Com
prefácio de José Dirceu, obra será lançada, neste sábado, no Memorial da Resistência,
São Paulo
O jornalista e sociólogo Renato Dias, de Goiânia(GO), lança, neste
sábado (28), às 10h, no Memorial da Resistência, em São Paulo (SP), o livro
Luta Armada/ALN-Molipo- As Quatro Mortes de Maria Augusta Thomaz(2012), Editora
RD/Movimento, 240 páginas, R$ 50,00. No ato, também está programado para ocorrer
um debate sobre Molipo & ditadura civil e militar(1964-1985) com o
ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu e o economista Pedro Rocha Filho.
Com apresentação do historiador Daniel Aarão Reis Filho, da Universidade
Federal Fluminense, e do último comandante militar da ALN Carlos Eugênio
Sarmento Coelho da Paz, a obra possui prefácio de José Dirceu. O posfácio é
assinado pelo advogado, ex-deputado federal e ex-vice-prefeito de São
Paulo Luiz Eduardo Greenhalg. A orelha do livro é do jornalista,
ex-preso política e membro do Núcleo de Preservação da Memória Política Ivan Seixas.
1968 & luta armada
O livro Luta Armada/ALN-Molipo-AsQuatro Mortes de Maria Augusta Thomaz
(2012) conta a história da bela estudante de Filosofia da PUC (SP) Maria
Augusta Thomaz, uma morena de olhos verdes, cabelos longos, magra, que
participou das revoltas de 1968, adotou a estratégia de luta armada contra a
ditadura civil e militar e ingressou na ALN, organização de Carlos Marighella,
para defender a democracia e o socialismo.
Com uma bomba no colo, Maria Augusta Thomaz seqüestrou, em 4 de novembro
de 1969, um avião, no Aeroporto de Ezeiza, Buenos Aires, desviou-o para
Cuba, onde fez treinamento de guerrilha com José Dirceu e Franklin Martins.
Mais: abriu uma dissidência na ALN, ajudou a fundar o Molipo(Movimento de
Libertação Popular), retornou clandestinamente para o Brasil, soltou bomba na
Esso, atacou o Consulado da Bolívia e foi baleada, em 1971.
Após recuperar-se, retomou o projeto original da ALN e do Molipo de
tentar deflagrar a guerrilha rural. Com Márcio Beck Machado e a ajuda de Iris
Luiz de Moraes, muda-se para o Estado de Goiás, considerada uma área
estratégica para as organizações de esquerda. Em 17de maio de 1973, uma
madrugada fria, é assassinada. Policiais civis, militares e federais de Goiás,
Brasília e de São Paulo participaram da operação, apurou o jornalista.
Sete anos depois, o premiado jornalista Antônio Carlos Fon descobriu o
crime. Antes de publicar a reportagem-bomba, as ossadas de Maria Augusta Thomaz
são seqüestradas. Mesmo assim, Fon consegue chegar a um dos suspeitos da morte
do casal, na Fazenda Rio Doce, localizada entre os municípios de Rio Verde e
Jataí, sudoeste de Goiás: Marcus Antônio de Brito Fleury, então diretor
Regional da Polícia Federal, no Estado.
Meses antes (1980), ele (Marcus Antônio de Brito Fleury) havia sido
apontado pela assistente social Maria de Campos Baptista como responsável pela
prisão ilegal, tortura, morte e desaparecimento do corpo do estudante
secundarista Marcos Antônio Dias Batista, membro da Vanguarda Armada
Revolucionária – Palmares (Var—Palmares), mesma organização política e militar
da atual presidente da República, Dilma Rousseff. Ele “sumiu” em maio de 1970.
Mãe do autor, Maria de Campos Baptista morreu em 15 de fevereiro de
2006, após sair de uma audiência com o então ministro da Defesa e
vice-presidente da República, José Alencar, e com o ministro da Secretaria
Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vanucchi, para
cobrar, após sentença da Justiça Federal, informações sobre as circunstâncias
da morte e desaparecimento de seu filho, o desaparecido político mais jovem do
Brasil.
Perfil
Jornalista formado pela Alfa, sociólogo graduado na Universidade Federal
de Goiás, com pós-graduação em Políticas Públicas (UFG) e mestrando em Direito,
Relações Internacionais e Desenvolvimento na Pontifícia Universidade Católica
de Goiás, Renato Dias diz que a história de Maria Augusta Thomaz é tão
espetacular quanto a de Olga Benario. “Thriller político que começa após o
golpe de 1964, se desenvolve soba guerra fria e acaba com assassinato e corpo
desaparecido. Um crime ainda sem castigo”.
Serviço
Livro: Luta Armada/ALN –Molipo As Quatro Mortes de Maria Augusta
Thomaz
Autor: Renato Dias
Design: Carlos Sena
Número de páginas: 240
Preço: R$ 50,00
Contatos com o autor: (62) 8125-6779;renatodias67@gmail.com
Outros livros que recomendo: “As meninas de Minas’, de Luiz
Manfredini; “Marcio-O Guerrilheiro” de Antonio Pedroso Junior!
Nenhum comentário:
Postar um comentário