar da ALN Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz, a obra possui prefácio de José Dirceu. O posfácio é assinado pelo advogado, ex-deputado federal e ex-vice-prefeito de São Paulo  Luiz Eduardo Greenhalg.  A orelha do livro é do jornalista, ex-preso política e membro do Núcleo de Preservação da Memória Política Ivan Seixas.

1968 & luta armada

O livro Luta Armada/ALN-Molipo-AsQuatro Mortes de Maria Augusta Thomaz (2012) conta a história da bela estudante de Filosofia da PUC (SP) Maria Augusta Thomaz, uma morena de olhos verdes, cabelos longos, magra, que participou das revoltas de 1968, adotou a estratégia de luta armada contra a ditadura civil e militar e ingressou na ALN, organização de Carlos Marighella, para defender a democracia e o socialismo.

Com uma bomba no colo, Maria Augusta Thomaz seqüestrou, em 4 de novembro de 1969,  um avião, no Aeroporto de Ezeiza, Buenos Aires, desviou-o para Cuba, onde fez treinamento de guerrilha com José Dirceu e Franklin Martins. Mais: abriu uma dissidência na ALN, ajudou a fundar o Molipo(Movimento de Libertação Popular), retornou clandestinamente para o Brasil, soltou bomba na Esso, atacou o Consulado da Bolívia e foi baleada, em 1971.

Após recuperar-se, retomou o projeto original da ALN e do Molipo de tentar deflagrar a guerrilha rural. Com Márcio Beck Machado e a ajuda de Iris Luiz de Moraes, muda-se para o Estado de Goiás, considerada uma área estratégica para as organizações de esquerda. Em 17de maio de 1973, uma madrugada fria, é assassinada. Policiais civis, militares e federais de Goiás, Brasília e de São Paulo participaram da operação, apurou o jornalista.

Sete anos depois, o premiado jornalista Antônio Carlos Fon descobriu o crime. Antes de publicar a reportagem-bomba, as ossadas de Maria Augusta Thomaz são seqüestradas. Mesmo assim, Fon consegue chegar a um dos suspeitos da morte do casal, na Fazenda Rio Doce, localizada entre os municípios de Rio Verde e Jataí, sudoeste de Goiás: Marcus Antônio de Brito Fleury, então diretor Regional da Polícia Federal, no Estado.

Meses antes (1980), ele (Marcus Antônio de Brito Fleury) havia sido apontado pela assistente social Maria de Campos Baptista como responsável pela prisão ilegal, tortura, morte e desaparecimento do corpo do estudante secundarista Marcos Antônio Dias Batista, membro da Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares (Var—Palmares), mesma organização política e militar da atual presidente da República, Dilma Rousseff. Ele “sumiu” em maio de 1970.

Mãe do autor, Maria de Campos Baptista morreu em 15 de fevereiro de 2006, após sair de uma audiência com o então ministro da Defesa e vice-presidente da República, José Alencar, e com o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vanucchi, para cobrar, após sentença da Justiça Federal, informações sobre as circunstâncias da morte e desaparecimento de seu filho, o desaparecido político mais jovem do Brasil.

Perfil
Jornalista formado pela Alfa, sociólogo graduado na Universidade Federal de Goiás, com pós-graduação em Políticas Públicas (UFG) e mestrando em Direito, Relações Internacionais e Desenvolvimento na Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Renato Dias diz que a história de Maria Augusta Thomaz é tão espetacular quanto a de Olga Benario. “Thriller político que começa após o golpe de 1964, se desenvolve soba guerra fria e acaba com assassinato e corpo desaparecido. Um crime ainda sem castigo”.
Serviço
Livro: Luta Armada/ALN –Molipo  As Quatro Mortes de Maria Augusta Thomaz
Autor: Renato Dias
Design: Carlos Sena
Número de páginas: 240
Preço: R$ 50,00
Contatos com o autor: (62) 8125-6779;renatodias67@gmail.com
Descrição: https://mail.google.com/mail/u/0/images/cleardot.gif

Outros livros que recomendo: “As meninas de Minas’, de Luiz Manfredini; “Marcio-O Guerrilheiro” de Antonio Pedroso Junior!

Nenhum comentário: